terça-feira, 19 de setembro de 2006

(II)

"Aliás outras obsessões são Churchill, Thatcher e o “erro” de classificar os terroristas islâmicos como islamo-fascistas. Estas também, tal como o ódio a Bush, são mesmo obsessões da esquerda. Não estou a insinuar nada. Estou a afirmar, sem receio de contradicção, que grande parte das atitudes políticas de CN não são atitudes de um liberal, mas sim atitudes da Extrema Esquerda. Falo das atitudes políticas e não das económicas. Assim entende-se as suas simpatias por AJP Taylor."

Agora, pergunto-me porque possa ser errado encontrar explicações para tão grandes desastres como foi todo o século 20. Churchill foi actor de um processo que resultou no fim de uma ordem monárquica, cristã e bem mais civilizada do que o que a iria substituir - o fascismo e comunismo - e depois culmina a sua "vigência" com a queda do seu Império e a emergência do domínio de Estaline no que saiu da Segunda Guerra - ela própria ligada ao defecho da Primeira.

Não seria óptimo concluirmos que os males da nossa história se devem aos erros que saiem de qualquer centralização do poder e que estes poderiam ter sido evitados antes, mas mais importante, a evitar no futuro?

É preciso inquirir, os actores, as decisões, os acontecimentos. Chame-lhe revisionismo liberal. Se existem autores de Esquerda como Taylor, u recentemente como Niall Ferguson "The Pity of War " (de direita creio, pró-império britânico), que fazendo história, de uma forma ou outra, questionam os acontecimentos (não foi o intervencionismo de Wilson um desastre? os Britânicos no interesse de eles próprios, não deviam ter entrado na "WWI"? etc, etc) acabam a arranjar argumentos pelo não-intervencionismo militar e político, óptimo. Se tivermos a certeza disso - e aqui está o interesse da discussão - podemos ter a certeza que como Liberais, estamos a consolidar de forma consistente a nossa própria filosofia.

É preciso ter a noção que os principios da neutralidade e do direito internacional, são conceitos que saiem da experiência europeia, monárquica, prudente e conservadora.

Hoje, isso parece ser uma invenção de extremistas. É o estado das coisas. dos dias de hoje. A teoria das alianças cai por terra quando nos apercebemos que a sua aplicação, potencia que qualquer conflito local se transforme numa guerra mundial - precisamente o drama da Grande Guerra.

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