segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Ayn Rand e os libertarians

Ayn Rand ‎"Freedom, in a political context, has only one meaning: the absence of physical coercion." | Capitalism: The Unknown Ideal, 46 [relembrada via facebook]

Ayn Rand rejeitava o termo "libertarian" mas na verdade enunciou um dos seus princípios axiomáticos. Esta enunciação teve na origem da zanga entre Ayn Rand e Murray Rothbard e entre este e o seu amigo de juventude George Reisman (Rand achava que o tinha descoberto/enunciado primeiro e que detinha "direitos" intelectuais sobre tal).

Episódios interessantes da historia do movimento libertarian (e objectivista).

História: Liberais Clássicos ingleses do séc. XIX contra Lincoln


"In the family archives she discovered that the heir to the Devonshire title – later the eighth duke – had spent Christmas Day 1862 making eggnog for Robert E Lee's Confederate cavalry officers in Virginia.

This Devonshire heir, though, was not some deranged rightwing romantic but one of the pillars of Victorian Liberalism. (...)

Yet as Foreman shows, Hartington's support for the south was anything but unusual among liberal and progressive 1860s Britain. (...)"

(...) The Guardian's anti-Lincoln obsession reached its heights in the April 1865 editorial on, of all things, the president's assassination. "Of his rule we can never speak except as a series of acts abhorrent to every true notion of constitutional right and human liberty,"

Complemento actual: Judge Napolitano on Lincoln


sábado, 26 de fevereiro de 2011

A favor dos defaults

Tal como deixar as empresas e mesmo bancos irem à falência faz desaparecer a dívida permitindo a a liquidação e redistribuição de recursos e um novo começo, e um começo sem dívida (ou menos dívida)..

German academics push for EU sovereign default plan

"(...) Almost 200 German economics professors have signed a declaration rejecting current proposals to resolve the eurozone debt crisis, instead calling for a way for distressed countries to declare bankruptcy

(...) "Restructuring allows the countries concerned to reduce their debt and start over," said the economists."

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Política internacional? Dr Henry Kissinger is the best

http://twitter.com/#!/Henry_Kissinger

Dr Henry Kissinger
I understand Gaddafi will refute malicious rumors he has fled Libya on a special broadcast on Venezuelan State Television.
Dr Henry Kissinger
Those attacking my friend,Silvio Berlusconi,as a sleazy, corrupt, sexist, meglomaniac drunk are out of line. He does not drink @
Dr Henry Kissinger
Latest: State Dept.'s new Libya statement: "Gaddafi should cease massacring his people as soon as is practicable."
Dr Henry Kissinger
So when I warned of Domino Effect for communism, I was "crazy". When you warn of it for "democracy" you're mother-fucking-teresa?

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Banca(s) nacional(s), RIP (II)

Nem de propósito. Para já, consolidação nacional, sim. Depois mais tarde... E por cá?

Financial Times - Lex:

"It is no surprise that the Greek government backs National Bank of Greece’s unsolicited €2.9bn all-share offer for Alpha Bank. George Papaconstantinou, finance minister, wants to consolidate the country’s banks, both to strengthen them and to wean them off European Central Bank funding."

Banca(s) nacional(s), RIP

Tal como o vejo, existem os Bancos dos países ditos periféricos (Grécia, Irlanda, Portugal e mais) sem acesso ao mercado monetário europeu e assim dependentes do facilitismo inflacionista do BCE que se vê "obrigado" (não "queremos" mais pânico generalizado pois não?) a conceder crédito directamente (por emissão de moeda), e os outros Bancos com excesso de reservas (também porque têm recebido depósitos de receosos depositantes "periféricos", coisa muito incentivada de cada vez que um economista qualquer local se põe a especular sobre a conveniência de "saídas do euro" e "desvalorizações cambiais") por prudência, e isso coloca um problema estrutural.

Tentando adivinhar o próximo passo, creio que o BCE chegará à conclusão que a sua única saída (= fuga para a frente) da desconfortável posição de sistematicamente estender as linhas de emergência (e deter o poder de decidir deixar cair um banco), é apadrinhar um movimento europeu de fusões e aquisições entre os segundos e primeiros. Com a UE a ajudar com o discurso da circulação de capitais e consolidação europeia para permear as objecções locais.

PS: E uma oportunidade especulativa. É fazer uma lista dos primeiros e dos segundos. Fait vous jeux.

Atlas Shrugged Trailer - Over 702,000 YouTube Views Since Feb 8.

via dailypaul.com

domingo, 20 de fevereiro de 2011

O igualitarismo é uma anedota

Gay hotels investigated in UK for breaching equality laws http://bit.ly/hpSEOG

Conclusão: Defendo o direito dos gays a discriminar (direito de associação) na sua propriedade (direito a auto-regulação).

sábado, 19 de fevereiro de 2011

To bail-out or not to bail-out

Nesta peça acabada de publicar pela BBC, para além do cenário negro do país, mais uma vez se denota a diabolização do FMI, desta feita, por parte de Louçã e Vieira da Silva. Quanto ao primeiro, não se coíbe de mostrar a sua desonestidade intelectual - sabe perfeitamente que os juros a que se refere quanto à dívida soberana da Grécia no pós-intervenção do FMI são os do mercado secundário, que em nada afectam o financiamento de um país quando este é garantido através de um pacote negociado com o FMI.


sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

A Recessão como boa notícia

A crise é o processo de cura da doença constituída pela bolha prévia induzida e alimentada temporariamente por uma expansão de crédito não baseada em poupança prévia, o que conduz ao sobre-investimento e sobre-consumo e sub-poupança, um ciclo insustentável que em última análise consome capital ou poupança. Será tanto melhor que comece mais cedo do que mais tarde, se começar mais tarde que se deixe a reafectação de recursos, os ajustamento de preços (em queda) operarem na maior velocidade possível, encurtando o período de recessão a um mínimo de tempo e a uma qualidade máxima.

Mas partindo da habitual expressão PIB = C + I + G + X - M, e fazendo um exercício no campo do sempre falível campo dos agregados macro-económicos, será uma boa notícia a descida do valor do PIB:

  1. Se a despesa do Estado (G) descer, libertando recursos
  2. Se as Importações (M) resultarem de aquisição de capacidade produtiva futura
  3. Se o Investimento descer por estar em curso um processo de liquidação pós-bolha
  4. Se o Consumo descer para poder suportar os prejuízos inevitáveis numa crise
  5. Se as Exportações (X) temporariamente forem menores do que seriam, devido ao fim de programas de apoio que desvirtuam a concorrência e distorcem os incentivos.
  6. Se o C e I descerem nominalmente (e em termos reais) para recomposição de saldos monetários devido à desconfiança bem racional, da solidez do sistema monetário.

Jusnaturalismo

A entrada portuguesa na wikipédia diz:
Direito natural (em latim lex naturalis) ou jusnaturalismo é uma teoria que postula a existência de um direito cujo conteúdo é estabelecido pela natureza e, portanto, válido em qualquer lugar.[1] A expressão "direito natural" é por vezes contrastada com o direito positivo de uma determinada sociedade, o que lhe permite ser usado, por vezes, para criticar o conteúdo daquele direito positivo. Para os jusnaturalistas (isto é, os juristas que afirmam a existência do direito natural), o conteúdo do direito positivo não pode ser conhecido sem alguma referência ao direito natural.
E parece-me correcto. Sem direito natural, o direito positivo não tem forma de se sustentar a não ser pela via difusa, contraditória, inconsistente de uma qualquer versão da Vontade Geral. Se o jusnaturalismo não é a única forma de sustentação de qualquer direito positivo, o direito pode ser tudo e nada, o que significa mais ou menos que o direito é a força de quem tem a capacidade de o definir e fazer aplicar pela violência institucional (para o bem e para o mal).

Uma tentativa de estruturar o direito natural pela via dedutiva e que abriu a porta a um caminho de investigação é o Ethics of Liberty de Murray N. Rothbard cuja citação inicial diz:
As reason tells us, all are born thus naturally equal, with an equal right to their persons, so also with an equal right to their preservation . . . and every man having a property in his own person, the labour of his body and the work of his hands are properly his own, to which no one has right but himself; it will therefore follow that when he removes anything out of the state that nature has provided and left it in, he has mixed his labour with it, and joined something to it that is his own, and thereby makes it his property. . . . Thus every man having a natural right to (or being proprietor of) his own person and his own actions and labour, which we call property, it certainly follows, that no man can have a right to the person or property of another: And if every man has a right to his person and property; he has also a right to defend them . . . and so has a right of punishing all insults upon his person and property." Rev. Elisha Williams (1744)
Seja possível iniciar uma tradição portuguesa (e língua portugesa) do jusnaturalismo. Uma curiosidade: num comentário colocado no LvMI lê-se:
I've begun studying Rothbard, after reading so many references to his teaching by current Libertarian scholars. This quotation by the Rev. Elisha William ought to be in the social studies texts of every high school student in the world. I'm eager now to continue the study of The Ethics of Liberty.
There's a Libertarian movement under way here in the south of Brazil in which I intend to participate. My blog at www.mybasicprinciples.com will eventually have a companion in Portuguese.
O livro está disponível online aqui.

Ab initio

Chegado a esta casa, cumpre-me, antes de mais, agradecer o convite para a mesma, em especial ao André Azevedo Alves, ao Manuel Menezes Sequeira e ao Carlos Novais. Dado que há muito tenho vindo a alimentar a ideia de me juntar a um projecto deste género que, julgo, cada vez faz mais falta em Portugal, não posso senão considerar uma grande honra poder associar-me ao mesmo.

Sendo assim, para começo de conversa, e dado que estou a elaborar uma dissertação de mestrado sobre Friedrich A. Hayek, nada como começar por uma breve análise do caminho para a servidão que o país percorreu.


Portugal cumpriu-o em grande nestes últimos 36 anos. Não chegámos a ter um sistema comunista, mas também não tivemos um sistema liberal. Seguimos, portanto, a 3.ª via, sobre a qual Hayek afirmou levar inexoravelmente à servidão. Senão, vejamos: Os portugueses tornaram-se dependentes da banca portuguesa. Esta, por sua vez, tornou-se dependente da banca europeia e mundial. O Estado, ajudando à festa, com os seus interesses pouco transparentes, mascarados pela ideia do Estado Social - que cada vez mais acho que é melhor arquitectado num sistema liberal, que não confunda Estado Social com Estado dos Comensais Interesses Vigentes, que vai alargando competências para dar emprego aos boys e extorquir os contribuintes para os manter - agravou a dependência, inserindo-nos na CEE como forma de consolidação do regime, a troco de praticamente nada, e entregando ainda de bandeja os sectores tradicionais da nossa economia, como as pescas e agricultura. Com o Euro - com o qual estou genericamente de acordo, note-se - perdemos os tradicionais instrumentos de manipulação monetária, que em muito ajudam nas crises económicas, mais uma vez agravando a dependência - embora este seja um instrumento com um pendor keynesiano.

A esmagadora maioria da população está dependente do Estado, e este, por sua vez, está dependente do estrangeiro. A dependência financeira acentua a falta de liberdade. Sem liberdade económica, não há liberdade política. Ou seja, perdemos a soberania e a independência.

Por isto, no actual estado de coisas, onde em vez das gerações futuras e da independência do país, é o aqui e agora dos Comensais Interesses Vigentes que toma primazia na desgovernação, apetece dizer, parafraseando Hayek e a famosa expressão que tomou emprestada de Keynes, que "se nos concentrarmos em resultados imediatos, o que certamente estará morto no longo prazo é a liberdade" (Law, Legislation and Liberty).

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Separação entre o Estado e o Casamento - Re: Privatização do casamento?

O termo "privatização" não me parece o mais adequado; não será preferível falar em separação entre o Estado e o Casamento?

Como já defendo há muito, o casamento deve deixar de fazer parte sequer do código civil. As pessoas (nas combinações que lhes der na gana) que celebrem as cerimónias que quiserem, com ou sem contratos civis (sobre direitos, deveres e obrigações) de regulação da sua "união", como bem entenderem.

É isto que defendo por razões liberais e por razões religiosas conservadoras. Só assim, o acto consciente religioso pode recuperar o seu sentido natural e voluntário, reconhecido espontaneamente (ou não) por outros. Na medida em que a tudo se chama casamento, é o jogo social que tratará de apenas dar credibilidade de "casamento" sob certas condições. De resto, o "namoro" existe socialmente e para isso não é preciso definição estatista.

E que sentido faz uma figura no código civil sobre um tal de "casamento civil"? Querem os ateus teimar no simbolismo da cerimónia civil com a presença da autoridade pública? Será isso a prova da pré-existência de um religião civil à volta da presença mística do Estado (há muito prevista em literatura de ficção científica)?

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Melhorias na presença da Causa em redes sociais

Boas notícias! Estamos a melhorar a presença da Causa Liberal nas redes sociais. Não só estamos a melhorar a imagem do blogue e da página Web, como já temos uma presença no Facebook e no Twitter. Siga-nos!

Sen. Rand Paul CPAC 2011 Speech


Um grande discurso e uma carreira promissora, creio eu, sem limites de ambição, para bem de todos os conservatives-libertarians americanos.

Causa Liberal

O site da Causa Liberal encontra-se em transferência de plataforma, o que inclui o seu arquivo.

O blog já foi transferido com sucesso.