quarta-feira, 12 de julho de 2006

A Opel e a globalização "regulada"

Os políticos (e muitos, muitos, economistas), à esquerda, centro e direita, na sua imensa demagogia, irracionalidade e desconhecimento, gostam agora de falar em globalização regulada, isto a propósito do fecho de fábricas de multinacionais.

Como se qualquer regulação que dificulte o fecho de fábricas actualmente existentes não ponha em causa irremediávelmente a abertura de novas fábricas. E isto para acalmar a sua própria consciência pela atribuição de incentivos a projectos, coisa de que não prescidem pelo poder que isso lhes confere.

Além disso, todo este tipo de gestão burocrática tende a favorecer as grandes empresas já instaladas e as suas conexões à política, funcionando como mais uma barreira à entrada de novos concorrentes.

Será difícil acabarem com os "incentivos", baixarem os impostos e deixarem às potenciais novas fábricas e trabalhadores chegarem a um acordo livre entre as partes?

Claro que é dificil, o poder conjugado com o auto-convencimento que o exercício desse poder é para o bem da humanidade, é o maior tóxico contra a racionalidade e a ética. Mas a humanidade parece não conseguir livrar-se desta gente.

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