quinta-feira, 11 de setembro de 2003

Max Boot, o mad NeoCon

Analisando a actual situação no Iraque e fazendo comparações com a conquista das Filipinas pelos US, primeiro aos Espanhóis (na sequência da guerra US versus Coroa Espanhola por causa da "libertação" de Cuba e cujo Causus Bellis foi um incêndio de um navio americano no Porto de Cuba, atribuído hoje a um acidente) e depois aos próprios independentistas, e que marcou a primeira grande aventura militar a afastar-se do mote "A Republic not an Empire" levando na altura ao aparecimento da Anti-Imperialist League que contou com "many respected public figures like Mark Twain, historian and industrialist Charles Francis Adams, Harvard professor and writer William James, financier Andrew Carnegie, reform journalist and senator Carl Schurz and The Nation's founding editor and prominent abolitionist E.L. Godkin. ":

July 6, 2003 NYT: "The United States eventually won, but it was a long, hard, bloody slog that cost the lives of more than 4,200 American soldiers, 16,000 rebels and some 200,000 civilians. Even after the formal end of hostilities on July 4, 1902, sporadic resistance dragged on for years. There is no reason to think that the current struggle in Iraq will be remotely as difficult. But the Philippine war is a useful reminder that Americans have a long history of fighting guerrillas -- and usually prevailing, though seldom quickly or easily."

Max Boot, refira-se, é um NeoCon de primeira linha, ex-editorialista do War Street Journal e que afirmou: "No need to run away from the label America's destiny is to police the world." O seu presidente de referência, como bom NeoCon é claro o anti-monarquico e Democrata (a esquerda americana) Woodrow Wilson que procurando o seu ideal de “fazer a guerra parar acabar com todas as guerras” e fazer “o mundo mais seguro para a democracia”, acabou por ajudar a destruir as monarquias europeias e dar azo ao fanatismo comunista, fascista e nazi, com a apoteose a dar-se com a Segunda Grande Guerra e a vitória da União Soviética, tudo porque não soube ser o tradicional americano "minding is own business".

Mas não nos preocupemos. No Iraque, tal como nas Filipinas, depois de morrerem 200 000 civis e mais 4000 soldados americanos, provavelmente a coisa acaba por estabilizar. Mad NeoCon.

Hoje, uma nova Anti-Imperialist League foi formada por conservadores (Republican former counsel to first President Bush C. Boyden Gray; former US Ambassador to Saudi Arabia Charles Freeman, Jr.; President of the Institute for Middle East Peace and Development Stephen P. Cohen; William Nitze, son of Paul Nitze, the Reagan Administration's top arms control negotiator; and Washington businessman (and descendant of Revolutionary war patriot Patrick Henry) John B. Henry.) e cujo razão de ser é:

"Domestic liberty is the first casualty of adventurist foreign policy...To justify the high cost of maintaining rule over foreign territories and peoples, leaders are left with no choice but to deceive the people...America has begun to stray from its founding tradition of leading the world by example rather than by force."

A América é única, meus senhores, por causa da sua tradição conservadora, bem diferente da Europeia (e quando se diz que Edmund Burke é Conservador é mais no sentido de Conservantismo Americano que o Europeu - ressalvando algumas excepções, pouco dado à tradição liberal clássica do governo limitado e do anti-imperialismo), e não pelo recente internacionalismo ideológico de reconstrução de nações alheias e hiper-moralismo democrático assente num indisfarçável militarismo Napoleónico com um cunho de Jacobino esclarecido e iluminado.

Infelizmente, neste capítulo, a discussão tem sido monopolizada entre comunas e anti-comunas (uma parte destes, ex-comunas como no caso dos NeoCons) passé.

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