terça-feira, 19 de setembro de 2006

(III)

"Estas também, tal como o ódio a Bush, são mesmo obsessões da esquerda. Não estou a insinuar nada. Estou a afirmar, sem receio de contradicção, que grande parte das atitudes políticas de CN não são atitudes de um liberal, mas sim atitudes da Extrema Esquerda. Falo das atitudes políticas e não das económicas. Assim entende-se as suas simpatias por AJP Taylor."

Lamento, mas aqui tenho de ser mesmo claro. Quem aplica instrumentos da extrema-esquerda às relaçoes internacionais são os neo-conservadores. Não é uma insinuação, é um facto objectivo. Mas também existem elementos de direita do tipo, pelo Império civilizador, confiança no uso da força total aplicada como exemplo, e de menorização dos danos colaterais. O apelo à "Vitória Total" (ninguém se incomoda com esses apelos feitos por Bush? E a "Vitória Total" - algo que nunca a tradição advogava como critério para pôr fim a guerras - na WII foi a causa directa de entregar o Leste a Estaline e a Ásia à China ). O apelo do "Lider", o "Decider", "Commandant in Chief".

Combato tudo isso e sinto-me mais Liberal.

Quanto a AJP Taylor, vai-me desculpar, quem não o gostar de ler é porque não gosta mesmo nada de ler história.


"McCarthyismo"

Tudo bem. Até simpatizo com a figura, que tem algo de trágica. A verdade é que se veio a confirmar os piores receios - a administração de Roosevelt tinha até mais comunistas do que se pensava. Era um populista com a razão do seu lado e métodos, que no final, não representaram problemas de maior. Roosevelt devolveu os prisioneiros a Estaline. Isso sim foi um crime. Truman lançou 2 bombas atómicas. Isso sim foi um crime.

"Como é para mim relevante que Taylor até o fim da vida simpatizou com a URSS e considerou Lenine o seu principal heroi."

Sinceramente, tendo passado a crítico de Estaline, a sua "simpatia" é mais de realismo à esquerda. Quanto a Lenine, este morreu cedo na Revolução. Taylor era orgulhosamente britânico e a sua história inglesa (pubicada depois do controvérsio "origens da WWII" foi um éxito de público e de crítica), nao lhe noto sequer os tiques do "Labour"ismo dos anos 50 e 60.

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