quinta-feira, 31 de maio de 2007

Sem Segurança Social quanto mais ganhariam os trabalhadores neste regime?

1. Vamos supôr um Salário Bruto de 1000 Euros mês para facilitar as contas.

2. Desconto por "conta do trabalhador" = 11% * 1000 Euros = 110 Euros

3. Salário Líquido de Segurança Social = 1000 - 110 = 890 Euros

4. Desconto dito por "conta da empresa" = 23,75% * 1000 Euros = 237.75 Euros

5. Na hipótese abstracta de fim legislativo da segurança social, o desconto por "conta da empresa" passaria a constituir salário bruto do trabalhador.

Assim, o salário bruto do trabalhador aumentaria em 110 Euros + 237.75 Euros = 347.5 Euros

6. Assim:

Antigo Salário líquido de Seg. Social = 890 Euros
Aumento derivado do fim da Segurança Social = 347.5 Euros

Conclusão: Aumento de 39,0449% ( = 347.5 / 890)

7. Agora deixem as pessoas ser livres de decisões colectivas e perguntem individualmente o que estas preferem e ponham-se a discutir filosóficamente de como as pessoas têm de ser obrigadas a fazer aquilo que não querem ... e isso é ser livre e democrático.


Adenda: Se tivermos em conta que o salário líquido de IRS e Seg. Social seria de cerca de 740 Euros (assumo 15% de retenção), então o aumento seria de:

47% (= 347.5 / 740)

Ou seja, ficamos perto dos 50% de aumento do salário líquido actual.

Se adoptássemos o princípio subsidiário de quanto muito "garantir" um salário mínimo como subsídio de reforma e subsídio de desemprego (dentro de um alógica de imposto negativo ou coisa do género), provávelmente este valor podia sair (e fazia sentido que assim fosse) do resto dos impostos, acabando-se de todo com a segurança social.

E isso significaria um aumento médio (porque quem tenha taxas de retenção IRS superiores a 15%) relativamente ao salário líquido actual, de cerca de 50%.

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