domingo, 15 de novembro de 2009

A ética e a crise

Ethics alone will not prevent financial crises. Por Philip Booth.

Nearly all financial market “busts” are preceded by monetary “booms” and this one was no exception. When central banks hold interest rates down, credit spreads become depressed, economic activity and asset prices boom and bad risks begin to look like good risks. Whether you have a moral compass or not, it becomes very difficult to distinguish between good and bad risks.

(...)

Financiers responding to price signals drive wealth creation in financial markets. Ethical behaviour may – indeed will – promote more stable and effective markets. The problem is that, once governments interfere to the extent they have, we do not know what behaviour creates wealth and what behaviour feeds the boom. A moral compass might help someone wade through that environment but it would not help very much.

While some may argue that a return to ethics is needed to salvage a market economy it can also be argued that an unfettered free economy encourages virtue. The period from the late Victorian era to the 1970s has lots of examples. Stock exchanges were entirely self-regulating, based on trust and simple rules, until the advent of a statutory basis for regulation in 1986. Life insurance companies used to compete on how conservative they were until statutory regulation and the Policyholders’ Protection Act changed their focus. Before financial regulation and state guarantees, conservatism was a commercial selling point, including among banks.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

A origem do Estado

Anarquia, minarquia e grupos de malfeitores. Por Miguel Botelho Moniz.

Um minarquista pode reconhecer a origem fáctica de um estado como sendo resultado de um processo violento e ilegítimo sem necessariamente querer acabar com ele. Indo mais longe, e continuando a recorrer às ideias do próprio Nozick, o surgimento de um estado mínimo, “monopolista” num determinado território, não significa obrigatoriamente uma rejeição de teorias anarco-capitalistas, podendo ser perfeitamente uma conclusão natural e necessária da sua implementação. A questão não sai nunca do plano puramente académico, pois o facto inegével é que o(s) estado(s) existe(m), concepção imaculada ou não.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Restringir o impulso totalitário

o problema do estado. Por Rui A.

O espírito de cooperação e de contrato, que são a essência da vida social privada, coexistem, nem sempre da melhor maneira, com a soberania e o poder público. Mas nunca encontramos um sem o outro.

A História evidencia também que esse impulso político é ameaçador da liberdade e que o estado e o aparelho de poder são frequentemente postos à disposição de interesses egoístas e de grupo, prejudicando gravemente a liberdade individual e os direitos fundamentais que deveriam caber aos cidadãos. O modo de restringir o impulso totalitário de todo o poder não é, todavia, negar a existência inevitável de um domínio político nas sociedades humanas, pelo contrário, é aceitá-lo e encontrar as formas de o limitar e reconduzir às suas funções pactícias originárias.