O que existe de novo no "governo sócrates"?
Uma espécie de rendição total da sociedade civil. Uma espécie de aceitação de todas e quaisquer demências estatistas. Um teste à infinita capacidade de resignação.
A resignação própria de outras populações que acabam por suportar todos totalitarismos e ilusões. Como Mises disse, nenhum regime, por mais totalitário, se mantém sem algum grau de suporte por parte da população. Reparem, como tenho dito, o regime comunista caiu na União Soviética sem que tenhamos assistido a perseguições. Porquê? Porque no fundo, a população comungava das ilusões do socialismo científico.
Querem subir os impostos, promover a poupança, aumentar o consumo, (um preço), aumentar o emprego mas manter e aumentar todos os entraves ao emprego. Querem que os mais produtivos, ficando apenas com cerca de 1/3 (as contas têm estado a ser feitas pela blogoesfera) do que produzem, trabalhem ainda mais para criar emprego para outros que terao direito a reter ½ do que trabalharem.
O facto é que temos a demência social-democrata à solta.
Digo social-democrata porque é o que resulta do actual paradigma civilizacional: um centralismo democrático que cria uma classe (a nova corte?) de pessoas (políticos e funcionários, todos os dependentes do Estado, todos os recebedores líquidos do Estado social – e que tanto podem ser subsidio dependentes como empresários a quem o Estado todas as benesses dá por causa do investimento estrangeiro, etc.) ainda por cima convencidos da sua indispensabilidade para que o mundo sequer exista, tenha como absoluta verdade que a democracia legitime tudo o queira por em prática.
Os ataques à propriedade deixaram de ser pela nacionalizações, mas pela regulamentação sectorial, do consumidor, impostos, pelos incentivos a procurar os apoios aos programas idiotas do momento.
O debate entre a verdade económica e as ilusões das novas trevas está aqui resumido por Mises:
“There are no means by which the general standard of living can be raised other than by accelerating the increase of capital as compared with population. All that good government can do to improve the material well‑being of the masses is to establish and to preserve an institutional setting in which there are no obstacles to the progressive accumulation of new capital and its utilization for the improvement of technical methods of production. The only means to increase a nation’s welfare is to increase and to improve the output of products. The only means to raise wage rates permanently for all those eager to earn wages is to raise the productivity of labor by increasing the per‑head quota of capital invested and improving the methods of production. Hence, the liberals conclude that the economic policy best fitted to serve the interests of all strata of a nation is free trade both in domestic business and in international relations.
The interventionists, on the contrary, believe that government has the power to improve the masses’ standard of living partly at the expense of the capitalists and entrepreneurs, partly at no expense at all. They recommend the restriction of profits and the equalization of incomes and fortunes by confiscatory taxation, the lowering of the rate of interest by an easy money policy and credit expansion, and the raising of the workers’ standard of living by the enforcement of minimum wage rates. They advocate lavish government spending. They are, curiously enough, at the same time in favor of low prices for consumers’ goods and of high prices for agricultural products.”
No artigo Mises acaba por concluir que o intervencionismo alimenta-se do próprio caos que provoca (e assim tem sido desde sempre):
“But the socialist writers are at least clear‑sighted enough to see that simply to paralyze the market system results in nothing but chaos. When they favor such acts of sabotage and destruction, they do so because they believe that the chaos brought about will pave the way for socialism.
But those who pretend that they want to preserve freedom, while they are eager to fix prices, wage rates, and interest rates at a level different from that of the market, delude themselves.
There is no other alternative to totalitarian slavery than liberty.
There is no other planning for freedom and general welfare than to let the market system work. There is no other means to attain full employment, rising real wage rates and a high standard of living for the common man than private initiative and free enterprise”
Por mim apetece-me modificar uma máxima conhecida:
“There is no way to Liberty. Liberty is the way”
Ou se calhar, e ainda melhor:
“There is a way to liberty and general welfare. Property Rights are the way”
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