quinta-feira, 20 de julho de 2006

"We will bury you"

É a segunda vez que ponho este artigo. Suponho que não faça diferença nenhuma. Todos os livros e filmes minimamente neutrais e objectivos sobre o cataclisma da Primeira Guerra Mundial (a tal que esteve na origem do comunismo, fascismo e nazismo) descrevem o tipo de febre que se pode observar hoje em dia em alguns circulos. A febre da guerra. Onde todas as partes desejam e caminham para o abismo demonizando o outro . Na altura todas capitais assistiram a manifestações gigantescas de apoio, mais democrática não podia ter sido. É o que se sente hoje. A febre por assistir a uma guerra alargada.

Fui Reaganista toda a juventude e olhando para trás percebe-se que Reagan não procurava o conflito pelo conflito (apesar de ter sido nesta altura que os NeoCons faziam a sua migração de ex-trotskistas Democratas para os Republicanos, daó, neocons). No Libano retirou as tropas depois de um ataque que lhe provou que se estava a meter num assunto dos outros. Ganhou as eleições passado 2 meses. Depois, mal teve possibilidade, estendeu a mão ao Império do Mal e este caiu por dentro (apesar das análise dos "tais" pintarem a URSS como no máximo da sua perigosidade). Agora, qualquer "Cartago" por menos capacidade militar que tenha e por menos que se perceba que alguma vez pudesse ser lógico usá-la (como a ainda distante alegada capacidade do Irão vir a dominar tecnologia nuclear ou anteriormente a destruição do regime de Saddam, para alegria dos shiitas pró-iranianos), é sujeita ao tratamento dos Romanos. A "petit diference" é que Roma o poderá vir a fazer em nome dos interesses - proxy - de uma pequena nação e não a pequena nação a fazer uma qualquer guerra no interesse de Roma. Uma estreia, na história do mundo e dos Impérios.

Guardian:It is 50 years since the greatest misquotation of the cold war. At a Kremlin reception for western ambassadors in 1956, the Soviet leader Nikita Khrushchev announced: "We will bury you." Those four words were seized on by American hawks as proof of aggressive Soviet intent. Doves who pointed out that the full quotation gave a less threatening message were drowned out. Khrushchev had actually said: "Whether you like it or not, history is on our side. We will bury you." It was a harmless boast about socialism's eventual victory in the ideological competition with capitalism. He was not talking about war.

Now we face a similar propaganda distortion of remarks by Iran's president. Ask anyone in Washington, London or Tel Aviv if they can cite any phrase uttered by Mahmoud Ahmadinejad and the chances are high they will say he wants Israel "wiped off the map".

Again it is four short words, though the distortion is worse than in the Khrushchev case. The remarks are not out of context. They are wrong, pure and simple. Ahmadinejad never said them. Farsi speakers have pointed out that he was mistranslated.

The Iranian president was quoting an ancient statement by Iran's first Islamist leader, the late Ayatollah Khomeini, that "this regime occupying Jerusalem must vanish from the page of time" just as the Shah's regime in Iran had vanished. "

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