Tal como o vejo, existem os Bancos dos países ditos periféricos (Grécia, Irlanda, Portugal e mais) sem acesso ao mercado monetário europeu e assim dependentes do facilitismo inflacionista do BCE que se vê "obrigado" (não "queremos" mais pânico generalizado pois não?) a conceder crédito directamente (por emissão de moeda), e os outros Bancos com excesso de reservas (também porque têm recebido depósitos de receosos depositantes "periféricos", coisa muito incentivada de cada vez que um economista qualquer local se põe a especular sobre a conveniência de "saídas do euro" e "desvalorizações cambiais") por prudência, e isso coloca um problema estrutural.
Tentando adivinhar o próximo passo, creio que o BCE chegará à conclusão que a sua única saída (= fuga para a frente) da desconfortável posição de sistematicamente estender as linhas de emergência (e deter o poder de decidir deixar cair um banco), é apadrinhar um movimento europeu de fusões e aquisições entre os segundos e primeiros. Com a UE a ajudar com o discurso da circulação de capitais e consolidação europeia para permear as objecções locais.
PS: E uma oportunidade especulativa. É fazer uma lista dos primeiros e dos segundos. Fait vous jeux.
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