2. Esta descida de preços significaria um deflação benigna e nada tem de problemático, os preços finais descem porque os custos baixam. A estabilidade monetária na verdade, torna bem evidente como o crescimento económico não é um "jogo" de soma nula. Quando um custo baixa, os preços de determinados produtos baixam aumentando a capacidade de poder adquirir mais (dos mesmos ou outros).
3. Um sistema monetário livre tende a escolher como activos que servirão como meio de troca, aqueles cuja quantidade total é a mais estável e em especial que essa quantidade não diminua (deflação maligna). E por ordem dessa qualidade a que se juntam as suas características físicas (estável, divisível) encontramos o ouro primeiro e depois a prata. Assim, a produção de ouro mantém-se estável na ordem dos 3% do stock existente em cada ano, sendo que o stock não diminui (não é consumido). A prata já tem uma qualidade monetária bem inferior e por isso é mais adequada para trocas de menor valor absoluto.
4. Num sistema monetário livre, sendo o ouro e a prata usados como moeda, e como já penso ter demonstrado, sendo as reservas de 100% por inevitabilidade económica, o investimento por crédito é realizado na medida em que existe a correspondente poupança préviamente acumulada .
5. Pelo contrário, num sistema monetário não livre, onde é imposta a capacidade do sistema bancário em criar moeda para conceder crédito, a massa monetária sobe na medida em que o stock de crédito sobe e quando o ciclo de expansão arrebenta, existe uma pressão para que os bancos entrem em falência, provocando a destruição de massa monetária e assim induzir uma descida de preços pela via da destruição de moeda dado que os depósitos desaparecem.
6. E isso é a deflação maligna: descida de preços provocada pela deflação da quantidade de moeda, mas que tem lugar para corrigir o ciclo de inflação monetária anterior.
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