terça-feira, 5 de setembro de 2006

O iluminismo ainda não chegou à economia

* Não existe razão alguma para o desemprego estrutural involuntário
* Não existe razão alguma para a contínua inflacção de preços (ou deflacção súbita e pronunciada)
* Não existe razão alguma para a existência de ciclos económicos
* Não existe razão alguma para a ausência de crescimento económico (embora dependa da estrita livre escolha das pessoas na forma como alocam o rendimento entre consumo e poupança/investimento).

A única razão da sua existência é a da intromissão coerciva (e ainda que decidida colectivamente) nas acções e relações privadas das pessoas evocando a necessidade de resolver problemas que não existem naturalmente e que existindo temporáriamente fazem parte da condição humana da imprevisibilidade do futuro e que são resolvidos pelo interesse na busca de comportamentos individuais e sociais que aumentem a segurança económica, nomeadamente:

* a poupança/investimento e a detenção de saldos monetários
* a redistribuição voluntária e contribuição para iniciativas de combate ao infortúnio
* a partilha de prémios de risco (seguradoras)

O homem pensava que a terra era plana, ou que era o centro do universo. O iluminismo aguçou o gosto pela procura da verdade. Só ainda não chegou à economia, ainda afundada no obscurantismo.

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