Ainda não percebi o que passa na cabeça dos liberais federalistas.
É certo que todos comungam mais na confiança da democracia (apenas um meio) do que no liberalismo em si (um fim em si mesmo), portanto podemos esperar mais uma confusão entre meios e fins.
O federalismo é um meio de descentralização, é óptimo para Estados Nação homogéneos devolverem soberania às comunidades, ou para evitar os separatismos em Estados de várias Nações (ex: Espanha). Por exemplo, no Iraque, só o federalismo poderá evitar que desabe mais um Estado artificial (tal com a Checo-eslováquia ou a Jugoslávia) desenhado pelos Impérios ganhadores da Grande Guerra (mas como os árabes não são suiços, acho que é uma esperança vã).
Agora, quanto à Europa. Qual a necessidade de federalizar? Nenhuma. Qual a necessidade de uma Constituição Europeia? Nenhuma. Sempre a confusão entre integração económica (que é feita pela sociedade civil) com a integração política.
E depois, o que legitima a federalização ou a Constituição? Se 51% de votos (e provávelmente apenas 25% da população) pode impor uma integração política ao resto da população, 51% de votos pode pedir a saída, ou um pedaço do território nacional pode pedir a secessão.
Claro que os federalistas têm uma solução...só fazem referendos quando e se lhes convém.
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