terça-feira, 6 de dezembro de 2011
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
O Keynesianismo e a Crise
1. Citações de Keynes (Teoria Geral do Emprego, Juro e Moeda)
a) Introdução à edição Alemã, 1938
“Contudo, a teoria do output como um todo, que é o que este livro se propõe a fornecer, é muito mais facilmente adaptado às condições de um Estado totalitário que (…) sob condições de livre concorrência e uma grande medida de laisser-faire”.
b) Sobre o consumo
“o remédio estaria em diferentes medidas concebidas para aumentar a propensão para consumir pela redistribuição dos rendimentos ou de outra forma”,
Comentário: Isto porque os menores rendimentos aplicarão uma proporção maior do seu rendimento em consumo.
“…no estado normal das modernas comunidades industriais, o consumo limita a produção e não a produção o consumo,”
Comentário: todo o discurso corrente sobre aversão a austeridade e recomendação de estímulos fica assim compreendido.
c) Como a poupança será maligna e não significa necessariamente investimento
“… os homens estão dispostos, como regra e em média, a aumentar o seu consumo à medida que o seu rendimento sobe, mas não tanto quanto o aumento do seu rendimento”.
Comentário: O que parece uma característica fundamental das sociedades desenvolvidas é aqui diagnosticado como um problema.
Existe “…a crónica tendência ao longo da história humana para a propensão para a poupança ser mais forte do que o incentivo para investir”
“O pensamento contemporâneo, está ainda profundamente impregnado na noção de que se as pessoas não gastarem a sua moeda de uma forma elas irão gastá-lo de outra”
d) Investimento e capital
Como afinal o investimento é igual à poupança (I=S):
“A noção de que a criação de crédito pelo sistema bancário permite que investimento tenha lugar a que não corresponde ‘nenhuma poupança genuína” isto é, “a ideia que poupança e investimento … podem diferir um do outro, será explicada, penso que, por uma ilusão de óptica”
Como o capital não é escasso
“Não há motivos intrínsecos para a escassez de capital…”
É “relativamente fácil fazer os bens de capital tão abundantes que a eficiência marginal do capital seja zero (e) isso pode ser a forma mais sensata de gradualmente, nos livrarmos de muitas características questionáveis do capitalismo”.
“Estou impressionado com as grandes vantagens sociais em aumentar o stock de capital até que este cesse de ser escasso”,
Comentário: Ora, se o capital não é verdadeiramente escasso faz perfeito sentido que culpe os capitalistas dessa escassez.
“o elemento…menos facilmente alterável, na nossa economia,,,[alterar] a taxa de juro mínima aceitável para a generalidade dos donos de riqueza” através “da eutanásia do rentier e, consequentemente, a eutanásia do poder opressivo cumulativo do capitalismo em explorar o valor de escassez de capital”
“o dever de determinar o volume corrente de investimento não pode com segurança ser deixado nas mãos de privados”
e) A mão invisível do macroeconomista omnisciente
“Existe espaço, por conseguinte, para ambas as políticas, operarem em conjunto: para promover o investimento e, ao mesmo tempo, promover o consumo…”
“Uma comunidade adequadamente gerida equipada com recursos técnicos modernos… deverá ser capaz de reduzir a eficiência marginal do capital em equilíbrio aproximadamente para zero no prazo de uma única geração”
“uma razoável socialização abrangente do investimento provar-se-á como o único meio”
“O Estado, que está em posição de calcular a eficiência marginal dos bens de capital numa visão de longo prazo na base do benefício social geral [terá de assumir] uma responsabilidade cada vez maior na organização directa do investimento”
2. Murray N. Rothbard sobre “A Economia Politica em Keynes” (tradução)
“A Teoria Geral de Keynes estabeleceu uma sociologia político-económica única, dividindo a população de cada país em 4 classes económicas rigidamente separadas, cada uma com as suas próprias leis comportamentais e características, e cada uma carregando a sua própria avaliação moral implícita.
Primeiro, existe a massa de consumidores: mudos, robóticos, com o seu comportamento fixo e totalmente determinado por forças externas. Na tese de Keynes, a principal força é uma rígida proporção do seu rendimento total, ou seja, a sua "função de consumo" determinada.
Em segundo lugar, existe um subconjunto de consumidores, um eterno problema para a humanidade: os sofríveis burgueses aforradores, aqueles que praticam as sólidas virtudes puritanas de poupança e visão de longo prazo, esses a quem Keynes, o candidato à aristocracia, desprezaria toda a sua vida. Todos os economistas anteriores, incluindo certamente os antecessores de Keynes, Smith, Ricardo e Marshall, tinham saudado os aforradores parcimoniosos como construindo capital de longo prazo e, portanto, como responsáveis por enormes melhorias a longo prazo no padrão de vida dos consumidores. Mas Keynes, num feito de predestinação, cortou a evidente ligação entre poupança e investimento, e em vez disso, alegando que os dois não estão relacionados.
De facto, escreveu, as poupanças são um peso no sistema; elas "escapam" do fluxo de despesa, causando assim recessão e desemprego. Daí que Keynes, como Mandeville no início do século XVIII, ao ser capaz de condenar a poupança e a parcimónia; finalmente tinha conseguido a sua vingança sobre a burguesia.
Também ao separar os rendimentos de juro do preço do tempo ou da economia real e fazendo-o apenas um fenómeno monetário, Keynes foi capaz de defender, como eixo base do seu programa político, a "eutanásia [da classe] do rentier": ou seja, o Estado ao expandir a quantidade de moeda o suficiente de modo a reduzir a taxa de juro a zero, para assim, finalmente, aniquilar os odiados credores. Deve ser notado que Keynes não quis aniquilar o investimento: pelo contrário, ele insistiu que a poupança e o investimento são fenómenos distintos. Assim, ele pôde defender a diminuição da taxa de juro para zero como um meio de maximizar o investimento minimizando (se não erradicando) a poupança. (…)
Em seguida, Keynes vai atrás da terceira classe económica, com quem ele estava um pouco mais bem-disposto: os investidores. Em contraste com os consumidores passivos e robóticos, os investidores não estão determinados por uma função matemática externa. Pelo contrário, eles transbordam de livre arbítrio e dinamismo activo. Eles também não são um mal na máquina económica, como são os aforradores. Eles são importantes contribuintes para o bem-estar de todos.
Mas eis que surge uma dificuldade. Embora dinâmicos e cheios de livre arbítrio, os investidores são criaturas irregulares com os seus próprios caprichos e humor. Eles são, em suma, produtivos, mas irracionais. Eles são orientados por humores psicológicos e "espírito animal". Quando os investidores estão a sentir-se confiantes e o seu espírito animal está em cima, investem fortemente, mas demasiado; demasiado optimistas, eles despendem demais e trazem a inflação. Mas Keynes, especialmente na Teoria Geral, não estava realmente interessado na inflação; ele estava preocupado com o desemprego e a recessão, causado, na sua opinião visivelmente superficial, pelo humor pessimista, perda de espírito animal e, daí, o sub-investimento.
O sistema capitalista está, assim de acordo, num estado de inerente macro instabilidade. Talvez a economia de mercado funcione suficientemente bem no nível micro da oferta e procura. Mas no mundo macro, está a navegar sem leme; não há nenhum mecanismo interno para manter a despesa agregada nem muito baixa nem muito alta, daí a recessão e desemprego ou inflação. (…)
Para desenvolver uma saída, Keynes apresentou uma quarta classe da sociedade. Ao contrário dos consumidores robóticos e ignorantes, este grupo é descrito como cheio de livre arbítrio, activismo e conhecimento de assuntos económicos. E ao contrário dos desafortunados investidores, não são tipos irracionais, sujeitos às oscilações de humor e espírito animal; pelo contrário, eles são supremamente racionais e conhecedores, capazes de planear o melhor para a sociedade no presente, bem como quanto ao futuro.
Essa classe, este deus ex machina externa ao mercado, é obviamente o aparelho de Estado, como liderado pela sua elite governante natural e guiados pela versão moderna, científica, de platónicos reis filósofos. Em suma, os líderes governamentais, guiados sabiamente e com firmeza por economistas Keynesianos e cientistas sociais (naturalmente, liderados por ele próprio, o grande homem), iriam salvar o dia.”
3. Um ponto fulcral: Poupança e Investimento
Keynes afirma que S (poupança) não é igual a I (investimento) [e sem o dizer claramente isso só pode significar aumento de posse de moeda (“hoarding”)],
mas,
Para justificar que quando o banco concede crédito por criação de moeda ao simplesmente creditar a conta à ordem do devedor, já justifica que Investimento (à custa de tal moeda criada) “só” pode ser igual a poupança;
e
assim, pelo menos implicitamente, a posse de moeda é vista como um mal económico e por isso mesmo interpreta a taxa de juro como o prémio para as pessoas se “afastarem da liquidez”, taxa de juro esta que deixada livremente ao mercado é sempre demasiado alta e um sinal que os capitalistas conspiram para fazer o capital escasso, recebendo uma renda artificial e injustificada. Ou seja, por um lado o pequeno aforrador tem vistas curtas e é acusado de puritano conservando a sua poupança sem perceber que isso o prejudica, e por outro os capitalistas fazem tudo por deixar o capital escasso. Daí ser um dever manipular a taxa de juro em baixa que só pode ser conseguida pela expansão de moeda. O investimento é incentivado, a poupança desincentivada.
O melhor de todos os mundos.
E como?
- acabando com o padrão-ouro (contribuiu para isso) e tornando a moeda monopólio do estado podendo agora ser emitida a custo marginal zero.
- o crédito passa então a desconectar-se da poupança e passa a assumir uma existência autónoma para ser gerida e determinada exogenamente, quer para os Bancos Centrais poderem comprar e financiar indirectamente a Dívida Pública, ou seja, monetizando os défices orçamentais, quer para a Banca Comercial providenciar “capital” à economia privada sem estar dependente do aforrador.
4. O Keynesianismo em poucas palavras
Prova central de todo o Keynesianismo: aprender desde cedo a varrer os clássicos como irrelevantes via (suposta) crítica ao pensamento de Say providenciada por Keynes logo na parte inicial do seu livro.
Mas Say nunca escreveu “Supply creates its own Demand”,ou seja “a oferta cria a sua própria procura”, mas sim expressou-se no sentido lógico e irrefutável que a produção de um produto constituirá sempre a fonte de procura de outro produto dado que tudo se produz para trocar por outros bens.
O Keynesianismo, conscientemente ou inconscientemente estabelece na verdade o inverso:
A procura cria a sua própria oferta
O investimento cria a sua própria poupança
A despesa cria o seu próprio rendimento
5. A perspectiva da “escola austríaca” da economia:
a) Investimento:
Todo o investimento sustentável necessita de recursos que estejam disponíveis e que sejam retirados de outros usos para suportar todo o período que se mantém deficitário,
Imaginemos que nenhum capital inicial é necessário para um dado investimento e que tudo são salários. Mais: que a única necessidade a ser satisfeita é alimentação. Esta terá de ser produzida por terceiros em excesso para suportar a existência de mão-de-obra que deixou de produzir alimentação para si própria.
Pensar em Crusoé a quem Sexta-Feira pede de empréstimo o correspondente a um mês de alimentação (ex: peixe – pescados à mão), para poder dedicar-se à construção de um barco e linhas de pesca com o fim de aumentar a produtividade.
Agora pensar em termos monetários, ainda que o Investimento possa ser efectuado unicamente com rendas (como leasing) e salários, vai existir um período de tesouraria negativa, e enquanto assim for, terá de existir poupança monetária prévia que satisfaça estas saídas e que possa corresponder a recursos reais existentes para sustentar esse período de prejuízos.
b) A taxa de juro
A taxa de juro é um fenómeno real e não monetário como Keynes reclama. As pessoas descontam os bens futuros conforme valorizam o tempo de indisponibilidade desse bem. Mesmo sem moeda, este desconto (taxa de juro natural) existe. Mas a moeda, como bem de troca, facilita estra troca entre bens presentes e bens futuros. Abdica-se de consumo hoje para maior consumo amanhã. A maior ou menor exigência de juro reflecte a preferência temporal das pessoas (uma valorização subjectiva).
Uma das características psicológicas que distingue as crianças de adultos é a sua alta preferência temporal pelo presente (e assim um alto desconto na sua valorização de bens futuros). Para abdicar voluntariamente da fruição de algo já, tem de se propor em troca uma elevada valorização dessa fruição no futuro porque de contrário preferirá a fruição imediata. Isto constitui a taxa de juro.
Em sociedade, quanto maior esta preferência temporal menor a tendência para o investimento e maior para o consumo, mas menor investimento menor ritmo de crescimento económico.
Nota: Os neoclássicos (simplificando) têm uma outra visão sobre a taxa de juro – corresponde à produtividade do capital, e modelizam curvas de ofertas (poupança) e procura de crédito (produtividade). Mas os austríacos respondem que a produtividade reflecte-se nos preços e não na taxa de juro. Se um dado processo produtivo, descoberta de novas tecnologias permitem um salto de produtividade, é o preço dos bens de capital que vão reflectir esse aumento de produtividade até ao ponto em que o retorno se circunscreve a uma taxa de juro normal.
c) Crescimento da economia e deflação dos preços
Porque cresce a economia? Porque o investimento bem-sucedido consegue baixar custos unitários de bens de consumo desejados pelo consumidor final, baixando preços, aumentado assim o poder de compra do mesmo rendimento nominal. Existirá assim uma deflação permanente de custos e preços reais. Se não o é observável em termos nominais é por causa do inflacionismo permanente a que estamos desde sempre habituados.
Reforçando: quando um custo baixa, o preço baixa. Assim a quantidade de moeda seja estável (e no limite poderia ser fixa) e todo o aumento de produtividade constitui uma baixa de custos e preços nominais, libertando assim capacidade para produzir (com os recursos agora libertados) mais produtos (maior quantidade dos mesmos ou de novos produtos) dado existir agora um rendimento adicional por causa da baixa de preços. Mas este processo necessita de tempo e abdicação de consumo para tornar possível a acumulação de novos bens de capital.
d) A moeda e crédito numa economia de direito civil “natural”
A moeda existe porque facilita as trocas. Essa é a fonte da sua procura. Ainda que possa servir de reserva de valor, não é esta a sua função primordial. O bem que melhor cumpre a função de meio de troca é um, cuja quantidade total seja a mais estável (ex: ouro e prata), ou seja, nem diminui porque é consumido, nem a sua produção é suficiente para ter impacto na quantidade total existente a cada momento.
As notas e depósitos à ordem deverão representar quantidades existentes deste bem.
O crédito para ter lugar é porque determinada quantidade de moeda pré-existente é transferida entre credor e devedor.
Quando as pessoas trocam a sua produção por moeda e não a utilizam isso tem uma expressão equivalente real: significa que bens reais foram produzidos e assim essa capacidade de produção existe para ser reclamada numa troca futura.
Por quem? Por exemplo, quando o aforrador transfere a sua moeda (por certo tempo) para um empresário este vai assim reclamar recursos para suportar o período durante o qual o investimento é deficitário (ex. para salários).
Recapitulando:
A taxa de juro (preferência temporal subjectiva entre o presente e futuro) determina a proporção entre investimento e consumo (e não qualquer prémio para se afastar da liquidez). Quanto maior esta proporção maior o ritmo de crescimento económico (maior taxa por unidade de tempo de descida de custos e preços).
Nota: Não existe investimento óptimo, um “austríaco” não deve afirmar que a proporção de investimento deve ser mais alta ou mais baixa, é a que resultar da preferência expressa livremente pelas pessoas.
e) A procura de moeda não é procura por crédito
Quando a procura por moeda aumenta não é a taxa de juro que sobe, mas os preços que baixam [e o inverso também pode suceder]. Os economistas mainstream (keynesianos, monetaristas, e a síntese neo-clássica) compreendem mal este efeito.
Com o nosso rendimento podemos: Investir/consumir e/ou aumentar os saldos de moeda [ou diminuir saldos de moeda para investir/consumir]
- consumir versus investir -> influencia a taxa de juro
- acumular (ou diminuir saldos de) moeda -> influencia os preços
Nunca existe falta de moeda, quanto maior o crescimento económico, mais os custos baixam, os preços baixam, aumenta o poder de compra dos actuais saldos monetários, o que levará, ceteris paribus, a utilizar esse poder de compra adicional em consumo e/ou investimento. Esta á a realidade de uma deflação benigna, de uma ordem social e económica saudável.
Mas o Keynesianismo deu voz às falácias mais antigas e demagógicas:
Produtores, desde tempos imemoriais, queixam-se da “falta de moeda”, “escassez do crédito” e de “juros altos”. Os Banqueiros desde sempre recorreram à produção de moeda para conceder crédito, primeiro produzindo notas e depósitos sem cobertura de ouro. O poder estatal desde o antigo Soberano, sempre entrou em conluio com o sistema bancário para ter acesso a crédito por esta via para financiar os seus défices. O Estado moderno faz o mesmo.
O Keynesianismo introduziu uma justificação intelectual e moral. Antes de Keynes, os economistas funcionavam como uma classe intelectual incómoda para o poder, refutando falácias e apontando as suas consequências; com Keynes, o economista tornou-se o intelectual da corte que justifica a acção interventiva e o status-quo entre poder e o sistema monetário.
f) As bolhas
Quanto se produz moeda para conceder crédito, a taxa de juro será artificialmente mais baixa do que seria se essa produção de moeda não tivesse tido lugar, obrigando a procura por crédito a competir pela poupança monetário previamente existente. Essa taxa de juro artificialmente baixa induz investimentos que de outra forma nunca seriam avaliados como rentáveis e sustentáveis, pondo em marcha uma bolha económica temporária que desagua por norma, nos seus últimos estágios, em bolhas de preços de mercadorias e bens financeiros alavancados por doses adicionais de expansão de crédito. Estas subidas de preços não têm em geral grande expressão nos Índices de Preços no Consumidor, razão pelo qual é ignorada.
Dado a pirâmide de crédito que financia ilusoriamente a economia privada e os défices do Estado, a crise económica e bancária torna-se inevitável, mas a doença é a bolha, a crise constitui o processo de cura.
6. A receita dos Keynesianos?
Keynes: “A solução certa para o ciclo económico não é para ser encontrada na abolição dos booms e manter-nos permanentemente numa meia-recessão; mas na supressão das recessões e assim manter-nos permanentemente num quasi-boom”.
Mais expansão de moeda e crédito barato.
Bibliografia:
The General Theory of Employment, Interest and Money, John Maynard Keynes (1936) http://www.marxists.org/reference/subject/economics/keynes/general-theory/ The
Failure of the New Economics, Henry Hazlitt http://mises.org/resources/3655/Failure-of-the-New-Economics
America’s Great Depression, Fifth Edition, Murray N. Rothbard; http://mises.org/rothbard/agd.pdf
terça-feira, 29 de novembro de 2011
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
O Paradoxo dos Indignados
(Artigo publicado no n.º 3 do Lado Direito, jornal da Juventude Popular de Lisboa)
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
Capitalismo e moral
terça-feira, 8 de novembro de 2011
Ron Paul em 2003 sobre bolhas e crises no imobiliário
"... the special privileges granted to Fannie and Freddie have distorted the housing market by allowing them to attract capital they could not attract under pure market conditions. As a result, capital is diverted from its most productive use into housing. This reduces the efficacy of the entire market and thus reduces the standard of living of all Americans.
Despite the long-term damage to the economy inflicted by the government's interference in the housing market, the government's policy of diverting capital to other uses creates a short-term boom in housing. Like all artificially-created bubbles, the boom in housing prices cannot last forever. When housing prices fall, homeowners will experience difficulty as their equity is wiped out. Furthermore, the holders of the mortgage debt will also have a loss. These losses will be greater than they would have otherwise been had government policy not actively encouraged over-investment in housing.
Perhaps the Federal Reserve can stave off the day of reckoning by purchasing GSE debt and pumping liquidity into the housing market, but this cannot hold off the inevitable drop in the housing market forever. In fact, postponing the necessary, but painful market corrections will only deepen the inevitable fall. The more people invested in the market, the greater the effects across the economy when the bubble bursts."
Ron Paul in the House Financial Services Committee, September 10, 2003
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
1.ª Conferência do Liberalismo Clássico
1.ª Conferência do Liberalismo Clássico
Coimbra, 26 Novembro de 2011, 14h00-20h00
Organização: Causa Liberal – Associação para o estudo, debate e divulgação do Liberalismo Clássico e o Instituto Ludwig von Mises Portugal
[www.causaliberal.net][mises.
PROGRAMA
14h00 – Recepção dos participantes.
14h30 – Intervenção de Lourenço Vales: Liberalismo: A abordagem consequencialista vs deontológica.
15h00 – Intervenção de Ricardo Campelo de Magalhães: Como lucrar por ser liberal.
15h30 – Intervenção de Carlos Novais: O Keynesianismo e a crise.
16h00 – 1.º Painel: Liberalismos: entre o conservadorismo e o socialismo.
Apresentação: Professor José Manuel Moreira;
Intervenções: Luís Aguiar Santos e Samuel de Paiva Pires.
17h00 – Intervalo.
17h30 – Intervenção de Filipe Teles: Praxeologia e Liderança Política.
18h00 – Intervenção de André Azevedo Alves: A Escola de Salamanca e as origens ibéricas do liberalismo clássico.
18h30 – Intervenção de Luís Aguiar Santos: Perspectiva histórica do liberalismo português - Séculos XIX e XX.
19h00 – 2.º Painel: Liberalismo e os partidos políticos.
Moderador: João Miranda;
Intervenções: Professor José Adelino Maltez, Michael Seufert e Ricardo Campelo de Magalhães.
20h00 – Encerramento dos trabalhos.
Inscrição: geral@causaliberal.net
Preço: 10€ (liquidação no local, indicar expressamente se pretende inscrever-se no jantar pós-Conferência)
20h30 Programa social: Jantar convívio no local da conferência (por inscrição separada, preço 24€)
Local: TIVOLI Hotel, Rua João Machado, N.4, 3000-226 Coimbra – Portugal
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Da última vez que Banqueiros Centrais & Co salvaram o mundo
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Daniel Hannan cita Rothbard e Mises [inflação no RU 5.2%]
Mervyn King warns against deflation. Meanwhile, in the real world…
Inflation, this morning's newspapers tell us, is higher than expected. Expected by whom, for Heaven's sake? Not, surely, by readers of this blog, which has been predicting hefty price rises for over a year. Not to readers of Fraser Nelson or Allister Heath, nor yet to anyone familiar with the works of Murray Rothbard or Ludwig von Mises. Nor, come to that, to anyone who grasps that, when you increase the supply of something, other things being equal, you reduce its price.(...)
Their mistake is not simply academic. The reason that Britain is growing more slowly than its competitors is not that government expenditure is falling – contrary to the impression you might get from the BBC, spending and borrowing are considerably higher today than during the final demented months of Gordon Brown's premiership. No, the reason we're in such a mess is that inflation is inhibiting our recovery.(...)
Tim Price, an investment manager with an unusual grasp of Austrian economics, summarises the problem beautifully:
If you wanted to perpetuate a depression, suggests Rothbard, the very best way to do it would be to enact the policies the government is pursuing today: prevent widespread liquidation of financial assets by lending money to shaky businesses; deploy as much QE as you can, to ensure that bad banks remain in business like malodorous zombies; inflate further, which prevents a necessary fall in prices; keep wage rates up (thus ensuring permanent mass unemployment); keep prices up (which will create unsaleable surpluses); stimulate consumption and discourage saving — not least, by driving interest rates close to zero.We are doomed. Doomed.
Primárias - Melhor presença até agora: Ron Paul GOP CNN Nevada Debate
Se o texto for longo, usar a quebra de salto abaixo. Se for curto, removê-la.
Krugman & Co - alguém se irá demitir?
"Inflation numbers continue to run high in Britain, yet the Bank of England, far from tightening, seems set to do more quantitative easing. Why are they so complacent about the inflation issue? Well, for good reasons:... [blá, blá, blá]...
Obviously there’s a test here. If people like Adam Posen and yours truly are right, UK inflation will fall off sharply in the near future. If it doesn’t, Adam says he’ll resign from the Monetary Policy Committee; and I’ll certainly have to make a major rethink."
"Arthur Burns, was such a staunch supporter of Richard Nixon that he abandoned his professional credibility by endorsing wage and price controls. Even though Burns's staff advised him that the money supply was forecast to grow by 10.5 percent by the third quarter of 1972, he advocated even faster money creation. The growth rate of the money supply in 1972 was the fastest for any one year since the end of World War II and helped assure Nixon's reelection- and the stagflation that followed."
"Arthur Burns, who had blocked Murray Rothbard's hard-money PhD at Columbia until Ike made Burns chairman of the council of economic advisors, also engineered Nixon's great inflation. After his term as Fed chairman, Burns was rewarded by Nixon with the ambassadorship to Germany (...)
Burns--whom Murray described as sounding like W.C. Fields without the humor--answered, the Fed chairman has to do what the president wants, or "the central bank would lose its independence."
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Sobre os laureados com o Prémio Nobel da Economia
This year's Nobel Memorial Prize in Economics goes to two Americans, Thomas Sargent (NYU) and Christopher Sims (Princeton). Officially the award is for "their empirical research on cause and effect in the macroeconomy."
There is no doubt that these two guys are really sharp, and free-market economists can find a lot to like in much of the work of Sargent in particular. Yet to update what I said of last year's recipients — who studied labor markets — it's a bit odd for the economics profession right now to be celebrating two scientists for their work in helping policymakers steer the macroeconomy.
(...)
As I said in the beginning, there is no doubt that Sargent and Sims are really sharp guys. Given that you wanted to approach macroeconomics in the way the mainstream has done it over the past few decades, then yes Sargent and Sims made seminal contributions and should be congratulated for their important work. For example, there is a poll for visitors at the official site, asking, "Did you know that Sargent and Sims's work is used by policymakers worldwide?"
Yet hold on a second. We ironically seem to be in the midst of one of the causation-correlation traps that I just explained above. Just about everyone is celebrating the work of Sargent and Sims, in effect saying, "Thank goodness you gave policymakers such guidance, especially when they need it now in the midst of the worst financial crisis since the 1930s! We can only imagine how awful the world economy would be today, were it not for your seminal papers."
Yet things might well be just the opposite. The "data" is just as consistent with the opposite conclusion, namely that Sargent and Sims steered the macroeconomics profession along a trajectory that led policymakers to do things that blew up the global financial system, such that we are currently worried about the collapse of an entire continent and its currency. What would things have to look like, in order for us to fine all of the most-influential macroeconomists, rather than giving them a $1.5 million award?
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
Startling Unpublished Keynes Equations Discovered (Friday Afternoon Humor)
"LONDON | Friday Sep 30, 2011 3:26pm EDT
(Routers) – A remarkable discovery reveals equations that economists say could end the business cycle - forever.
Ian Macallum, spokesman for the Royal & Ancient Historical Society of London, told Routers that the equations were contained in an unpublished manuscript which was found in the attic of an 18th century flat in Soho.
...
“It’s pure Keynesian genius” said former Fed Governor Fred Mishkin. “There is a strong consensus among economists, at least within the Federal Reserve, that liquidity is the answer to the age-old question ‘what is the meaning of life?’” So, it makes perfect sense that someone as brilliant as Keynes would adapt these equations to a framework for fiscal and monetary policy.”
Although very technical in original form, Moody’s Chief Economist Mark Zandi said the final derivation of the equations can be simplified to the following:
“Unless you’re a PhD economist, I think it’s impossible to appreciate the elegance of the final derivation: by raising every stimulus factor to the power of infinity, you immediately move the probability of future recessions to zero. It’s brilliant. The notion that ‘risk’ is a necessary component of free market capitalism will finally be discredited.”..."
terça-feira, 11 de outubro de 2011
Nobel da Economia: Unpleasant monetarist arithmetic
A tendência histórica observada para a auto-destruição progressiva (ainda que o prazo seja longo) das moedas-papel [ver: Paper Money Collapse] assenta na evidência que os regimes políticos preferem sempre arranjar desculpas para sucessivas fugas para a frente de inflacionismo a ter que enfrentar uma combinação de falências bancárias, empresas e de Estados. Lembrar os comentários de Cavaco Silva, ou hoje de De Grauwe: "Medo infundado" da inflação está a condicionar o BCE., e a contínua compra de dívida pública pelo BCE, FED e BoE.
Via FreeBanking
"Unpleasant monetarist arithmetic
During the early 1980s a group of economists then at the University of Minnesota
and the Federal Reserve Bank of Minneapolis, Thomas J. Sargent, Neil Wallace,
and Preston Miller, spelled out a worrisome potential connection between the
growth of government debt and the resort to inflationary finance. Their basic
message was that the ability to finance government spending with borrowing will
eventually hit a ceiling, leaving money-creation the only method left for
covering continued budget deficits. The resulting inflation cannot then be
stopped, because money-creation cannot be stopped, unless there is a fiscal
reform: “the monetary authority is forced to create money” to satisfy a
need for seigniorage revenue.
In a much-discussed 1981 article entitled “Some Unpleasant Monetarist
Arithmetic,” Sargent and Wallace asked their readers to consider a fiscal and
monetary regime in which the fiscal authority (say, the Congress) first
announces the path of future budget deficits. By rearranging the budget
constraint, we see that the size of a budget deficit (G – T) must be matched
by the sum of new borrowing and monetary expansion:
G - T = ΔD + ΔM.
In other words, a budget deficit implies some combination of bond finance and
inflationary finance."
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
"Do Conceito de Liberdade em Friedrich A. Hayek: Um Contributo para o Estudo do Liberalismo Clássico em Portugal", por Samuel de Paiva Pires
Este trabalho tem como objectivo entender como se articula o pensamento de Friedrich A. Hayek no que diz respeito à salvaguarda da liberdade individual. Começando por operacionalizar o conceito de liberdade, pretende-se demonstrar que há uma clara linha no pensamento de Hayek que articula a ordem espontânea, a cataláxia e o estado liberal de forma a gerar uma dinâmica que tem como objectivo garantir o maior grau de liberdade individual possível. Neste trabalho fica também patente a demonstração de que o socialismo e o planeamento centralizado são epistemologicamente impossíveis, e que o conceito de justiça social é o responsável pelo descrédito da política nas modernas democracias liberais. Desta forma, procura-se efectuar uma reflexão crítica, recorrendo tanto à descrição como à análise do pensamento de Hayek, que, por estar parcamente traduzido em português, carece de ser estudado como forma de o divulgar à generalidade dos portugueses.
Palavras-chave: Friedrich A. Hayek, liberalismo, teoria política, economia política, liberdade individual, democracia.
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Planeamento da "1ª Conferência do Liberalismo Clássico"
Formato proposto:
Em Coimbra, 26 Novembro, provavelmente numa sala de Hotel. O início pelas 14h30 bate certo com horário de chegada de comboio vindo do Porto ou Lisboa.
14h00 Recepção
14h30 Tema 1
15h00 Tema 2
16h00 Tema alargado 1
17h00 Intervalo
17h30 Tema 3
18h00 Tema 4
18h30 Tema 5
19h00 Tema alargado 2 (tema com Painel de convidados?)
20h00 fim
20h30 Jantar convívio (para quem puder)
Foi convidada uma pessoa para o Tema Alargado 1. Existem 2/3 pessoas para preencher 3 temas. Serão convidadas mais pessoas para os restantes temas.
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
terça-feira, 13 de setembro de 2011
Hayek versus Keynes
O último parágrafo (citação abaixo) precisa de um comentário [When “nature’s cure” failed to end the Great Depression, Hayek’s star hurtled to earth.]. Na verdade a Grande Depressão foi grande por causa das políticas intervencionistas de Hoover e Roosevelt (ver "The Great depression", Murray N. Rothbard, com introdução de Paul Johnson), em especial, na tentativa de prevenir que salários e preços baixassem, ao contrário da crise de 1920-21 cuja contracção inicial foi até mais grave que em 1929-30, onde a deflação de preços, massa monetária e salários foi pronunciada, mas onde o pleno emprego se restabeleceu passados 2 anos.
O desânimo de Hayek não está relacionado com a falta de recuperação da economia. Hayek tinha iniciado um confronto directo com Keynes e publicou uma refutação detalhada do seu livro ("Tratado sobre a Moeda") que precedeu a "Teoria Geral do Emprego, Juro e Moeda" só para descobrir que nesta afirmava que tinha mudado de ideias... ainda para pior (como Hazlitt o afirma mais tarde, nos anos 50, na sua obra de análise crítica detalhada, "The failure of the New Economics", ainda uma obra definitiva, e não por acaso, pouco conhecida), julgando Hayek que por um lado os erros e falácias da "Teoria Geral" seriam mais tarde ou mais cedo evidenciados (e durante alguns anos, os académicos lutaram para conseguir traduzir num pensamento coerente o que era ali exposto) como se arriscaria a que Keynes (que afirmou qualquer coisa como "quando os factos mudam eu mudo") mudasse de ideias novamente. E neste ponto Hayek muda de facto o seu focus para a filosofia política deixando para trás uma enorme obra no domínio da teoria económica pura (pelo qual recebeu o seu Prémio Nobel), mas sem ter elaborado uma refutação dirigida especificamente à "Teoria Geral".
No artigo:
"When he met the great man in person at a conference in London, in 1927, he picked a fight about interest rates. And when he started Vienna’s first economic forecasting institute, Hayek ridiculed the confidence of Keynes and Irving Fisher that the next recession, whenever it came, would be mild, thanks to managed money and the Federal Reserve. In February 1929, in his monthly forecast newsletter, he predicted instead that the American boom would result in a crash.
Great Depression Debate
This strategy succeeded brilliantly, snagging Hayek an invitation to Beatrice and Sidney Webb’s London School of Economics, which a group of young Turks were itching to turn into a libertarian antipode of interventionist Cambridge, where Keynes’s disciples were. With Hayek on the LSE team, young economists everywhere followed the furious debate that ensued with the passion and partisanship of soccer fans.
As the Depression deepened, Hayek held that it was “due to monetary mismanagement and state intervention operating in a milieu in which the essential strength of capitalism had already been sapped by war and by policy.” Overinvestment during the boom -- not underinvestment, as Keynes contended -- had produced the slump. Consequently, what was needed was “time to effect a permanent cure.”
“The creation of artificial demand,” Hayek argued, would only lead to another burst of inflation and another downturn. Like most American economists -- as well as President Herbert Hoover and his political rival, Roosevelt -- Hayek opposed going off the gold standard, and favored spending cuts and tax increases to balance the budget. Give the economy time to heal.
When “nature’s cure” failed to end the Great Depression, Hayek’s star hurtled to earth. As Beatrice Webb wrote in her diary of Hayek and his allies in 1936, “They and their credo are sidetracked, without influence or even relevance to the present state of the world.” According to Nicholas Wapshott’s new book about the Keynes-Hayek disagreement, Hayek was so discouraged that he essentially gave up economics and turned instead to philosophy"
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
Rick Santelli Tells NYT's Thomas Friedman He's An Idiot On Live TV...
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
Everything worthwhile is mandatory, prohibited, or taxed.
Bond bubble
sexta-feira, 22 de julho de 2011
Sobre a permanência ou não no Euro
Mas permanece o problema de quem já utiliza o Euro. Se a entrada no Euro potenciou o mau comportamento a saída do Euro obriga a uma nova reconstrução e/ou renegociação de direitos de propriedade, a moeda possuída em depósitos dentro do país e fora do país, os contratos de curto e longo prazo em euros, e as dívidas contraídas.
Uma moeda própria para países pequenos neste contexto, também potencia a contracção de dívidas em moedas externa (euros) e a prazo fenómenos de incapacidade de pagamento dessas dívidas (as crises cíclicas das balanças de pagamento).
Suponho que é uma questão de preferência de linha de acção, mas entendo que me devo concentrar em:
- desaparecimento dos défices orçamentais.
- discussão sobre os males das reservas fraccionarias e a sua ligação aos ciclos económicos e desequilíbrios entre poupança e investimento.
- reivindicar a circulação das moedas naturais como o ouro e a prata (que em si, permitiria preservar os compromisso dentro do Euro, excepto no que respeita a deixar circular uma moeda que os próprios bancos centrais, tal como o próprio BCE, utilizam).
quarta-feira, 20 de julho de 2011
O Tratado de Economia ainda a descobrir
joins the ranks of eminent economists by publishing a voluminous work, a systematic treatise on economics…. In every chapter of his treatise, Rothbard … adopt[s] the best teachings of his predecessors … and add[s] to them highly important observations….[16]
Mises went on to characterize Rothbard's work as
an epochal contribution to the general science of human action, praxeology, and its practically most important and up-to-now best elaborated part, economics. Henceforth, all essential studies in these branches of knowledge will have to take full account of the theories and criticisms expounded by Dr. Rothbard.[17]
Given Mises's exacting scholarly standards and his well-known parsimony in paying compliments for scientific contributions, this is high praise indeed for a book published by a thirty-six-year-old economist.[18] More importantly, Mises evidently viewed Rothbard's work as opening a new epoch in modern economic science.
Rothbard himself was not reluctant to indicate the respects in which he considered his treatise to have been a departure from or an advance upon Mises's work. Foremost, among Rothbard's theoretical innovations was his formulation of a complete and integrated theory of production. Previously, production theory in causal-realist analysis was in disarray and had consisted of a number of independent and conflicting strands of thought that treated capital and interest, marginal-productivity theory, rent theory, entrepreneurship, and so on in isolation. Somewhat surprised by this yawning gap in production theory, Rothbard commented,
Mises has very little detail on production theory, and as a consequence it took me many false starts, and lots of what turned out to be wasted effort, before I arrived at what satisfied me as a good Production Theory. (It's involved emancipation from 90 percent of current textbook material.)[19]
In Man, Economy, and State, Rothbard elaborates a unified and systematic treatment of the structure of production, the theory of capital and interest, factor pricing, rent theory, and the role of entrepreneurship in production. Furthermore, production theory is presented as part of the core of economic analysis and covers five of the book's twelve chapters and approximately 30 percent of its text. One of Rothbard's greatest accomplishments in production theory was the development of a capital-and-interest theory that integrated the temporal production-structure analysis of Knut Wicksell and Hayek with the pure-time-preference theory expounded by Frank A. Fetter and Ludwig von Mises. Although the roots of both of these strands of thought can be traced back to Böhm-Bawerk's work, his exposition was confused and raised seemingly insoluble contradictions between the two.[20] They were subsequently developed separately until Rothbard revealed their inherent logical connection.(...)"
terça-feira, 19 de julho de 2011
Monarchy vs. Republic by Otto von Habsburg
"We come here to the formal aspect of the State -- the question of monarchy versus republic -- which is mostly discussed from a highly emotional rather than a rational point of view. The debate proceeds by arguments ad hominem. A few undignified occupants of royal thrones are enumerated, and are then presented as examples of monarchy as such. The defenders of monarchy are no better. They point to corrupt professional politicians, of whom there exist a sufficient number, and claim that this is the necessary consequence of a republican constitution. Neither is a rational argument. There have been good and bad monarchies -- good republics (like Switzerland), and others which are far from living up to the same standard.
Every human institution, after all, has its good and bad sides. As long as this world is inhabited by men and not angels, crimes and mistakes will continue to occur... Republicans are fond of claiming that a monarchical regime means the rule of the aristocracy. Monarchists, on the other hand, point to the economic difficulties, the tax burdens, and State interference in private life in present-day republics, and compare this state of affairs with the freedom and economic well-being under the pre-1914 monarchies. Both arguments are unconvincing. They use the old propagandist trick of comparing results brought about by entirely dissimilar causes. Anyone who is honest will compare present-day monarchies with present-day republics. It will then be apparent that the aristocracy of birth occupies no greater share of leading positions in monarchies than in republics, and that all states, whatever their form of government, are equally affected by the serious problems of the present day.
Republicans frequently claim, in addition, that monarchy is a form of government belonging to the past, while republicanism is that of the future. Even a slight knowledge of history is enough to disprove this. Both forms have been in existence since the earliest times (though the monarchical periods have usually lasted considerably longer than the republican ones). In any case, it is misleading to call an institution which we already find in ancient Greece, Rome and Carthage, the form of government of the future.
In any objective discussion, we must also assign this question its proper place in our hierarchy of values. It is not an accident that we speak of the "form" of government. There is a great difference between the "form" and the "content" -- or purpose -- of the State. The latter is its essential raison d'etre, its very soul. The former corresponds to the bodily form of a living being. The one can certainly not exist without the other; but in any sane hierarchy of values the soul occupies a higher place than the body.
The essential purpose of the State, its "content," is rooted in natural law. The State is not an end in itself; it exists for the sake of its citizens. It is therefore not the source of all law (a claim that is still far too widely accepted), nor is it all-powerful. Its authority is circumscribed by the rights of its citizens. It is only free to act in those fields that are outside their free initiative. The State is therefore at all times the servant of natural law. Its task is to give practical effect to this law; nothing more.
If the mission of the State is the practical realization of natural law, the form of government is a means by which the community attempts to achieve this aim. It is not an end in itself. This explains the relatively subordinate importance of this whole question. Undoubtedly a great deal of importance attaches to the choice of the right means, since this choice will determine whether or not the end is attained. But what is lasting in political life is only natural law. The attempt to realize this law in practice will always have to take account of current conditions. To speak of an eternally valid form of government, right under all circumstances, shows ignorance and presumption.
From this it would seem to follow that it is fruitless to try to determine -- mostly from the wrong philosophical premises -- the objective value of one or the other form of government. The discussion will only become fruitful if we keep in mind the end which every such form is intended to serve. It is therefore not a question of investigating what value we are to attach to monarchies or republics as such. What we must ask ourselves is which form offers the best chances of safeguarding natural law under present-day conditions.
Once this point has been clarified, we can pass on to two other problems, which have frequently been dragged into this discussion and are threatening to poison the whole atmosphere. There is constant controversy about the relation between monarchism, republicanism and democracy. Here again we encounter the blurred thinking characteristic of our era of slogans and propaganda. The concept of democracy has become infinitely elastic. In Russia it is compatible with mass liquidations, secret police and labour camps. In America, on the other hand -- and occasionally in Europe -- even political theorists are frequently unable to distinguish between republicanism and democracy. Furthermore, both words are used to designate conceptions and characteristics that go far beyond the political field, and belong to the economic or sociological sphere. It must therefore be clearly stated that, generally speaking, democracy means the right of the people to participate in determining their own development and future.
If we accept this definition, we shall see that neither of the two classical forms of government is by nature linked with democracy. Democracy can exist under both forms, just as there exist authoritarian republics as well as monarchies. Monarchists, in fact, frequently claim democracy functions better under a monarchy than under a republic. If we look at present-day Europe, there is certainly some truth in this argument, though its validity may be restricted in time and space. At the same time, it is necessary to point out that in small states which are strongly rooted in their traditions, like Switzerland, democracy and republicanism can coexist successfully.
Still more hotly discussed is the question of monarchism and socialism, and republicanism and socialism. The reason for this is largely that in German-speaking countries the great majority of the official socialist parties are republican in outlook. Hence we find there among narrow and uneducated minds the belief that socialism and monarchism are incompatible. This belief is due to a basic confusion. Socialism -- at least in its present- day form -- is essentially an economic and social program. It has nothing to do with the form of government. The republicanism of some socialist parties does not arise from their actual programs, but is due to the personal beliefs of their leaders. This is shown by the fact that the majority of the really powerful European socialist parties are not republican but monarchist. This is the case in Britain, in Scandinavia and in Holland. In all these countries we not only find excellent relations existing between the Crown and the socialists, but one cannot escape the impression that a monarchy provides a better soil for working-class parties than a republic. In any case, experience shows that socialism remains longer in power under a monarchy than under a republic. One of the great leaders of the British Labour Party explained this by the moderating and balancing influence of the Crown, which enabled socialists to carry through their program more slowly, more reasonably, and hence also more successfully. At the same time, a ruler standing above the parties represented a sufficient safeguard to the opposition, so that it need not have recourse to extreme measures in order to regain power. It could watch developments more calmly.
Whether or not this is true, the facts prove that it is unjustified to draw an artificial dividing-line between monarchism and socialism, or between monarchism and classical democracy. The same applies to republicanism. One other point must be mentioned. This is the frequent confusion, particularly among those not trained in political science, between monarchy as a form of government and one or other monarchical dynasty; in other words, the confusion between monarchism and legitimism.
Legitimism, a special tie with one person or one dynasty, is something that can hardly ever be discussed in reasonable and objective terms. It is a matter of subjective feeling, and is therefore advocated or opposed by arguments ad hominem. Any rational discussion of current problems must therefore make a clear distinction between monarchism and dynastic legitimism. The form of government of a State is a political problem. It must therefore be discussed independently of the family or person who stand, or stood, at the head of the State. Even in monarchies dynastic changes take place. In any case, the institution is of greater importance than its representative; the latter is mortal while the former is, historically speaking, immortal.
To look at a form of government merely with an eye to its present representative leads to grotesque results. For in that case republics, too, would have to be judged not on political grounds, but according to the characters of their presidents. This would, of course, be the height of unfairness.
It should be added that among the protagonists of monarchism in republican Europe, there are relatively few legitimists. King Alfonso XIII of Spain once remarked that legitimism cannot survive one generation. It is valuable where there exists a strongly established, traditional form of government, with which most of the citizens are satisfied. But this kind of legitimism can be found in republics as well as in monarchies. One can speak of republican legitimism in Switzerland and the United States just as one can speak of monarchist legitimism in Britain and Holland. In most countries of Europe, of course, there have been so many profound changes in the course of the centuries that legitimism is less frequently encountered. Under such conditions, it is particularly dangerous to have recourse to emotional arguments.
We are now in a position to define what we understand by a monarchy and a republic. Monarchy is that form of government in which the head of State is not elected, bases his office on a higher law, with the claim that all power derives from a transcendental source. In a republic, the highest officer of State is elected, and hence derives his authority from his electors, that is, from the particular group which elected him.
Leaving aside purely emotional considerations, there are good arguments for both of these basic forms of government. The most important arguments in favour of republicanism can be summarized as follows: In the first place, republics are, with few exceptions, secular. They require no appeal to God in order to justify their authority. Their sovereignty, the source of their authority, derives from the people. In our time, which turns increasingly away from religious concepts, or at least refers them into the realm of metaphysics, secular constitutional concepts and a secular form of government are more easily acceptable than a form rooted, in the last resort, in theocratic ideas. It is, therefore, also easier for a republic to embrace a secular version of the Rights of Man. The advantage this form of government offers would therefore seem to be that it is in closer touch with the spirit of our time, and hence with the great mass of the population.
In addition, the choice of the head of State depends not on an accident of birth, but on the will of the people or of an elite. The president's term of office is limited. He can be removed, and if he is incapable it is easy to replace him. Himself an ordinary citizen, he is in closer touch with real life. And it is to be hoped that, with better education, the masses will become increasingly capable of choosing the right man. In a monarchy, on the other hand, once a bad ruler has ascended the throne, it is almost impossible to remove him without overthrowing the whole regime. And lastly it is claimed that the fact that every citizen can, at least theoretically, become president, encourages a sense of political responsibility and helps the population to attain political maturity. The patriarchal character of a monarchy, on the other hand, leads the citizens to rely on their ruler, and to shift all political responsibility on to his shoulders.
In favour of monarchism, the following arguments are put forward: Experience shows that kings mostly rule better, not worse, than presidents. There is a practical reason for this. A king is born to his office. He grows up in it. He is, in the truest sense of the word, a "professional," an expert in the field of statecraft. In all walks of life, the fully qualified expert is rated higher than the amateur, however brilliant. For particularly in a difficult, highly technical subject -- and what is more difficult than the modern State? -- knowledge and experience outweigh sheer brilliance. The danger certainly exists that an incompetent may succeed to the throne. But was not a Hitler chosen as leader, and a Warren Harding elected president? In the classical monarchies of the Middle Ages, it was almost always possible to replace an obviously incapable successor to the throne by a more suitable one. It was only with the decadence of monarchism, in the age of the courtly despotism of Versailles, that this corrective was discarded. Nothing would be more appropriate in a modern monarchy than the institution of a judicial tribunal, which could, if necessary, intervene to change the order of succession to the throne.
Even more important than the king's "professional" qualifications is the fact that he is not tied to any party. He does not owe his position to a body of voters or the support of powerful interests. A president, on the other hand, is always indebted to someone. Elections are expensive and difficult to fight. The power of money and the great mass organizations always makes itself felt. Without their help, it is almost impossible to become the head of State of a republic. Such support is not, however, given for nothing. The head of State remains dependent on those who helped him into the saddle. It follows that the president is mostly not the president of the whole people, but only of those groups that helped him to attain office. In this way, political parties or groups of economic interests can take over the highest command positions of the State, which then no longer belongs to the whole people, but, temporarily or permanently, becomes the privileged domain of one or another group of citizens. The danger exists therefore that a republic will cease to be the guardian of the rights of all its citizens. This, it is stressed by monarchists, is particularly dangerous at the present time. For today the rights of the individual and of minority groups are in greater danger than ever before. Financial power- concentrations and large, powerful organizations generally are everywhere threatening the "little man." Particularly in a democracy, it is extremely difficult for the latter to make himself heard, since this section of the population cannot easily be organized and is of no great economic importance. If even the topmost pinnacle of the State is handed over to political parties, there will be no one to whom the weak can turn for help. A monarchical ruler, on the other hand -- so it is claimed -- is independent, and is there for all citizens equally. His hands are not tied in the face of the powerful, and he can protect the rights of the weak. Particularly in an age of profound economic and social transformations, it is of the highest importance that the head of State should stand above the parties...
And, finally, the Crown contributes to political life that stability without which no great problems can be solved. In a republic, the firm foundation is lacking. Whoever is in power must achieve a positive success in the shortest possible time, otherwise he will not be re-elected. This leads to short-term policies, which will not be able to cope successfully with problems of world-historical scope.
There is one more point we must consider before we can answer the question of which form of government will best serve the community in the future. Generally speaking, democratic republics represent a regime dominated by the legislature, while authoritarian regimes are dominated by the executive. The judicial power has not had the primacy for a long time, as we have shown above. It found its earlier expression in the Christian monarchies. It is frequently forgotten that the true ruler has always been the guardian of law and justice. The most ancient monarchs -- the kings of the Bible -- came from the ranks of the judges. St. Louis of France regarded the administration of justice as his noblest task. The same principle can be seen in the many German "Palatinates," since the Count Palatine (Palatinus) was the guardian of law and justice delegated by the King- Emperor. The history of the great medieval monarchies shows that the legislative power of the king -- even of a king as powerful as Charles V -- was severely limited by local autonomies. The same is true of the ruler's executive function. He was not, in the first place, a law-giver or head of the executive; he was a judge. All other functions were subordinate, and were only exercised to the extent necessary to make his judicial function effective.
The reason for this institutional arrangement is clear. The judge must interpret the meaning of law and justice, and to do this he must be independent. It is essential that he should not owe his position, his function, to any man. The highest judge, at least, must be in this position. This is only possible under a monarchy. For in a republic, even the highest guardian of the law derives his position from some other source, to which he is responsible and on which he remains dependent to some extent. This is not a satisfactory state of affairs. His most important task is not to pass judgment in actual legal disputes, but to stand guard over the purpose of the State and natural law. Above all, it is the task of the supreme judge to see that all legislation is in accordance with the State's fundamental principles, that is, with natural law. The monarch's right to veto legislation passed by parliament is a remnant of this ancient function...
The future form of the State will be something entirely new, something which will represent principles of eternal validity in a form appropriate to the future, without the errors of the past...
The hereditary character of the monarchial function finds its justification not merely in the "professional" upbringing of the heir to the throne. Nor is it merely a question of continuity at the summit of the political hierarchy, though such continuity is highly desirable when it is a question of planning for generations to come. Its deepest justification lies in the fact that the hereditary ruler owes his position not to one or another social group, but to the will of God alone. That is the true meaning of the frequently misunderstood words, "by the grace of God," which always signify a duty and a task. It would be wrong for the ruler by the grace of God to regard himself as an exceptional being. On the contrary, the words, "by the grace of God," should remind him that he does not owe his position to his own merits, but must prove his fitness by ceaseless efforts in the cause of justice.
While there is thus much to be said for a hereditary transmission of the supreme position of the State, there is also one serious drawback, which has already been mentioned. If the succession occurs automatically, there is the possibility that the throne will be occupied by an incompetent. This is the greatest danger of the monarchial system. On the other hand, this danger only dates from the period when the inflexible legitimism of Versailles came into being, and the safeguards present in one form or another in most classical monarchies disappeared. Such safeguards would therefore have to be built into any future monarchical constitution. It would be wrong to hand this task over to political bodies, as that would open the door to private interests. The decision should be left to a judicial tribunal. The king, as the highest constitutional judge of the State, cannot exercise his function in a vacuum. He will have to be assisted by a body representing the highest judicial authority, of which he forms the head. It is this body which should pronounce on whether a law or a regulation is constitutional, that is, in accordance with the purpose of the State. When the ruler dies, the other judges will continue in office. It should be their duty to pronounce on the suitability of the heir presumptive, and, if necessary, to replace him by the next in succession.
The activity of the head of State will undoubtedly go beyond the purely judicial field. He will have to control the executive, since it is his duty to see that the decisions of the judicial power are carried out in practice. Nevertheless, all these tasks will remain of secondary importance. It is in his judicial function that a twentieth-century monarch will find his primary justification."