sexta-feira, 3 de março de 2006

"Assassinato em Harvard", José Manuel Fernandes

"A demissão do presidente da Universidade de Harvard mostra que o politicamente correcto é, também, uma forma perigosa de fundamentalismo(..)

Mas houve um comentário que se revelaria fatal: numa conferência em que dissertou sobre o futuro dos estudos na área da economia e das ciências exactas, levantou a hipótese - apenas uma hipótese entre várias outras - de que a sub-representação das mulheres nessas áreas poderia corresponder a uma menor aptidão ou a um menor interesse destas por disciplinas numéricas. E sugeriu que o assunto mereceria ser estudado.(...)

Por isso, depois de mais de um ano de polémicas, e apesar de ter pedido desculpa, Summers foi obrigado a demitir-se para não enfrentar um voto de desconfiança da mais politicamente correcta das faculdades, a de Artes e Ciências. Tão politicamente correcta que é capaz de dedicar mais horas a ensinar temas como "Diabos na Literatura" do que Shakespeare ou que multiplica disciplinas sobre os mais exóticos temas, preferencialmente "minoritários" e "fracturantes", enquanto ignora a necessidade de organizar uma cadeira sobre a Revolução Americana.(...)"

PS: Hans-Herman Hoppe enfrentou o mesmo tipo de ataques quando numa aula sugeriu que os homossexuais têm uma preferência temporal (maior apetência pelo consumo e menor à poupança) mais alta que por exemplo, casais com filhos, porque (entre outros factores) ao contrário destes últimos, têm uma menor percepção intemporal da existência (a família é o verdadeiro vínculo entre gerações e a acumulação de capital é um dos meios de transmissão dessa continuidade).

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