segunda-feira, 4 de dezembro de 2006

Liberalismo e a reforma do ensino

Tem a abordado no Blasfémias em Uma proposta liberal de reforma do ensino. A propósito de Capitalism and Freedom c. VI. .

Sou no entanto obrigado a discordar com uma reforma que...

"3. Estabelecer, no campo do ensino, como corolário da separação entre Estado e Igrejas, uma separação total entre ensino científico e ensino religioso.
4. Promover a liberdade de ensino religioso, em locais e por entidades separadas relativamente ao ensino de base científica, sendo que este último deve ser independente de todas as religiões e filosofias pessoais."

O ensino livre deve ser ... bem, livre. A solução dos cheques-educação mostra a sua verdadeira face estatista não liberal quando sugere a imposição de condições para as escolas fazerem parte de tal reforma, sendo uma delas, que as religiões estejam proibidas de tentar converter as almas cientificas.

"Friedman insiste no ponto segundo o qual as escolas subsidiáveis são aquelas que preencham determinadas condições. Tais condições, poderíamos dizer, são, para além de outras, o primado da razão, da inteligência e do método científico, em detrimento da superstição e do conhecimento não científico."

Por exemplo, eu diria que a maior parte dos cursos de economia ensinam como científico uma versão mistica da teoria da moeda (onde a sua criação "out of thin air" é suposto resolver questões económicas). Outras versões acreditam numa natureza mecânica do Homem, algo que coloca as religiões bem à frente desta ciência no que concerne a compreensão da realidade social.

O caminho liberal será transformar o sistema público (incluindo possíveis esquemas de cheques-educação) numa realidade subsidiária e gerida/decidida localmente, e não arranjar novos esquemas que mantêm a presunção de universalidade e um carácter "nacional" do sistema.

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