sexta-feira, 28 de julho de 2006

A DesOrdem Internacional

A Esquerda parece acreditar em Socialismo sem Guerra. A chamada direita-liberal em Guerra sem Socialismo. Existe quem acredite em Guerra e Socialismo (de esquerda ou de direita).

Por mim, observo que:

* O grau de violência praticado pelos Estados a nivel internacional, mesmo quando praticado com a melhor das razões e intenções, tem uma tendência muito persistente em se materializar em maiores danos objectivos do que os praticados pelos grupos-não-Estados com as piores das razões e intenções.

* Os fins raramente são alcançados, nasce é um maior número de caminhos desconhecidos, alargando-se a dimensão da turbulência social.

* As democracias políticas quando, para além do seu intervencionismo crónico sobre os indivíduos nacionais, se colocam numa posição de intervir fora da sua jurisdição (isto é, fora do território onde assumem ter o monopólio de violência), colocam sobre toda a população nacional e o seu próprio status-quo (soberania) responsabilidades pelos efeitos não intencionados das suas acções.

* A primeira guerra mundial e o resto do século 20 deviam servir de exemplo e aprendizagem, mas ver e olhar serão sempre coisas diferentes.

* Toda a noção de Estado é apenas um Status Quo. Não existe nada de "civil" na relação entre o indivíduo e o Estado, e muito menos noção de direito natural (vida, liberdade e propriedade) nas disputas territoriais pelo monopólio da violência assumido pelos Estados.

* A imigração livre dificilmente consegue conviver em Paz estável (seja em democracia ou não) porque mais tarde ou mais cedo alguém (comunidade homogénea) vai desejar tomar controlo do monopólio territorial da violência (Estado) e um ou mais grupos (comunidades homogéneas) vão disputar ou pôr em causa essa pretensão.

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