1) "Este é que é o seu argumento que pretende rebater a tese do meu post?"
Sente-se alguma ironia fina...
2) "Eu sempre afirmei que as discussões econõmicas em Portugal acabam sempre em em
política e em moralismo: "Fulano é um vigarista (e eu sou muito sério)""
Confesso que não percebo bem esta análise do argumento jurídico sobre a necessidade dos contratos terem de ser claros e cumpridos, tanto na oferta de 100% de reservas como na oferta de 20% de reservas.
3) "PA explicou-lhe que, de facto, não tinha em reserva a totalidade dos depósitos dos seus clientes. Mas que lhes pagava um juro pelo depósitos precisamente para os compensar do risco de eles irem lá um dia todos aos mesmo tempo levantarem os depósitos e não os poderem reaver na totalidade.
Este era um contrato entre pessoas adultas (PA e seus clientes) e vantajoso para ambas as partes. A tal ponto que o PA tinha tirado a clientela quase toda ao CN."
Teria alguma razão de ser se as Notas e Depósitos do Banco_PA (20% de reservas) conseguirem ter o mesmo valor facial das do Banco_CN (100% de reservas), e além disso o Banco_CN também oferece Depósitos a Prazo com um Juro.
4) "Colocaria no banco do CN? Mas como, se, como demonstrei no meu post, o banco do CN vai à falência se persistir nessa prática de 100% de reservas?
De facto, esta discussão só dá para divertir. E é isso que eu estou a fazer. Nada amofinado. Nicles.
O CN nunca discute a realidade. Ele tem um modelo (ideologia) que gostaria de aplicar à realidade. Daria nisto que você escolhe: fazer depósitos em bancos falidos."
PA insiste que demonstrou que o Banco_CN vai à falência quando acabo de demonstrar que o Banco_PA ou comete fraude ou deixa de ter clientes dado o problema de o seu dinheiro ser negociado a desconto, mas não faz entender o seu argumento.
Depois usa um argumento invertido dizendo que eu como outros (suponho que todos os "hard money") tenho uma ideologia que quero aplicar à realidade.
Na verdade o actual sistema só existe depois do ouro ter sido roubado às populações e proibido o seu uso e até posse. Destrói-se assim um sistema livre baseado no direito civil (depósito é um depósito e crédito é crédito) para impôr o mais puro construtivismo social por ideólogos do inflacionismo e a sua crença que o crédito pode ser concedido sem que poupança seja mobilizada (a própria razão para existirem bolhas seguidas de crises económicas e/ou bancárias). Tão crentes e cegos nas suas teorias e modelos que o impõem a todos.
Já foi tempo que os conservadores tinham horror a este tipo de tentativa de alteração duma certa ordem natural e simples das coisas, mas enfim, é o tempo que temos.
E ainda assim convidava os presentes a darem uma volta num sistema de padrão-ouro de 100% de reservas actual e próspero:
www.goldmoney.com
GoldMoney guarantees:
We believe GoldMoney offers our customers the safest, most secure way to own gold and silver.
5) " Não há nada na lei que o impeça de lançar um banco e praticar 100% de reservas.
Porque será que nenhum banqueiro se lembrou disso. E porque não o faz você?. Já tem aqui alguns clientes (eu receio é que, para além destes, não vá ter mais nenhuns)"
Hoje não existe liberdade bancária e monetária. O "confronto" era acerca do que existiria em mercado livre e com contratos transparentes e protegidos pela lei. O sistema actual de reservas parciais é incentivado pelos próprios Bancos Centrais e o mau dinheiro afasta o bom dinheiro.
O engraçado é que o Banco_PA na verdade só pode existir e prosperar na ausência de um negócio bancário livre e pelo contrário cartelizado à volta de um Banco Central que fabrica moeda e incentiva a criação de crédito sem que poupança, seja mobilizada e mesmo assim, como o vemos, mais tarde ou mais cedo apenas funciona com a garantia do Estado e dos contribuintes.
Precisamente o oposto do ponto de partida.
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