terça-feira, 31 de outubro de 2006

Aborto e Discriminação VIII

Temos todos os motivos para suspeitar da coerência da defesa da liberdade do aborto por parte do estatismo de todas as cores.

Posso bem imaginar que se um dia o problema da natalidade for eleito à categoria de problema social como o passou a ser o exercício do livre arbítrio e livre autonomia do direito de propriedade dos bares e restaurantes e empresas, venha a mesma "escola" que agora pretende defender a liberdade da mulher e o seu corpo como propriedade sua, evocar o interesse colectivo para passar a promover todas as formas e mais algumas de aumento da natalidade, e isso incluirá, não só a proibição do aborto como o incentivo estatal à natalidade.

Porque foi isso mesmo que sucedeu com a "liberdade de fumar".

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