sexta-feira, 30 de julho de 2004

Taxa Única de Impostos II

Porque não manter as deduções (ou  até aumentá-las) e de alguma forma baixar o IRS na mesma? Donde vem a satisfação em descer isto e aumentar aquilo?

Descer é sempre o único caminho para os impostos - a totalidade de impostos que pagamos - cerca de 50%, representa a percentagem de serviços compulsivos que pagamos sem que qualquer transação voluntária tenha existido e sem qualquer contrato civil ou comercial passível de litigação em tribunal e está ausente a possibilidade de renunciar - o que representa em si, a ausência de um estado de Direito.

Seja qual for o grau de inevitabilidade civilizacional que cada um atribua a esta situação, pelo menos podemos acordar que quantos menos contratos coercivos e unilaterais façam parte da nossa vida, melhor.

E outra coisa:
 
É possivel demonstrar que o IRC é pior que o IRS, que os impostos indirectos são "melhores" que os directos? Para mim não é, e para a população em geral também não.
 
Apenas uma discussão razoável ao nível da tributação geral é passível de ser entendida e ser eficaz, porque também obriga a pensar no lado da despesa.
 
Com uma Taxa Única para o IRS, IRC e IVA, acaba-se com uma parte do inútil jogo de descer isto e subir aquilo onde se usam uns argumentos hoje, e mais tarde outros para fazer o contrário, mas pelo caminho, é certo que a tributação geral aumenta sempre.
 
Reagan desceu as taxas marginais de IRS, mas depois subiu as taxas da segurança social - aconselhado por Greenspan, pelo caminho, a tributação geral acabou por aumentar:  em média, a direita consegue fazer tanto ou pior que todos os outros.


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