"DUBAI: The likely prospect of a Shiite victory in this month’s landmark Iraqi elections is making the oil-rich Gulf monarchies apprehensive, fearing Tehran’s growing influence in the region. Concerns were voiced last month by Jordan’s King Abdullah II, who in an interview with the Washington Post accused Iran of trying to influence Iraq’s January 30 vote in a bid to create a "crescent" dominated by Shiites extending from Iraq to Lebanon. The issue is of particular importance to the six Sunni-ruled Gulf states due to their close proximity to Iraq and their indigenous population of around 21 million, 12 per cent of it Shiite.
In Kuwait, which borders Iraq, Shiites form about one-third of the local population. Kuwaiti Foreign Minister Sheikh Mohammed al-Sabah last week spoke of his country’s fears of emerging sectarianism. Asked about statements by Iraqi Shiite leaders on establishing a Shiite zone in the south of the country, Sheikh Mohammed reportedly said all sectarian ideas "concern not only Kuwait but all countries" of the region, and recommended that Iraq avoid going down "this dangerous and detestable road."
PS: Mais uns a perceber o que poderá vir a ser um país dominado democraticamente (e por quanto tempo?) pelos shiitas depois dos sunitas serem "esmagados". E assim se percebe que na guerra de Saddam contra o Irão, todos os países árabes sabiam que tiravam daí alguma partido, porque os iraquianos assumiam o confronto "arabes" (os shiitas iraquianos também são árabes mas em tese mais permeáveis à influência persa) versus shiitas "persas". Guerra que deixa Saddam falido e com o petróleo a 10 Usd, motivo que o levou a invadir o Koweit - uma soberania desde sempre reivindicada pelos iraquianos, além de que é conhecido as alegações que o Koweit furavam amplamente as quotas da OPEP e havia questões sobre a proveniência de uma parte dos "furos" petroliferos. Além disto, nunca foram desmentidas as afirmações do embaixador americano no Koweit:"I admire your extraordinary efforts to rebuild your country. I know you need funds. We understand that and our opinion is that you should have the opportunity to rebuild your country. But we have no opinion on the Arab-Arab conflicts, like your border disagreement with Kuwait. I was in the American Embassy in Kuwait during the late 60’s. The instruction we had during this period was that we should express no opinion on this issue and that the issue is not associated with America. James Baker has directed our official spokesmen to emphasize this instruction." April Glaspie, U.S. Ambassador to Iraq, meeting with Saddam Hussein, July 25, 1990, before Iraq invaded Kuwait.
Nota: Isto não significa qualquer branqueamento do regime de Saddam e ainda menos as suas guerras, apenas serve para fazer notar que no que respeita a relações internacionais é uma pura ilusão procurar princípios morais que não sejam o interesse nacional das partes envolvidas a cada momento. Os idealistas esses, são capazes de provocar os maiores estragos na ordem internacional, sempre convencidos que o fazem para o bem da humanidade. Se durante os próximos anos se tornar inevitável um confronto com o Irão a propósito de algum incidente menor, serão os primeiros a exultar, e aí teremos toda a peninsula árabe e ainda Israel num conflito de mutua destruição com os americanos (e outros) no meio. A China essa, espera para acordar no momento certo.
Sem comentários:
Enviar um comentário