As taxas de juro fixadas pelo Banco Central (esta coisa das economias capitalistas terem um departamento do Estado a fixar o preço de um bem...), todas elas relacionadas com o curto prazo deviam ser fixadas automáticamente pelas taxas de juro de mercado implicitas no preço das obrigações do tesouro de longo prazo.
Assim, sendo um mecanismo automático acontecem coisas engraçadas:
- Se as taxas de juro de longo prazo sobem por causa da expectativa de inflação e/ou crescimento, isso implicará uma subida automática das taxas de curto prazo, o que por sua vez com o seu aumento faz diminuir a expectativa inicial. Se baixam sabendo que a taxa de curto prazo também baixa, não o podem (isto é, o mercado) fazer a tal ponto que ponham em perigo a rentabilidade dessa aplicação a longo prazo (se as taxas de curto prazo baixam, a inflação nominal e crescimento do crédito subirá).
O mercado tenderá a fixar as taxas de longo prazo ao nível a que pensa que iguais taxas de curto prazo sejam relativamente neutras e estáveis para a economia (e tendo em conta a informação existente sobre a oferta de dívida pública, etc).
Mas depois o que fariam os B.C.? Para obter esse resultado mais valia passarmos a um regime monetário livre.
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