quarta-feira, 29 de abril de 2009

A Credit-Crunch Reader

Free-market blog and think-tank responses to the crash of 2008


In the 29th IEA Current Controversies Paper, Robert Rosenbleeth provides a valuable compendium of free-market blog and think-tank responses to the crash of 2008. A short summary of each article or paper is provided, together with a link to the original piece.

Material is selected from the world's most renowned classical-liberal and liberarian think tanks, including the Cato Institute, the Heritage Foundation and the Ludwig von Mises Institute, as well as the Institute of Economic Affairs.

The overriding message from these readings is clear. Contrary to conventional wisdom, the crash was not the result of unchecked "laissez-faire" capitalism. In fact the credit crunch can be explained by a combination of misguided regulation, government intervention and loose monetary policy. Unfortunately, as the authors point out, governments' responses to the credit crunch would appear to be equally ill-conceived.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Deflaçãofobia

De 1801 a 1900 (que terá tido algum crescimento...) os preços nos EUA cairam exactamente 50%.

Ver "Consumer Price Index (Estimate) 1800-2008" via Federal Reserve Bank of Minneapolis.

Apesar do apriorismo ser suficiente para concluir que numa economia livre com moeda estável ("Am i repeating myself?") o crescimento económico traduz-se precisamente em queda de preços....

(sim, é verdade que queda de preços pode ocorrer precisamente pelo oposto, uma crise inevitável após uma bolha fomentada artificialmente por expansão de crédito e moeda, mas aqui a queda de preços é também uma consequência - não a causa - e um processo de cura)

... vamos ver se os factos atrapalham.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

O Estado e a corrupção

Corrupção I. Por João Miranda.

Um sistema suficientemente corrupto torna-se capaz de gerar rendimentos lícitos para os seus membros. Isto porque os tentáculos do sistema conseguem chegar a todos os órgãos legítimos do regime. Conseguem chegar à justiça, ao Parlamento, ao governo, à administração pública e à polícia. A corrupção deixa de ser uma actividade marginal e torna-se rapidamente na forma de funcionamento normal e legal do aparelho de Estado.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

New Deal: a realidade

Taxa de desemprego durante a Grande Depressão (foi Grande porque o New Deal tornou-a grande...)

1930 8.7%
1931 15.9%
1932 23.6%
1933 24.9%
1934 21.7%
1935 20.1%
1936 16.9%
1937 14.3%
1938 19.0%
1939 17.2%

Fonte: http://www.huppi.com/kangaroo/Timeline.htm

Contra o pensamento único

A era do pensamento único. Por Filipe Faria.

Já todos conhecem o lobo mau, chama-se neoliberalismo selvagem (peço desculpa pela redundância mas é assim que se costuma dizer nas tabernas e nas associações de estudantes universitários), é contra ele que o estado deve lutar.

sábado, 4 de abril de 2009

Boas notícias: Obama vai fazer nascer um novo (e melhor) Reagan

Inovar é ...arranjar desculpas para inflacionar mais e sempre mais usando termos "complexos" que escondam a estupidez a misticismo da coisa.

Carlos Santos representa o
state of the art da coisa: "O que é inovador aqui é a possibilidade que está a ser dada ao FMI de emitir novos DES, até um máximo de 250.000 milhões, sem ter que existir um depósito real de divisas. Isto é, o FMI passa a poder valer-se de um instrumento semelhante ao Quantitative Easing dos Bancos Centrais. O FMI emitirá SDR nesse montante e irá distribuí-los pelos diversos países, aumentando portanto os direitos de cada um em reservas em divisas, sem qualquer contrapartida real para o fundo."

E a terminar:

"Porque verdadeiramente, foi Obama o construtor de consensos, e nesse domínio fica sempre melhor ter sido um americano a enterrar os 30 anos de Reaganomics! O modelo de mercado regulado e com direitos laborais chegou hoje, e aterrou em Londres."

Reagan conseguiu ser popular no meio do combate imensamente corajoso ao inflacionismo dos anos 70 produzido pela doutrina económica de então e que emergiu outra vez agora  (sem se  diagnosticar que foi o inflacionismo do crédito que originou esta recessão  - como todas as outras - o que levaria a culpar os Bancos Centrais e a sua completa des-regulação das reservas).

Por comparação Obama quer ser popular cavalgando o facilitismo do inflacionismo. Obama vai conseguir desenterrar a necessidade de um novo (e esperemos ainda bastante mais, digamos,  ortodoxo) Reagan.

Aliás consegue-se vislumbrar que sairá algures entre o movimento de Ron Paul (ou pelo menos influenciado por) e nova Alternative Right (ver o fenómeno Glenn Beck -  não sei já deram conta disso,e fica aqui o aviso) que começa a destronar o domínio proto-neo-conservador á direita. 


sexta-feira, 3 de abril de 2009

G20: vandalismo e neo-keynesianismo em Londres

G-20: Londres dominada por Hunos, ou uma reedição do Braveheart? Por Rodrigo Adão da Fonseca.

Tweeting G20

G20 - parece que vão incentivar as exportações... mas isso não equivale a incentivar as importações de alguém? Ou será para Marte?

G20 - parece que vão vender ouro do FMI para tirar moeda da economia para depois terem moeda para dar de volta à economia

G20 - se temos um trilião para combater a crise porque é que tivemos mesmo a crise?

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Gold Watch

ECB sells 35.5 tonnes of gold: bank: "While the ECB did not provide financial details of the sale, with gold prices at around 920 dollars an ounce, the latest sales would have a value on the order of 1.15 billion dollars (870 million euros)."

PS: Notável que a cotação se tenha mantido acima dos 900 Usd por onça. A verdade é que o ETF GLD negociado em NY (título representativo de ouro físico negociado como uma acção) tem sido um dos grandes veículos (e têm sido lançadas outros veículos similares e concorrentes em várias bolsas - o mais recente na Índia) de aumento de procura de ouro físico, contando já com mais de 1 000 toneladas e um valor de mercado aproximado de 30.5 mil milhões de Usd. Um excelente veículo de investimento em ouro (mas que não deve substituir, mas sim complementar, a posse física de ouro).

"Imparidades" e os Capitais Próprios dos Bancos

Negócios: "O colapso da banca islandesa e a crise bancária nos Estados Unidos obrigaram a Caixa Geral de Depósitos (CGD) a registar imparidades no valor global de 145 milhões de euros, de acordo com o parecer do conselho fiscal do banco publicado juntamente com o relatório e contas da instituição."

Fica melhor do que "prejuízos" ou "perdas". Parece algo externo à gestão.

Mas objectivamente, hoje em dia, ao contrário de outros tempos, os Bancos praticamente só precisam de capital por causa das "imparidades" potenciais nos seus investimentos quando antes, os Bancos precisavam de capital em moeda pura como parte das "reservas" para os seus depósitos.

Mas dado que hoje as reservas (o dinheiro efectivamente detido) é de apenas 3% a 5% da totalidade dos depósitos, e quando são insuficientes os Bancos Centrais "injectam" mais, os Bancos só precisam de capital por causa das flutuações do preços dos seus investimentos.

A vida tranquila dos grandes depositantes

Negócios: A administração do Banco Português de Negócios (BPN) está preocupada com a dimensão das saídas de depósitos da instituição e admite que a liquidez do banco atingiu valores insustentáveis a curto prazo.

"A saída diária de depósitos, em valores que chegam a atingir as dezenas e mesmo as centenas de milhões de euros, sem a necessária e vital compensação, pela via da captação de novos depósitos, está a conduzir a instituição para uma situação muito delicada e de extrema gravidade", escreveu o administrador, acrescentando que o cenário descrito "compromete seriamente o futuro do banco".

PS: Esta nota interna, como se pode perceber é uma fullfilling prophecy.

As intervenções iniciais em Bancos, com injecção imediata de liquidez e reservas de emergência e ainda garantias, destinam-se a permitir que os maiores depositantes e credores mais informados retirem o seu dinheiro com traquilidade, aqueles que de resto, colocam um Banco em situação de insolvência ao esgotar os 3% a 5% de reservas para a totalidade de depósitos. Depois só mais tarde é que os restantes depositantes são confrontados com os factos, podendo acreditar ou confiar mais ou menos na capacidade do intervencionismo. Neste caso, menos.

No final, os grandes depositantes são os que estão sempre garantidos pelo sistema. Quando se lembram de "fugir" de um banco colocando-o sem reservas (de resto, acto perfeitamente legítimo e racional), aparecem sempre estas reservas para poderem retirar os seus depósitos com a traquilidade de saber que o sistema o protege.