segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Instrumento para a Liberdade?

"A igreja católica foi, provavelmente, a primeira instituição da história da humanidade independente em relação ao estado e a fazer face ao estado. Este foi um facto de imensa importância para a Europa e não surpreende que tenha sido na Europa, e não noutras partes do mundo, que floresceu o ideal de liberdade. (2)

Esta tradição, a igreja ainda hoje mantém. Na realidade, certas partes da doutrina da igreja
parecem extraídas de um
manual de sublevação política. Porém, ao demarcar muito claramente a linha que o estado não deve trespassar - a césar o que é de césar, a Deus o que é de Deus - e excepto quando ele a trespassar, a tradição cristã de liberdade não vê no estado um inimigo da sociedade. Pelo contrário, vê nele uma instituição espontânea e necessária à preservação da liberdade."

O Estado.

Mas por outro, é um verdadeiro instrumento do diabo capaz de produzir o inferno na Terra. Quer os bons Estados, quer os maus Estados.

O problema é saber se existe alguma coisa que pertença a César que não pertença a Deus (uma vez que o Cristianismo não afirma que o poder de César é isto ou aquilo...) e se a linha de demarcação não começa no instante em que um Direito Natural seja negado.

Ordem e Liberdade. A Liberdade é a mãe da Ordem, não a sua filha, disse o Proudhon.

Como é próprio da natureza de um Estado, quer a fronteira territorial que demarca a sua fronteira, quer a identificação de quem assume o seu poder, e a linha de demarcação do que que separa a liberdade da tirania, é o motivo de guerras externas e revoluções internas permanentes. E a melhor definição de Guerra é a total ausência de Direito. Nem Ordem nem Liberdade.

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