quinta-feira, 2 de junho de 2005

Queremos o florim de volta!

Uma das razões mais invocadas pelos eleitores do NÃO nos Países Baixos é o descontentamento com o euro. As pessoas não puderam pronunciar-se sobre a união monetária, que lhes foi impingida pelos políticos federalistas, e aproveitaram agora para "pôr tudo no mesmo saco". Mas esta atitude dos eleitores de misturarem as duas coisas é sábia, porque a união monetária foi realmente o maior golpe político que abriu caminho para o projectado super estado e a sua constituição-que-se-chama-tratado-mas-que-os-sem-vergonha-já-chamavam-mesmo-constituição. A união monetária não teve nenhuma lógica económica: como Hayek demonstrou em 1976, o que tem sentido numa união aduaneira é a concorrência entre diferentes moedas e não um monopólio monetário.

Como se sabe, se se tivessem pronunciado na altura, os Alemães também teriam recusado o euro, porque queriam preservar o seu marco. E continuam com a mesma opinião. E eu começo a ficar com a impressão de que, se houvesse referendos em todos os países da antiga C.E.E., só "nós" e os Espanhóis (e talvez os Belgas, que são um tanto ou quanto esquisitos) seriam a favor do tratado constitucional. Talvez os Italianos também dissessem que sim... Mas, quer dizer, as populações dos países com alguma coluna vertebral (e que vivem pelos próprios meios) parecem claramente contrárias à querida "Europa política" dos federalistas. Porque será? Porque ainda não viram a Luz?

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