1. Vamos supôr um Salário Bruto de 1000 Euros mês para facilitar as contas.
2. Desconto por "conta do trabalhador" = 11% * 1000 Euros = 110 Euros
3. Salário Líquido de Segurança Social = 1000 - 110 = 890 Euros
4. Desconto dito por "conta da empresa" = 23,75% * 1000 Euros = 237.75 Euros
5. Na hipótese abstracta de fim legislativo da segurança social, o desconto por "conta da empresa" passaria a constituir salário bruto do trabalhador.
Assim, o salário bruto do trabalhador aumentaria em 110 Euros + 237.75 Euros = 347.5 Euros
6. Assim:
Antigo Salário líquido de Seg. Social = 890 Euros
Aumento derivado do fim da Segurança Social = 347.5 Euros
Conclusão: Aumento de 39,0449% ( = 347.5 / 890)
7. Agora deixem as pessoas ser livres de decisões colectivas e perguntem individualmente o que estas preferem e ponham-se a discutir filosóficamente de como as pessoas têm de ser obrigadas a fazer aquilo que não querem ... e isso é ser livre e democrático.
Adenda: Se tivermos em conta que o salário líquido de IRS e Seg. Social seria de cerca de 740 Euros (assumo 15% de retenção), então o aumento seria de:
47% (= 347.5 / 740)
Ou seja, ficamos perto dos 50% de aumento do salário líquido actual.
Se adoptássemos o princípio subsidiário de quanto muito "garantir" um salário mínimo como subsídio de reforma e subsídio de desemprego (dentro de um alógica de imposto negativo ou coisa do género), provávelmente este valor podia sair (e fazia sentido que assim fosse) do resto dos impostos, acabando-se de todo com a segurança social.
E isso significaria um aumento médio (porque quem tenha taxas de retenção IRS superiores a 15%) relativamente ao salário líquido actual, de cerca de 50%.
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