sábado, 2 de abril de 2011

PSD continua a dar tiros nos pés

Via Agência Financeira:

"Nos planos do PSD está ainda pôr o Estado a ajudar as famílias com dificuldades no cumprimento dos seus empréstimos bancários. «Boa parte já não tem dinheiro para pagar a casa. E se os juros aumentarem, como vão aumentar, estes casos vão aumentar. Ora bem, isto não pode ficar assim. É preciso apoiar as famílias que estão a perder a sua habitação», refere ao «i».

A solução já está pensada: «Tem de se fazer uma vaquinha entre três entidades: as famílias, o Estado e os bancos. A situação de cada família tem de ser analisada, se for caso disso (se se provar que a família é viável, trabalha, está decidida, tem empenho) tem de ser apoiada. A dívida dessa família ao banco tem de ser reestruturada, tem de ser prolongada e o Estado tem de suportar uma parte dos custos. O Estado tem de assumir a sua responsabilidade pelo facto de ter colocado um certo número de famílias na insolvência pelo corte de ordenados e pelo aumento dos impostos», explica."

Portanto, agora os meus impostos e os de todos os portugueses (extraídos coercivamente, como é óbvio) também têm que servir para pagar empréstimos contraídos pelas famílias (por sua opção), com a desculpa de que o Estado cortou ordenados - aos funcionários públicos - e aumentou impostos - a todos os portugueses -, logo reduzindo o poder de compra e a capacidade dessas famílias cumprirem as suas obrigações contratuais. Sem enveredar sequer pela brutal dificuldade de cálculo do que está em causa, obviamente apenas possível com uma pesada máquina burocrática que não conseguirá responder a curto prazo a estas dificuldades, e focando-me na injustiça em causa (dando alguns breves exemplos, porque deverá uma família que vive numa casa arrendada e com um baixo nível de rendimentos pagar o empréstimo à habitação de outra? Porque deverá uma família que vive numa casa arrendada, mesmo tendo possibilidades para comprar uma, pagar a ânsia que outra teve de contrair um empréstimo à habitação? E porque deverá um empregador pagar impostos para subsidiar o empréstimo à habitação de um trabalhador? Ou porque deverão os pensionistas e reformados ver os seus rendimentos congelados, depois de uma vida de trabalho, ao mesmo tempo que vêem outros a serem subsidiados no seu desejo - legítimo, mas não a expensas do Estado, vulgo, dinheiro dos contribuintes - de serem proprietários da própria habitação?) e que tal se se concentrassem em reduzir a gordura da máquina estatal e a enorme carga fiscal (o que seria mais justo, para todos)? Ah e acabar com a estapafúrdia lei das rendas, dinamizando o mercado de arrendamento, que a preços reais seria muito mais atractivo.

Se o PSD continuar a dar tiros nos pés deste calibre, é bom que o pessoal da S. Caetano se prepare para uma surpresa desagradável.

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