Todos pagamos cerca de 1/3 do nossos rendimentos para a Segurança Social (e depois ainda temos o IRS, IVA, IRC e os restantes impostos especiais e taxas diversas, etc)
mas
1) O Subsidio de Desemprego tem um tecto de 3 salários minimos
...o que significa que quem aufere mais de 3 salários minimos, recebe menos(e cada vez menos quanto maior é o rendimento) do que aquilo que paga proporcionalmente pelo "serviço" de seguro de desemprego. É como se existisse um tecto para as indeminizações de acidentes de viação (embora o prémio obrigatório pago por um carro de 35 000 Euros seja naturalmente mais caro que de um de 15 000 Euros), mas ficando o segurado desprotegido (e a pagar a suas expensas, embora tenha pago o prémio correspondente) acima desse tecto.
Se existe um tecto no subsidio de desemprego tem de existir um tecto contributivo.
2) o PS vem agora propôr um tecto na Pensão de Reforma acima dos 6 000 Euros.
...o que significa que qualquer rendimento superior, mais uma vez não irá recebe o retorno do "serviço" (de poupança forçada) pago através do imposto da segurança social.
E o pior é que rápidamente vão gostar da ideia: baixar o tecto do que se recebe e manter a contribuição proporcional.
Conclusão:
O sistema da segurança social tenderá a cada vez ser mais progressivo porque será sempre politicamente fácil defender a "moralidade" dos tectos das despesas mantendo sem tectos a contribuição. A moralidade da extorsão é sempre fácil de apregoar enquanto é uma maioria que se ilude que beneficia com tal.
No IRS, 66% da colecta é pago pelos rendimentos anuais acima dos 30 000 Euros e 80% pelos acima dos 22 500 Euros. Mas como é suspeito que paguem menos do que devem, a devassa e o totalitarismo igualitarista prepara-se para assegurar que essa fatia ainda seja maior, custe o que custar (não se aceitam prisioneiros na guerra total).
Na Segurança Social, com tectos no que se recebe e sem tectos no que se paga (e com toda a certeza, para serem diminuidos a prazo até ao ponto em que eleitoralmente isso náo prejudique o "status quo") agrava-se ainda mais a extorsão da minoria pela maioria a que chamam de progressividade.
O que fazer:
1. Exigir que a segurança social (nas componentes de subsidio de desemprego e pensão de reforma) seja dirigida para os escalão de baixo rendimento, ou seja, um salário minimo (ou quanto muito, dois).
2. Exigir os tectos de contribuição correspondentes, o que significaria um choque fiscal imediato e o fim do problema da "sustentabilidade".
Sem comentários:
Enviar um comentário