Temos todos os motivos para suspeitar da coerência da defesa da liberdade do aborto por parte do estatismo de todas as cores.
Posso bem imaginar que se um dia o problema da natalidade for eleito à categoria de problema social como o passou a ser o exercício do livre arbítrio e livre autonomia do direito de propriedade dos bares e restaurantes e empresas, venha a mesma "escola" que agora pretende defender a liberdade da mulher e o seu corpo como propriedade sua, evocar o interesse colectivo para passar a promover todas as formas e mais algumas de aumento da natalidade, e isso incluirá, não só a proibição do aborto como o incentivo estatal à natalidade.
Porque foi isso mesmo que sucedeu com a "liberdade de fumar".
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