Carlos Santos representa o state of the art da coisa: "O que é inovador aqui é a possibilidade que está a ser dada ao FMI de emitir novos DES, até um máximo de 250.000 milhões, sem ter que existir um depósito real de divisas. Isto é, o FMI passa a poder valer-se de um instrumento semelhante ao Quantitative Easing dos Bancos Centrais. O FMI emitirá SDR nesse montante e irá distribuí-los pelos diversos países, aumentando portanto os direitos de cada um em reservas em divisas, sem qualquer contrapartida real para o fundo."
E a terminar:
"Porque verdadeiramente, foi Obama o construtor de consensos, e nesse domínio fica sempre melhor ter sido um americano a enterrar os 30 anos de Reaganomics! O modelo de mercado regulado e com direitos laborais chegou hoje, e aterrou em Londres."
Reagan conseguiu ser popular no meio do combate imensamente corajoso ao inflacionismo dos anos 70 produzido pela doutrina económica de então e que emergiu outra vez agora (sem se diagnosticar que foi o inflacionismo do crédito que originou esta recessão - como todas as outras - o que levaria a culpar os Bancos Centrais e a sua completa des-regulação das reservas).
Por comparação Obama quer ser popular cavalgando o facilitismo do inflacionismo. Obama vai conseguir desenterrar a necessidade de um novo (e esperemos ainda bastante mais, digamos, ortodoxo) Reagan.
Aliás consegue-se vislumbrar que sairá algures entre o movimento de Ron Paul (ou pelo menos influenciado por) e nova Alternative Right (ver o fenómeno Glenn Beck - não sei já deram conta disso,e fica aqui o aviso) que começa a destronar o domínio proto-neo-conservador á direita.
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