quinta-feira, 15 de julho de 2004

O começo do fim: Fukuyama Withdraws Bush Support

"Famous academic Francis Fukuyama, one of the founding fathers of the neo-conservative movement that underlies the policies of US President George W. Bush's administration, said on July 13 that he would not vote for the incumbent in the November 2 US Presidential election.

In addition to distancing himself from the current administration, Fukuyama told TIME magazine that his old friend, US Secretary of Defense Donald Rumsfeld, should resign.

In 1997, Fukuyama together with Dick Cheney, Donald Rumsfeld, Paul Wolfowitz and Jeb Bush, signed a declaration entitled 'The New American Century Project'. That declaration set the groundwork for the neo-conservative movement.(...)"

Nota: E agora que o movimento e as pessoas responsáveis pelos erros de Bush (que durante a sua campanha discursou explicitamente contra o "nation building" e por uma "humble foreign policy") se prepara para uma possivel mudança (e habitual) e apoio aos Democratas (como já Clinton tinha tido no Kosovo, Somália, etc) quer dizer duas coisas:

1) Pior que um Republicano rodeado de neoconservadores é um presidente democrata rodeado de neoconservadores. Pelo menos, mesmo em grande minoria, ainda existem Republicanos pela "Republic, not an Empire" que lêm a sua Constituição de vez em quando sem grandes reinterpretações.

2) Todos os grandes "war presidents" americanos, desde a guerra contra a Coroa Espanhola e subsequente anexação de Cuba e as Filipinas por Teddy Roosevelt (o tio), a entrada ingénua e desastrosa na Grande Guerra por Woodrow Wilson, a instigação do conflito com o Japão por Roosevelt e a legitimização e alargamento do poder de Estaline, o uso de WMD (e crime contra a humanidade) por Harry Truman, a guerra inconstitucional na Coreia (não foi declarada pelo Congresso), o Vietname de Lyndon Johnson - foram Democratas, e constituem no seu todo, as grandes referências do militarismo ideológico pelo "Império da Liberdade", com referências desde o internacionalismo de Trotksy ao elitismo politico amoral de Leo Strauss.

São sempre os bens intencionados que provocam os maiores males. Quando a direita esquece o seu traço egoista-individualista-comunitário, pouco favorável a grandes mudanças sociais, consciente do quanto mal menor (mas ainda assim com muitos males) é a democracia, é um problema. Mas pelo menos recorda-se de vez em quando do seu "Ethos" (ou pelo menos, assim espero).

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