quarta-feira, 27 de junho de 2007

Democracia política como suicídio colectivo

Já tenho proposto que devia ser assumido que os beneficiário directos de impostos (reformados+funcionários públicos) ao participarem nas eleições para o parlamento, orgão que aprova o orçamento de Estado, estão sujeitos a um inescapável conflito de interesses.

Poder influenciar uma votação que decide que os outros pagam compulsóriamente impostos a serem transferidos para si mesmo parece ser um conflito de interesses.

Á medida que a relação de população activa no sector privado versus reformados+funcionários públicos+desempregados+outros passa para uma minoria clara, digamos de 1 para 2, toda a origem dos impostos terá um peso bem abaixo de 50% da totalidade de votantes, tendendo portanto para apenas 33%.

Será assim cada vez mais dificil reformar o sistema - que na verdade, no que toca ás pensões, destina-se a adaptar a fórmula de cálculo (a despesa), às receitas existentes.

Nesse ponto, ou até bem antes desse ponto, temos assegurado o suicidio colectivo traduzido em provável colapso económico do Estado.

E na origem está esta capacidade de votar em interesse próprio à custa de terceiros.

A forma de dignificar e salvar a democracia de si mesma seria suspender o direito de voto nas eleições parlamentares (mantendo as presidenciais e locais), aos funcionários e beneficiários do sistema de pensões de reforma da segurança social.

Mas quem é que hoje busca Salvação seja do que fôr?

PS: Não esquecer que, não pondo em causa a dignidade e direito ao salário pelo trabalho produzido, todos os salários públicos têm origem nos Impostos pagos pelo sector privado (afirmar que pagam impostos é uma mera ficção contabilística introduzida apenas por Cavaco Silva, quanto muito o seu salário pode ser modificado desfavorávelmente pela aplicação desta ficção contabilística - mas a isso podiam apenas chamar de alteração salarial).

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