terça-feira, 31 de maio de 2005

Rosa Branca (1942-1943)

The Third Leaflet

All ideal forms of government are utopias. A state cannot be constructed on a purely theoretical basis; rather, it must grow and ripen in the way an individual human being matures. But we must not forget that at the starting point of every civilization the state was already there in rudimentary form. The family is as old as man himself, and out of this initial bond man, endowed with reason, created for himself a state founded on justice, whose highest law was the common good. The state should exist as a parallel to the divine order, and the highest of all utopias, the civitas dei, is the model which in the end it should approximate. Here we will not pass judgment on the many possible forms of the state - democracy, constitutional monarchy, and so on. But one matter needs to be brought out clearly and unambiguously. Every individual human being has a claim to a useful and just state, a state which secures freedom of the individual as well as the good of the whole. For, according to God's will, man is intended to pursue his natural goal, his earthly happiness, in self-reliance and self-chosen activity, freely and independently within the community of life and work of the nation.

(…)

Do not give a penny to public drives (even when they are conducted under the pretense of charity). For this is only a disguise. In reality the proceeds aid neither the Red Cross nor the needy. The government does not need this money; it is not financially interested in these money drives. After all, the presses run continuously to manufacture any desired amount of paper currency. But the populace must be kept constantly under tension, the pressure of the bit must not be allowed to slacken! (…)



The Fourth Leaflet

(…)

Every word that comes from Hitler's mouth is a lie. When he says peace, he means war, and when he blasphemously uses the name of the Almighty, he means the power of evil, the fallen angel, Satan. His mouth is the foul-smelling maw of Hell, and his might is at bottom accursed. True, we must conduct a struggle against the National Socialist terrorist state with rational means; but whoever today still doublts the reality, the existence of demonic powers, has failed by a wide margin to understand the metaphysical background of this war. Behind the concrete, the visible events, behind all objective, logical considerations, we find the irrational element: The struggle against the demon, against the servants of the Antichrist. Everywhere and at all times demons have been lurking in the dark, waiting for the moment when man is weak; when of his own volition he leaves his place in the order of Creation as founded for him by God in freedom; when he yields to the force of evil, separates himself from the powers of a higher order; and after voluntarily taking the first step, he is driven on to the next and the next at a furiously accelerating rate. Everywhere and at all times of greatest trial men have appeared, prophets and saints who cherished their freedom, who preached the One God and who His help brought the people to a reversal of their downward course. Man is free, to be sure, but without the true God he is defenseless against the principle of evil. He is a like rudderless ship, at the mercy of the storm, an infant without his mother, a cloud dissolving into thin air.

I ask you, you as a Christian wrestling for the preservation of your greatest treasure, whether you hesitate, whether you incline toward intrigue, calculation, or procrastination in the hope that someone else will raise his arm in your defense? Has God not given you the strength, the will to fight? We must attack evil where it is strongest, and it is strongest in the power of Hitler.

(…)

The Fifth Leaflet

A Call to All Germans!

(…) Centralized hegemony, such as the Prussian state has tried to excercise in Germany and in Europe, must be cut down at its inception. The Germany of the future must be a federal state. At this juncture only a sound federal system can inbue a weakened Europe with a new life. The workers must be liberated from their condition of down trodden slavery under National Socialism. The illusory structure of autonomous national industry must disappear. Every nation and each man have a right to the goods of the whole world!

(…)

The Sixth Leaflet

(…). As in 1813 the people expected us to shake off the Napoleonic yoke, so in 1943 they look to us to break the National Socialist terror through the power of the spirit. Beresina and Stalingrad are burning in the East. The dead of Stalingrad implore us to take action. "Up, up, my people, let smoke and flame be our sign!"
*
Our people stand ready to rebel against the National Socialists enslavement of Europe in a fervent new breakthrough of freedom and honor.

Maiorias qualificadas: Integração Politica versus Secessão

Tenho dito com frequência que se existe assunto que tenha de ser "ratificado" por maioria qualificada é o da integração politica. E por isso, os referendos europeus com maioria simples assim o são apenas porque interessa à classe politica.

E sempre aviso que se assim é, significará isso que qualquer região de um qualquer país europeu pode votar pela Secessão e Independência com um referendo local de maioria simples?

"Com a verdade me enganas"

A lógica de Rui A. no Blasfemias tem a perigosidade própria de um nevoeiro na Auto-Estrada, quando vemos o carro da frente é porque já batemos.

Ora então, qual é o raciocínio? Como existem ordens políticas com «unwritten Constitution» que emanam da história, costume, jurisprudência, várias fontes não uniformes, etc., e ainda assim conseguem ser “Estados de Direito”, mais vale que a União Europeia, substitua as várias fontes processuais e de legitimação num único documento constitucional.

Ou seja, é como dizer a Inglaterra, pá, já que vocês no fundo, já têm uma «unwritten Constitution» façam lá o favor de escrever o raio da Constituição em papel uma vez que de uma forma ou outra e quer queiram quer não, já têm uma “Constituição” de qualquer forma e só os pategos é que não o percebem...

Mas vamos mais devagar..., em primeiro lugar, a razão porque as constituições não escritas parecem funcionar bem, para não dizer melhor, não será porque…não estão formalmente reunidas num documento?E porquê? Não será porque o que não está escrito tem de ser justificado por processos lentos mas auto evidentes e o qual uma vez estabelecido tem dificuldade em ser mudado (e não será mais fácil mudar um texto que uma prática que está assente na aparente e perene legitimidade de que “sim, porque sempre foi assim”)?

Repare-se que o problema do Estado Moderno (pelo menos para liberais) tem tudo que ver com precisamente a noção de que “lei” é algo que emana do processo “legislativo”, o qual para tudo tem legitimidade até porque a democracia assim o quer?

No caso Europeu, o actual “status quo” tem pelo menos a presunção de que o funcionamento das instituições e tratados estão sujeitos a supervisão de cada Estado e geridos de forma inter-governamental.Uma Constituição escrita e formal será sempre um caminho centralizador e uniformizador, do qual o livre comércio não carece e cujo caminho apontado será sempre em direcção a um governo federal e uma democracia federal.

A ideia que devemos impor o bom comportamento (presume-se liberal) pressupõe que a capacidade de impor o liberalismo não ser vira contra nós. Mas os homens não são anjos. E muito menos qualquer sistema político porque..."todo o poder corrompe".

A confiança nos mecanismos de “check and balance” com que a teoria federal se apresenta deve ser encarada com as maiores das desconfianças (e o exemplo americano nao se apresenta como muito bom, toda e qualquer crise induziu o Supremo Tribunal a interpretar a Constituiçao da forma que o poder politico do momento necessitava), além disso, como os republicanos nem sequer reconhecem que as monarquias são uma das formas mais eficazes de estabelecer uma fonte de poder e legitimação intemporal e não sujeita à “mob rule” nem à demagogia do processo eleitoral, desconfio muito que percebam sequer da contradição de um sistema em que o Estado se controla a si próprio. E se assim é no “nosso” Estado quanto mais numa estrutura política que nos escapa por completo e que mais tarde ou mais cedo cria a sua própria fonte de legitimidade para exigir uma vassalagem absoluta.

segunda-feira, 30 de maio de 2005

Sophie Scholl

Recomendo vivamente o filme (alemão) "Sophie Scholl", de Mark Rothemund, actualmente em exibição nas salas de cinema (em Lisboa, Saldanha, por exemplo). Trata-se de uma obra centrada na figura desta estudante universitária alemã condenada à morte em Munique, em 1943; era, com outros estudantes, membro do famoso grupo resistente ROSA BRANCA. Raramente a liberdade foi defendida com tanta autoridade moral e intelectual como nos panfletos deste grupo (consultá-los em http://www.jlrweb.com/whiterose/leaflets.html). A figura de Sophie, que parece estar retratada no filme com grande rigor histórico, emociona e emudece-nos... (se os protestantes "fizessem" santos, ela seria inescapável).

A atençao dos senhores federalistas

O resultado do referendo francês tem de significar o fim do tratado constitucional que querem impingir aos povos europeus. Não vale a pena fazerem de conta que isto foi um tropeção e que a asneira pode prosseguir. É necessária a ratificação dos 25 estados membros e ninguém vê (espero eu) como é que a França o pode ratificar depois do que aconteceu ontem. E se a França não ratifica, nada feito.

Disseram alguns que o resultado foi a soma do medo e da demagogia. É verdade. Mas com o “sim” também foram derrotadas duas outras estratégias de medo e demagogia.

O velho papão lançado pelos federalistas segundo o qual não há alternativa ao caminho que o tratado nos quer pôr a trilhar, o que é senão uma estratégia de medo? É a reedição da tristemente famosa boutade de Helmut Kohl, “Europa oder krieg”…

Depois, a ideia de que esta Europa, centralmente organizada, pode tornar-se, por um passe de mágica de engenharia política, uma superpotência benfazeja que vai ensinar ao mundo a paz e a democracia verdadeiras, é um exercício de demagogia tão acabado como o daqueles que em França disseram “não” para protegerem um “estado social” decrépito e falido ou para fecharem as fronteiras aos “canalizadores polacos”.

Também não vale a pena os federalistas fazerem de conta que foram os trotsquistas e os lepenistas que fizeram este resultado. Seria bom para amedrontar os outros eleitorados que vão votar a seguir, mas não é verdade. Extrema-esquerda e extrema-direita não fazem em França 56% dos eleitores! Destes, uns bons 50% (metade dos votantes no referendo) votam habitualmente em partidos moderados.

O comentário, já ouvido a alguns responsáveis europeus, de que é necessário “explicar melhor” o tratado a quem acabou de o rejeitar é algo que pode ter consequências muito graves. Esperemos que a estratégia dos federalistas não seja agora essa porque isso seria brincar com o fogo e atirar achas para uma fogueira que, a partir de França, poderia levar a um incêndio de proporções inimagináveis.

Se as pessoas não “perceberam” foi provavelmente porque aquilo que lhes propunham não era realmente perceptível. Quiseram os federalistas dar um passo maior que a perna, pensando que ninguém reparava na bizarria. Saíram-se mal, como era previsível.

Totalitarismos

Medina Carreira (Via Insurgente): "Ah, vejo convenientes concerteza! Nós todos... se o meu amigo pagar menos do que deve, provavelmente eu vou pagar mais do que aquilo que devo. Portanto, eu tenho legitimidade para saber o que é todos pagam e todos têm legitimidade para saber o que eu pago. Não vejo nenhum problema nisso."

Pois:

A EDP vai passar a publicar quem está em atraso no pagamento das contas porque esses também são culpados da minha conta ser tão alta.

Os Bancos passam a publicar todos os devedores de prestações em atraso porque estes são os culpados de eu pagar uma taxa de juro mais alta do que o necessário (isto é, se todos cumprissem com os compromissos, o crédito seria mais barato porque a taxa de juro não incorporaria qualquer risco de actividade).


O que tem piada neste raciocínio é a áurea de legitimidade. “Eu”, “eu”(!) tenho legitimidade para saber o que todos pagam.

Pois bem, saiba que nenhum funcionário público, incluindo políticos e intelectuais de universidades públicas, paga um chavo de impostos (que decorre da sua actividade "publica") e vive exclusivamente deles.

Esses, devem ser os primeiros a ser publicados, mas na rubrica: Não Pagam Absolutamente Nada.

PS: os rendimentos acima dos 30 000 Euros são responsáveis por cerca de 66% da colecta de IRS. Porque e que ficamos com a impressão que todas estas medidas (para alem de novos escalões de 42%) têm como pressuposto que os maiores rendimentos são quem menos pagam (e o fazem criminosamente)?

Não

Não precisamos de nenhuma ordem legal que materialize uma maior racionalidade e eficiência federalista. E o livre comércio não depende de integração política mas sim da convicção que é a origem do desenvolvimento e liberdade e um direito natural.

Não existe nada de mais ineficiente que o livre arbítrio do homem, onde cada um trata de si, muitos o exercem desperdiçando o carácter sagrado da vida (os vícios degradantes, etc.), outros dedicam-se a contrariar as bases da civilização (não roubarás, não matarás, faz aos outros o que queres que te façam a ti) e no entanto ela (a civilização) move-se.

Toda a ordem social baseada numa construção politica é perene. A civilização não é uma história de luta de classes de rendimento, mas sim no eterno debate entre uma ordem civil baseada no livre contrato e honestos direitos de propriedade e a ordem política (a coerção, imposição de contratos, a estatização da propriedade pela legislação/regulamentação/”taxação”) que quer deificar a humanidade com uma nova liturgia, novos mandamentos e novas bíblias.

E quanto maior é a dimensão geográfica e humana das ordens políticas maior a capacidade de esta fazer recuar a ordem civil (cujas componentes sociais são a propriedade – do qual todos os direitos emanam – a família, a comunidade e a nação).

Uma ordem política europeia que legitime e crie um documento legislativo constitucional, apenas está a adiar a possibilidade que este documento por todas as circunstâncias e mais algumas, ganhe uma vida própria, seja modificado e sempre na mesma direcção (a fim, de maior coordenação, maior integração, mais rapidez de decisões, etc), e alimente todos os desígnios racionalistas e construtivistas de todas as cores, incluindo os daqueles para quem uma ordem liberal é possível apenas com um centro de poder político forte e minimalista.

Constituição Europeia? “Just Say No”.

quinta-feira, 26 de maio de 2005

The urge to save humanity is almost always only a false-face for the urge to rule it. – H. L. Mencken

Solução para o Deficit

Refinando a proposta anterior, usa-se o peso da massa salarial (e pensões) no orçamento do Estado (cerca de 70%?) e o valor de inflação verificada no ano do deficit.

Assim, um deficit de 3% levaria a um premio negativo de -(70%*3%)= -2,1% no salário do ano seguinte a que seria adicionada com sinal positivo o valor da inflação, vamos dizer de 2%.

Assim, neste exemplo, os salários e pensões pagas pelo Estado teriam de sofrer uma redução nominal de -2,1%+2%= -0,1%.


Desta forma, toda a estrutura "pública" e sistema político (estão em causa também os vencimentos dos deputados, governo, etc.) teria todo o incentivo a evitar deficits ou a corrigi-los com excedentes.

A estrutura de impostos devia ser mais simples, adoptando-se uma taxa única para o “IRS+SS” (possível se ao mesmo tempo as pensões de reforma e o subsídio de desemprego passarem a cobrir apenas o salário mínimo, deixando de existir o conceito autónomo de taxa de segurança social), IRC e IVA que tornaria mais fácil a discussão e a escolha democrática sobre a política fiscal.

E falando mesmo a sério e sem qualquer demagogia nem populismo quanto ao valor do trabalho público (e menos ainda dos pensionistas): tendo em conta que os funcionários públicos e pensionistas só na forma “pagam” impostos porque na realidade são exclusivamente recebedores de impostos, estes não deviam poder votar em eleições nacionais, mas apenas nas locais. Acho mais do que óbvio o conflito de interesses.

quarta-feira, 25 de maio de 2005

Uma soluçao chinesa para o deficit

A lição: quando o histerismo de Bug do ano 2000 estava no auge os chineses anunciaram que os administradores das companhias aéreas estariam todos em pleno voo na passagem das 01-01-2000 00h00m00s.

Sugestões para o deficit?

Eu dou a primeira:

1) Todo o funcionalismo público (e todo o sistema político) só recebe os 100% do rendimento contratado se o deficit for de zero.

2) Se for 3%, o rendimento no ano seguinte será de 97%. Se for de 6.83%, o rendimento será de 100%-6.83%.

3) E será justo, se existir um excedente de 2%, o rendimento no ano seguinte será de 102%.


Vamos a referendo (os funcionarios publicos nao podem votar por causa dos conflitos de interesses, claro)?

terça-feira, 24 de maio de 2005

Soluçao "austriaca" para os deficits

Querem acabar com os deficits em Portugal e no Mundo? Querem uma moeda única global? Defendam o retorno à legitimidade civil do padrão-ouro.

A única razão porque existem deficits crónicos dos Estados é porque estes (por um processo de extorsão em massa) roubaram as moedas de ouro detidas pela população - impondo a aceitação das notas por si emitidas como as únicas com curso legal (obrigando a lei civil - "legal tender laws" - a impor que os credores de qualquer contrato civil/comercial aceitem como pagamento ou liquidaçao, "apenas" o equivalente ao valor da "coisa" nestas notas).


Como consequência lógica deste acto, os Bancos Centrais passaram a financiar os deficits do Estado (que obrigatoriamente se materializa em emissao de divida publica) por emissão de notas.

...e historicamente, começaram por financiar as despesas dos Estados Europeus na Primeira Guerra Mundial...que sem este expediente ilegal...teria sido mais que provável que todas as partes fossem obrigadas a negociar (e mais cedo) uma paz aceitável...sim, o monopólio do Estado na moeda contribuiu para o desastre da Grande Guerra...como levou directamente a hiperinflação na Alemanha que facilitou o crescimento do nazismo...como acabou por levar a Grande Depressão ( A Reserva Federal foi criada em 1913) dos anos 30 nos EUA e no mundo...

Reparem no essencial dos Balanços dos Bancos Centrais:

Pais A

Activo:

Divida Publica Estado A

Divida Publica Estado B

Passivo:

Moeda A

Pais B

Activo:

Divida Publica do Estado B
Divida Publica do Estado A

Passivo:

Moeda B

Um lindo cenário no qual os economistas gostam de intervir, analisando, a cada momento, se o rácio de troca entre a Moeda B versus Moeda A esta adequado ou nao.

Um pais com moeda forte, diz-se hoje em dia, tem um Banco Central que acumula Divida Publica (reservas, podem ser notas) de outros paises. Mas se assim e, como pode um banco Central ser forte porque acumula Divida Publica (ou moeda, tanto faz) de outros paises que em termos relativos serao entao "fracos"? Um Balanço forte porque tem activos fracos?

E poderão ainda os liberais (continuar a) acreditar que o sistema político tem a capacidade de criar regras (pactos?) para controlar a despesa, se esta pode ser em parte financiada pela inflação monetária? E quanto ao incentivo ao crédito que o sistema proporciona…e os ciclos económicos que provoca?

O colapso de "Bretton Woods" ou a razao de Mises sobre Keynesianos e Friedman

"The Bretton Woods system was hailed by Establish­ment “macroeconomists” and financial experts as sound, noble, and destined to be eternal. The handful of genuine gold standard advocates were derided as “gold bugs,” cranks and Neanderthals. (...)

These Aus­trian economists [Mises, Hazlitt, Jacques Rueff - o economista de DeGaulle] were ridiculed by all other schools of economists and financial writers for even mentioning that gold might even be worth the absurdly high price of $70 an ounce. The Misesians predicted that the Bretton Woods system would collapse, since relatively hard money countries, recognizing the continuing de­preciation of the dollar, would begin to break the infor­mal gentleman’s rules of Bretton Woods and insistently demand redemption in gold that the United States did not possess.

The only other critics of Bretton Woods were the growing wing of Establishment economists, the Fried­manite monetarists. While the monetarists also saw the monetary crises that would be entailed by fixed rates in a world of varying degrees of currency inflation, they were even more scornful of gold than their rivals, the Keynesians.(...)

Keynesians and Friedmanites alike maintained that the gold bugs were dinosaurs. Whereas Mises and his followers held that gold was giving backing to paper money, both the Keynesian and Friedmanite wings of the Establishment maintained precisely the opposite: that it was sound and solid dollars that were giving value to gold. Gold, both groups asserted, was now worthless as a mon­etary metal. Cut dollars loose from their artificial connec­tion to gold, they chorused in unison, and we will see that gold will fall to its non-monetary value, then esti­mated at approximately $6 an ounce.(...)

The allegedly eternal system of Bretton Woods col­lapsed in 1968. The gold price kept creeping above $35 an ounce in the free gold markets of London and Zurich; while the Treasury, committed to maintaining the price of gold at $35, increasingly found itself drained of gold to keep the gold price down. Individual Europeans and other foreign­ers realized that because of this Treasury commitment, the dollar was, for them, in essence redeemable in gold bullion at $35 an ounce. Since they saw that dollars were really worth a lot less and gold a lot more than that, these foreigners kept accelerating that redemption.(...)

Gold and the dollar was thus cut loose in two stages. From 1968 to 1971, governments and their central banks maintained the $35 rate among themselves, while allow­ing a freely-fluctuating private gold market. From 1971 on, even the fiction of $35 was abandoned.

What then of the laboratory experiment? Flouting all the predictions of the economic Establishment, there was no contest as between themselves and the Misesians: not once did the price of gold on the free market fall below $35. Indeed it kept rising steadily, and after 1971 it vaulted upward, far beyond the once seemingly ab­surdly high price of $70 an ounce.[3]

Here was a clear-cut case where the Misesian forecasts were proven glori­ously and spectacularly correct, while the Keynesian and Friedmanite predictions proved to be spectacularly wrong." The Case for the 100 Percent Gold Dollar
by Murray N. Rothbard

segunda-feira, 23 de maio de 2005

Keynes - o economista do ridiculo

The Multiplier

The Multiplier is one of the major components of Keynesian analysis and policy. The multiplier effect can be defined as the greater resulting income generated from an initial increase in spending. (For example, an increase in spending of $100 will generate a total increase in income received of $500 as the initial income is respent by each succeeding recipient--these figures are based on an assumption that each income receiver spends 80% of his additional income and saves 20%, the formula being Multiplier = 1 / % Change in Saving.)

Fundamentally, the multiplier is theory run amok, as Henry Hazlitt has explained in The Failure of the New Economics:

If a community's income, by definition, is equal to what it consumes plus what it invests, and if that community spends nine-tenths of its income on consumption and invests one-tenth, then its income must be ten times as great as its investment. If it spends nineteen-twentieths on consumption and invests one-twentieth, then its income must be twenty times as great as its investment....And so ad infinitum. These things are true simply because they are different ways of saying the same thing. The ordinary man in the street would understand this. But suppose you have a subtle man, trained in mathematics. He will then see that, given the fraction of the community's income that goes into investment, the income itself can mathematically be called a "function" of that fraction. If investment is one-tenth of income, income will be ten times investment, etc. Then, by some wild leap, this "functional" and purely formal or terminological relationship is confused with a causal relationship. Next the causal relationship is stood on its head and the amazing conclusion emerges that the greater the proportion of income spent, and the smaller the fraction that represents investment, the more this investment must "multiply" itself to create the total income! p. 139

A bizarre but necessary implication of this theory is that a community which spends 100% of its income (and thus saves 0%) will have an infinite increase in its income--sure beats working!
A further reductio ad absurdum is provided by Hazlitt:


Let Y equal the income of the whole community.
Let R equal your (the reader's) income.
Let V equal the income of everybody else.
Then we find that V is a completely stable function of Y; whereas your income is the active, volatile, uncertain element in social income.

Let us say the income arrived at is: V = .99999 Y
Then, Y = .99999 Y + R
.00001 Y = R
Y = 100,000 R

Thus we see that your own personal multiplier is far more powerful than the investment multiplier, it is only necessary for the government to print a certain number of dollars and give them to you. Your spending will prime the pump for an increase in the national income 100,000 times as great as the amount of your spending itself. pp. 150 -151

The multiplier is based on a faulty theory of causation and is therefore in actuality nonexistent. Keynesians today will often admit to this but cling to their multiplier by citing the fact that it has a regional effect. Without them saying so explicitly, what this means is that if income is taken from citizens of Georgia and spent in Massachusetts it will benefit the Massachusetts economy(!).

The multiplier is an elaborate attempt to obfuscate the issues to excuse government spending. It and Keynesian theory are nothing more than an elaborate version of any monetary crank's call for inflation; Keynes managed to dredge up the fallacies of the 17th century's mercantilist views only to relabel them as the "new economics"!

The Concise Guide To Economics

Boa piada

"AIP defende criação de imposto transitório para combater défice".

Anti-Federalismos

1. A melhor forma de assegurar a permanência de um estrito federalismo de Estados é rejeitar qualquer Constituição Federal.

2. Constituição Europeia? "Just Say No".

Star Wars

"(...)The rise of the Evil Galactic Empire begins with a blockade by Lucas' version of the British East India Company, the Galactic Troup Federation. Acting on an official "franchise" from the central government, the viceroy of the Trade Federation is frustrated in his attempts to collect taxes from the planet of Naboo. At the instruction of a cloaked Sith lord named Darth Sidious – who turns out to be Augustus Palpatine, Naboo's representative to the Galactic Senate – the Trade Federation invades and occupies the planet.

Using the crisis he created as an excuse, Palpatine then tricks the trusting young queen of Naboo into calling for a vote of no-confidence in the current supreme chancellor of the Galactic Republic. Explaining to her that the Senate has become corrupt and that the current chancellor has been weakened by accusations of corruption, he tells her that their best option is to push for his replacement by a strong chief executive who can "get things done." Palpatine, of course, framed up the old supreme chancellor, and is elected the new one. "I feel confident that our situation will create a strong sympathy vote for us," he cheerfully reports to the queen before the vote.

One of the movie's main points seems lost on many reviewers. The story is not only about each man's ability to choose good or evil, or how wars destroy limited republics and empires alike; it is also about how the subtle manipulation of power behind the scenes helps make it all possible. By fooling all of the various characters into thinking they are doing the right thing, or at least acting in their own interests, Darth Sidious (AKA Palpatine) implements the final phase of the Sith Lords' long-term plan to take revenge on the Jedi and total power for themselves.

Between the events of The Phantom Menace and Attack of the Clones, a decade goes by in which Palpatine recruits as his apprentice a former Jedi master named Count Dooku – taken from doku, a Buddhist term meaning to govern or poison – to prepare the galaxy for a civil war.

Dooku first hires the bounty hunter Jango Fett to be the genetic basis for the clone army of the Republic. In the time it takes them to reach fighting age (10 years, as they are engineered to age twice as fast as regular folks), he goes off and creates a separatist movement of the planets allied with mercantilist groups who have fallen into disfavor with the central government, the Confederacy of Independent Systems. He also creates an army of droids for them.

Though some have criticized Lucas for being anticapitalist in his portrayal of the commercial interests in Attack of the Clones, the names of these organizations – Trade Federation, Commerce Guild, Corporate Alliance and Banking Clan – suggest that they are greedy and corrupt crony capitalists, not free marketeers.

Because antiwar factions in the Senate refuse to allow the creation of a standing army unless they are attacked, Darth Sidious arranges events so that the separatists are seen as the aggressors, and manipulates the dumbest character of the new movies, Jar Jar Binks, into proposing to the Senate that he be granted emergency powers over the galaxy.

He then announces the creation of a "Grand Army of the Republic" to "counter the increasing threats of the separatists." The Jedi then lead the massive clone army into battle across the galaxy to "save" the Republic. These clones, of course, become the Imperial Storm troopers of the later chapters.(...)

By the time of Episode III: Revenge of the Sith, a tremendous amount of power has been concentrated in the hands of the supreme chancellor, and the Jedi Knights have used up the good will of the people of the galaxy with all the destruction caused by the Clone Wars, making it simple to set them up as responsible for all the galaxy's problems. In a final act of treachery, Palpatine, in a magnificent, simultaneous, galaxy-wide Night of the Long Knives, issues Order 66 to the clone armies, ordering them to slay their Jedi generals. (...)

Once safe in office, Darth Sidious declares himself emperor for life and introduces his "New Order" to roaring ovations in the Senate.

Lucas says this scene of the final surrender of liberty to power was inspired by the dictatorships of Augustus Caesar, Napoleon Bonaparte, and Adolph Hitler: "It's not the first time a politician has created a war to try to stay in office." by Scott Horton

sexta-feira, 20 de maio de 2005

Re: UMA PROPOSTA DE DEBATE AOS DEFENSORES DO «NÃO»

No Blasfemias:

De facto, nenhuma Constituiçao se fez democratica (incluindo a dos EUA que foi estabelecida no meio de alguns golpes palacianos contra os "articles of confederation", e recordemos, os nunca mencionados "anti-federalists papers" anteciparam a ocorrencia da "Guerra entre Estados" que terminou com o direitos dos Estados em sairem da Uniao), assim, como verdadeiramente nenhuma democracia nacional se fez perguntando a cada uma das localidades se desejava fazer parte e se submete a decisoes "nacionais".

Aquilo a que chamamos legitimidade, tem muito de duvidoso ate nos Estados nacionais quanto mais nos caminhos de perda de soberania para um novo patamar de centralismo democratico.

Para esclarecimento de conceitos, um novo patamar de centralismo democratico e estabelecido sempre que um circulo eleitoral desaparece (como capacidade autonoma) para fazer parte de um circulo maior.

Assim, o que chamamos de federalismo e que devia quanto muito estabelecer um conjunto de procedimentos de convivencia entre circulos eleitorais autonomos (paises independentes) transforma-se rapidamente num veiculo de criaçao de um circulo eleitoral (o europeu) que submerge a autonomia e legitimidade local (nacional).

Com o tempo, esse circulo eleitoral maior (europeu) acaba por criar a sua fonte de auto-legitimaçao acima das partes, e como Lincoln acabou por mostrar, que justifica a imposiçao da sobrevivencia do todo sob a vontade das partes, sendo que quem representa "o todo" acabara por ser no caso europeu, no longo prazo entenda-se, um eixo germano-eslavo (coisa que os franceses começam agora a perceber).

O Federalismo Europeu para a Europa tem o mesmo que um Governo Mundial eleito por eleiçoes directas mundiais: passamos a discutir se se em todo o mundo, o aborto deve ser livre ou proibido, a droga despenalizada ou nao, se o sistema economico deve ser menos social-democrata ou mais, se as escolas publicas podem ter crucifixos ou nao, etc. E o resultado de cada decisao sera aplicada coercivamente em todo o mundo porque a decisao foi democratica.

Porque nunca discutem os federalistas, a federalizaçao interna, mas sempre a perda de soberania? E quanto ao argumento que a Constituiçao apenas estabelece o que que ja assim decorre dos actuais tratados? Respondo entao, mas qual o problema do actual status-quo (bem, na verdade eu acabava com o parlamento europeu)?

Leituras Recomendadas

Lembro que hoje será enviado o nº4 das "Leituras Recomendas. Se desejam recebê-las subscrevam a lista da Causa Liberal (canto superior direito desta página).

Quaisquer sugestões e comentários quanto às mesmas podem ser enviados para: causaliberal@yahoo.com

Tiranias

"China aumenta tarifas sobre exportações de têxteis a partir de 1 de Junho"

Porque deixamos que interfiram nas nossas vidas desta forma? Porque e isto a que chamamos uma sociedade democraticamente em Paz: o Estado e alguns fazem o que lhes apetece com os direitos mais simples de cada um (o de comprar e vender produtos como T Shirts) e aplicam-no usando da autoridade do Estado - a ameaça de rapto (prisao) e arresto de bens (roubo) a quem se opuser.

Sim, uma sociedade em Paz e aquela em que a autoridade do senhor Estado nao e posta em causa pelos seus escravos.

O ridiculo tiranico nao tem limites: perseguem quem faz preços demasiados altos (que ocorrem para incentivar a sua produçao acrescida) e quem faz preços demasiados baixos (que sao a manifestaçao de crescimento economico). Dizem proteger os consumidores umas vezes, os trabalhadores outra, os empresarios e o sector outra...no fim, sim porque sim.

A ingenua visao de muitas almas bem intencionadas que acham que as unioes politico-economicas trazem liberdade economica continua a ter os seus muitos adeptos, mesmo que se aponte que sao os micro-paises nao alinhados por esse mundo fora, que ainda conservam algumas das antigas liberdades pre-social-democracia-moderna (baixos impostos, desregulaçao, sigilio de negocio, propriedade como propriedade do proprietario e nao um licença de deter propriedade, etc) - nao que aos poucos e sob ameaças veladas, nao tenham que se adaptar ao maravilhoso mundo novo onde essa nova religiao - o Estado legitimado e deificado pelas massas e que ao individuo e localismo nao reconhece livre-arbitrio algum (a nao ser para abortar, claro).

quinta-feira, 19 de maio de 2005

Liberalismos (Classicos) do Papa Bento XVI

"Em última análise, a segurança de que precisamos como pressuposto da nossa liberdade e da nossa dignidade, não pode provir de sistemas técnicos de controlo, mas apenas da força moral do homem: onde ela falta ou não é suficiente, o poder do homem transforma-se cada vez mais num poder de destruição.

É verdade que existe hoje um novo moralismo, cujas palavras-chave são justiça, paz, conservação do criado – palavras que chamam a atenção para os valores morais essenciais de que precisamos. Mas este moralismo permanece vago e assim “escorrega”, quase inevitavelmente, na esfera político-partítica. Ele é acima de tudo uma pretensão para com os outros, e demasiado pouco um dever pessoal da nossa vida quotidiana."

"O conceito de discriminação é cada vez mais alargado, e assim a proibição de discriminar pode-se transformar cada vez mais numa limitação da liberdade de opinião e da liberdade religiosa."

"Uma confusa ideologia da liberdade conduz a um dogmatismo que se está a revelar cada vez mais hostil para com a própria liberdade."

"as modernas filosofias iluministas, consideradas no seu complexo, se podem considerar como a última palavra da razão comum a todos os homens. Estas filosofias caracterizam-se pelo facto de serem positivistas e, por isso, anti-metafísicas, de tal modo que, no fim, Deus não pode ter nelas qualquer lugar.

Elas estão baseadas numa auto-limitação da razão positiva, que é adequada para o âmbito técnico, mas que, quando é generalizada, leva pelo contrário a uma mutilação do homem.
Consequentemente, o homem já não admite qualquer instância moral para além dos seus cálculos e, tal como vimos, até o próprio conceito de liberdade, que à primeira vista parecia estender-se de modo ilimitado, leva no fim à auto-destruição da liberdade."

Via Ratzinger/BentoXVI - TEXTO INÉDITO. As bases ideológicas da Constituição Europeia, enviado por: redacção pensaBEM.net

Tiranias

Socorro, os preços estao a baixar. Parvos dos consumidores. Querem que lhes sobre dinheiro para comprar outras coisas.

"UE ameaça "ir mais longe" nas limitações às importações chinesas :

Ontem, o comissário europeu para o Comércio, Peter Mandelson, propôs um pedido de consultas à China no seio da Organização Mundial do Comércio sobre as exportações de "t-shirts" e fio de linho, que aumentaram 187 e 56 por cento, respectivamente, no primeiro trimestre deste ano relativamente ao ano passado."

Noticas da Orange Revolution

Uma das tais financiadas pelo exterior a bem de rodear o quintal da Russia pela Nato, e que o eterno optimista (pelo intervencionismo geo-estrategico permanente, a bem do "Ocidente" - seja la o que isso for num mundo de livre e/imigraçao), Jose Manuel Fernandes apelidou de maior acontecimento da Europa e da liberdade contra nao sei o que ... a oposiçao, pequeno pormenor, acabou por ter 44%. Ironicamente, uma das primeiras decisoes, foi a da retirada do Iraque.

"...the new Ukrainian government of Prime Minister Yulia Tymoshenko, another revolutionary hero, has surprisingly opted for an economic policy that appears to be socialist and populist in nature.

The results have been immediate: Last year Ukraine enjoyed economic growth of 12 percent; in the first four months of this year, the growth rate plunged to 5 percent, while inflation has surged to 15 percent. How could things turn so sour so fast? ...

For months top Ukrainian officials have discussed publicly how many flawed privatization deals should be reversed -- the possibilities range from 29 to 3,000 -- and how this would be done. The government is trying to recover many enterprises through the courts, and it has drafted a broad law that could undo much of Ukraine's privatization.

Meanwhile, the property rights of thousands of enterprises are in limbo. In Kiev, rumors abound that oligarchs connected to the old regime are trying to sell their enterprises to Russian business executives and are preparing to escape the country.

Naturally, executives are cutting off investment, and economic growth is screeching to a halt.To make matters worse, a new socialist minister of privatization has been appointed who opposes privatization in principle.

She asked recently: "What is so bad about re-nationalization?" Tymoshenko concurred in a recent newspaper interview: "The biggest enterprises, which can easily be efficiently managed, must not be privatized, and they can give the state as an owner wonderful profits." WP

Alexandre Herculano sobre os vetos de Marques Mendes

"(…) a centralização tem-se tornado cada vez maior; de modo que o poder municipal, o mais vivaz, o mais activo, o mais popular de todos os poderes, tem perdido a maior parte da sua importância. Entre nós, por exemplo, onde esse poder fez prodígios, hoje não se faz ele sentir quase. Todos os interesses que deviam ser zelados por municípios estão à mercê de um ministro que reside em Lisboa, e que nem os conhece, nem devidamente os aprecia. Daqui resulta o predomínio da capital sobre as províncias, a pouca vida política destas, a sua anulação, e quase nenhuma acção sobre os negócios públicos; enfim, daqui vem a influência funesta de certos homens que, colocados pelo acaso, ou pelos cálculos da sua ambição, no foco onde se concentram todos os poderes, lançaram mão deles, e subjugam por este modo o reino, que pode, mas que já lhes não sabe resistir.

Ora nós entendemos que essa centralização demasiada é incompatível com a verdadeira liberdade. Dela resulta a formação de partidos que, imitando na sua organização a forma administrativa do país, estabelecem também uma centralização sua própria, adoptam chefes a quem obedecem, muitas vezes sem apreciarem as boas ou más qualidades desses chefes, e em vez de olharem os interesses reais do país e trabalharem para eles voltam os olhos para o centro do partido, e esperam que ele lhes indique o que hão-de fazer, e até o que hão-de pensar.

A existência de centros dos partidos é funesta: mas ela não é a causa, é a consequência da centralização administrativa." Via Alexandre Herculano contra o Absolutismo da Centralização Por Carlos Novais

Totalitarismos

Casas vazias vão pagar o dobro do imposto

"As casas que estejam desocupadas em permanência ficarão sujeita a uma taxa de Imposto Municipal de Imóveis duas vezes superior à fixada para os restantes imóveis, apurou o Jornal de Negócios junto de fonte governamental."

1. O primeiro totalitarismo passa pelo facto de esta nao ser uma decisao local.
2. E se fosse uma decisao local, do tipo, um acto de gestao do condominio local, seria com toda a certeza um acto de gestao errado.

quarta-feira, 18 de maio de 2005

The Dark Side: Weekly Standard

Ja com Star Wars II tinha Jonathan V. Last escrito na Weekly Standard que as pessoas nao percebiam como o Imperio era na verdade a civilizaçao e a defender-se dos separatistas rebeldes e organizar uma estrutura politica consistente a partir do "caos" da republica. Ou seja, o "caos" de muitas entidades politicas independentes organizadas numa verdadeira federaçao que mantem a soberania das partes e que evidentemente torna mais dificil qualquer consenso executivo. Entenda-se que aqui, a dificuldade do consenso para a capacidade de decisao uniforme na federaçao = Caos. A capacidade de seguir caminho diferentes = Caos.

Tal como na UE nos procuram convencer que sem tratado a Europa fica em risco (seja la o que isso queira dizer...para uns o livre comercio intra.europeu...para outros..a europa social...para outros ainda...como rival dos EUA...etc).

Nota-se tambem a aversao a qualquer forma politica aristocratica (do tipo daquela que se congratulou que a Grande Guerra tivesse terminado com as monarquias europeias...) e a visao de Lincoln: o federalismo tem legitimidade para se auto-preservar pela força.

"Jonathan V. Last, online editor of the Weekly Standard argues that Darth Vader and the empire are the true heroes of the Star Wars saga because the empire brings order to the galaxy. Last also condemns the Jedi Knights as "arrogant royalists," while criticizing the old republic as bloated and unworkable. Last ignores how the republic has strayed away from republican ideals with the expansion of democracy and the accompanying growth of the state ( in fact, Star Wars shows how republics turn into democratic welfare-warfare states and then dissolve into empires).

What's fascinating about this piece is that Last confirms that, for all their talk about democracy, the neocons really believe that, without authoritarian rule, society will slide into chaos. Neocons also support unrelenting militarism and imperialism to impose order on the world. In other words, everything we ever thought about the neocons is right. Last even praises Senator Palpatine (the Emperor) as an "esoteric Straussian." Via LRCBlog

The Dark Side

"O ministro da Economia, Manuel Pinho, saúda a decisão da União Europeia de abrir imediatamente negociações com a China para controlar as exportações e t-shirts e tecidos de linho."

Ou seja, pretende que na China e na UE, existam razoes adicionais para que o poder do Estado se faça sentir. Quem sao estas pessoas que julgam estarem conferidas da legitimidade para decidir e interferir sobre o que uns produzem (falamos de pedaços de pano...) e outros desejam comprar? Ah, a autoridade do Estado...tudo pelo Estado, nada contra o Estado.

Truth and The State (and wars): Lusitania

Como repito com frequencia, todos os males que se atribuem ao Estado no dominio do intervencionismo economico e social SO podem ser aplicaveis aos assuntos de decisao de Guerras. Reparem, como podem os liberais por em causa a capacidade dos municipios em gerir a recolha de lixos e achar que os mesmos burocratas e politicos nao estao afectados dos mesmos males de decisao e "Unintended consequences" em assuntos em que tudo aquilo que mais proximo esta de um estado total de Anomia (Sem Lei) - a Guerra?

A entrada (com consequencias desastrosas) na Grande Guerra por Woodrow Wilson com em quase todos os "causus bellis" de todos os conflitos que nos possamos lembrar estao enfermos de falhas de julgamento, erros, malicias e ate mentiras absolutas. E por isso mesmo, se torna necessaria a importancia de uma interpretaçao restrita da justificaçao de Guerra Justa e da prevalencia geral de uma posiçao de neutralidade. As excepçoes devem ser excepçoes. E a legitima defesa deve ser legitima defesa: um ataque directo a soberania territorial.

A dificuldade, como afirmou Goering, passa pela facilidade com que em qualquer tipo de regime (comunista, fascista ou democratico) a demagogia politica do nacionalismo, da exploraçao da sensaçao de insegurança, torna as massas refens da centralizao do poder para espalhar a violencia muito acima do necessario, em vez de ser contida. A minha conviccao e que do melhor dos valores do liberalismo, e sem qualquer tipo de pacifismo, compete denunciar as falacias e erros no exercicio da capacidade do Estado em declarar como ausentes qualquer lei do homem e de Deus: a licença para matar e destruir.

"(...) In 1915, as part of a blockade against Great Britain, the Germans downed the passenger ship Lusitania, on its way from New York to London. More than a thousand people died, many of them Americans. President Woodrow Wilson screamed that Germany had violated international law. As Hearst had done to the Spaniards, Wilson portrayed "the Huns" as merciless, bloodthirsty barbarians.

The Germans argued that the Lusitania had been carrying weapons, and that they were within their rights to sink her. A substantial majority of Americans angrily opposed US intervention, saying only bankers would profit and that war would divert us from the real issues of unionization, poverty and Robber Baron domination of American industry.

In the face of an anti-imperial majority, Wilson withdrew troops he had sent into Mexico, then ran as a "peace candidate" in 1916 on the slogan "He Kept Us Out of War".

But in April 1917, reviving bloody images of the Lusitania, Wilson dragged the US into the slaughter. More than 100,000 Americans died. (...) Wilson did tip the military balance for Britain and France. But his high-minded rhetoric about a League of Nations and a balanced peace fell into chaos. The Allies demanded reparations which helped feed the Nazi movement and an even greater slaughter in World War II. Wilson suffered a stroke and left the country in shambles.

And guess what! Deep sea divers recently found the Lusitania, its sunken hull laden with illegal armaments. As the Germans had claimed, the ship was violating international law. Like McKinley, Wilson had duped America into a catastrophic intervention based on a "faulty intelligence." Four Bloody Lies of War, Harvey Wasserman

sexta-feira, 13 de maio de 2005

Taxa Unica

No insurgente: "Ilógico: Vital Moreira acha que em Portugal existe "uma pesada tributação dos rendimentos do trabalho". Seria lógico (penso eu...) que exigisse a sua diminuição. Errado. Para compensar pretende que sejam tributadas outras forma de rendimento."

O que confirma o meu argumento a favor de uma Taxa Unica de Impostos para o IRS/IVA/IRC.

Os Conservadores como Anarquistas

Apesar do virus igualitarista, internacionalista e em ultima analise da tendencia para o governo mundial (ainda que inconscientemente)ter ja infectado aqueles para quem a propriedade, familia, a comunidade e a naçao constituem as celulas da civilizaçao, ainda passa pelos conservadores a defesa dessas soberanias. E o que e a propriedade senao um espaço de soberania, de exclusao de terceiros, da capacidade de aplicar unilateralmente as suas regras?

O argumento do "Conservador como Anarquista", passa pelo raciocinio simples de que o espirito conservador procura uma ordem social e homogeneidade de valores nestas celulas, mas combatem - ou deviam combater - ferozmente a legitimidade da intervençao de terceiros nesses espaço de soberania (a propriedade, familia, comunidade, naçao).

Assim, a protecçao dessa soberania no fundo reclama a capacidade autonoma de definir as regras que regem cada uma dessas entidades.

Ora, se a procura de uma ordem social no Estado-Naçao define um monopolio legislativo e do uso de violencia territorial por parte do Estado, a defesa da soberania do Estado-Naçao significa a recusa em delegar ou reconhecer legitimidade que "outros" tenham a capacidade ultima de impor legislaçao externa (a nao ser que seja adoptada voluntariamente) e apliquem o uso da violencia para a impor.

Como ja ouvi dizer , vivemos em anarquia internacional e ainda bem. Quem se sente conservador e tambem liberal, deve preservar a diversidade de soberanias com a capacidade de definir lei e usar autonomamente a violencia quando julque necessario. A diversidade e a concorrencia sao sempre uteis e dinamizadores da civilizaçao.

E por isso mesmo, apesar da minha discordancia total com a "Guerra do Iraque", espero bem que nunca um organismo internacional-proto-governo-mundial venha a ter a capacidade unilateral e monopolista de pre-condicionar os actos julgados como necessarios por cada entidade soberana.

Os EUA tomaram uma iniciativa que julgaram necessaria e acarretam os custos dessa decisao. E isso faz parte da anarquia internacional que deve ser preservada.

E oque podemos observar da historia? Quando uma das entidades soberanas se porta especialmente mal, varias agencias independentes (Estados-Naçao) coordenam os seus esforços para combater esse comportamente. E isso meus amigos, chama-se Anarquismo.

"(...) The State is a group of people who have managed to acquire a virtual monopoly of the use of violence throughout a given territorial area. In particular, it has acquired a monopoly of aggressive violence, for States generally recognize the right of individuals to use violence (though not against States, of course) in self-defense.
5 The State then uses this monopoly to wield power over the inhabitants of the area and to enjoy the material fruits of that power. The State, then, is the only organization in society that regularly and openly obtains its monetary revenues by the use of aggressive violence; all other individuals and organizations (except if delegated that right by the State) can obtain wealth only by peaceful production and by voluntary exchange of their respective products. This use of violence to obtain its revenue (called "taxation") is the keystone of State power. (...)

Now, since the State arrogates to itself the monopoly of violence over a territorial area, so long as its depredations and extortions go unresisted, there is said to be "peace" in the area, since the only violence is one-way, directed by the State downward against the people. (...)

In the modern world, each land area is ruled over by a State organization, but there are a number of States scattered over the earth, each with a monopoly of violence over its own territory.

No super-State exists with a monopoly of violence over the entire world; and so a state of "anarchy" exists between the several States.

(It has always been a source of wonder, incidentally, to this writer how the same conservatives who denounce as lunatic any proposal for eliminating a monopoly of violence over a given territory and thus leaving private individuals without an overlord, should be equally insistent upon leaving States without an overlord to settle disputes between them. The former is always denounced as "crackpot anarchism"; the latter is hailed as preserving independence and "national sovereignty" from "world government.")

And so, except for revolutions, which occur only sporadically, the open violence and two-sided conflict in the world takes place between two or more States, that is, in what is called "international war" (or "horizontal violence"). "

War, Peace, and the State by Murray N. Rothbard

And the US

Analysis: States might challenge Real ID law

"States are angry about new standards Congress has set for verifying the identity of driver's-license applicants, and some governors are considering a challenge. Under the Real ID Act states will have three years to comply with the new requirements after President George W. Bush signs it into law, which he is expected to do soon. If they don't agree, their licenses would not be accepted as identification by the federal government. "

England is Dying

Blair sets up first battle with rebels over ID cards

quinta-feira, 12 de maio de 2005

Hayek e a Austria

Ja agora, falando de Guerras e Hayek, este por acaso serviu na Primeira Guerra Mundial pela Austria (que perdeu 75% do territorio - como afirmou desesperado o ministro de negocios estrangeiros na altura: "A Austria desistiu de viver") e escrevia em Alemao, antes de ir para Londres. A Escola Austriaca quase desapareceu da Economia nao so por causa da Keynes mas porque muito do produzido por ela permaneceu sem traduçao (incluindo os trabalhos de Mises) durante muito tempo e tudo que era escrito em Alemao...

Embora isso esteja quase apagado da memoria colectiva, Viena (e o triangulo que formava com Praga e Budapeste), para alem da capital do Imperio Austro-Hungaro e herdeiro do antigo Imperio Sacro Romano Germanico (onde as coroaçoes eram feitas pelo Papa e a monarquia era electiva, tal como o foi na Polonia - curiosamente, ambas monarquias electivas eram Catolicas, tal como o Vaticano...), era o centro da produçao cultural e intelectual na Europa. Aquilo que a caracterizava ainda se consegue vislumbrar em filmes como a "Musica no Coracao" (altura em que uma Austria que constituia o contraponto da Prussia ja nao existia porque os "aliados" - principalmente Woodrow Wilson - fizeram questao disso, o que tornou a anexaçao de Hitler um passo "facil") e o filme sobre os bons tempos "Sissi".


Como uma lista da cultura produzida (e que consegue ser reconhecida mesmo por quem pouco entendido):

The list includes Ludwig Boltzmann, Franz Brentano, Rudolph Carnap, Edmund Husserl, Ernst Mach, Alexius Meinong, Karl Popper, Moritz Schlick, and Ludwig Wittgenstein among philosophers; Kurt Goedel, Hans Hahn, Karl Menger, and Richard von Mises among mathematicians; Eugen von Boehm-Bawerk, Gottfried von Haberler, Friedrich von Hayek, Carl Menger, Fritz Machlup, Ludwig von Mises, Oskar Morgenstern, Joseph Schumpeter, and Friedrich von Wieser among economists; Rudolph von Jhering, Hans Kelsen, Anton Menger, and Lorenz von Stein among lawyers and legal theorists, Alfred Adler, Joseph Breuer, Karl Buehler, and Sigmund Freud among psychologists; Max Adler, Otto Bauer, Egon Friedell, Heinrich Friedjung, Paul Lazarsfeld, Gustav Ratzenhofer, and Alfred Schuetz among historians and sociologists; Hermann Broch, Franz Grillparzer, Hugo von Hofmannsthal, Karl Kraus, Fritz Mauthner, Robert Musil, Arthur Schnitzler, Georg Trakl, Otto Weininger, and Stefan Zweig among writers and literary critics; Gustav Klimt, Oskar Kokoschka, Adolf Loos, and Egon Schiele among artists and architects; and Alban Berg, Johannes Brahms, Anton Bruckner, Franz Lehar, Gustav Mahler, Arnold Schoenberg, Johann Strauss, Anton von Webern, and Hugo Wolf among composers. "

O que aconteceu foi que "In Europe, the militarily defeated Romanovs, Hohenzollerns, and Habsburgs had to abdicate or resign: Russia, Germany, and Austria...Turkey and Greece(...) "


When in March 1917 the U.S.-allied Czar Nicholas II was forced to abdicate and a new democratic-republican government was established in Russia under Kerenski, Wilson was elated. With the Czar gone, the war had finally become a purely ideological conflict: of good against evil.

Wilson and his closest foreign policy advisors, George D. Herron and Colonel House, disliked the Germany of the Kaiser, the aristocracy, and the military elite. But they hated Austria.

As Erik von Kuehnelt-Leddihn has characterized the views of Wilson and the American left,

"Austria was far more wicked than Germany. It existed in contradiction of the Mazzinian principle of the national state, it had inherited many traditions as well as symbols from the Holy Roman Empire (double-headed eagle, black-gold colors, etc.); its dynasty had once ruled over Spain (another bete noire); it had led the Counter-Reformation, headed the Holy Alliance, fought against the Risorgimento, suppressed the Magyar rebellion under Kossuth (who had a monument in New York City), and morally supported the monarchical experiment in Mexico. Habsburg - the very name evoked memories of Roman Catholicism, of the Armada, the Inquisition, Metternich, Lafayette jailed at Olmuetz and Silvio Pellico in Bruenn's Spielberg fortress. Such a state had to be shattered, such a dynasty had to disappear." (...)

The new German republic was burdened with heavy long-term reparations. Germany was demilitarized, the German Saarland was occupied by the French, and in the East large territories had to be ceded to Poland (West Prussia and Silesia).

However, Germany was not dismembered and destroyed. Wilson had reserved this fate for Austria. With the deposition of the Habsburgs the entire Austrian-Hungarian Empire was dismembered.

As the crowning achievement of Wilson's foreign policy, two new and artificial states:

Czechoslovakia and Yugoslavia, were carved out of the former Empire.

Austria herself, for centuries one of Europe's great powers, was reduced in size to its small German-speaking heartland; and, as another of Wilson's legacies, tiny Austria was forced to surrender its entirely German province of Southern Tyrolia - extending to the Brenner Pass - to Italy." Hans-Hermann Hoppe

E este e o enquadramento necessario para perceber as dificuldade da Escola Austriaca para ser divulgada, desaparecidano nevoeiro da historia, a falsa ciencia de Keynes, e a sobre-valorizaçao do que depois foi produzido no mundo anglo-saxonico. A sorte foi Hayek ter ido para Londres e Mises para os EUA. Este ultimo praticamente ignorado, começou a ser lembrado quando o seu aluno Hayek ganhou o premio nobel da economia (ainda assim, passou muitas dificuldades com os seus colegas economistas da Escola de Chicago que simplesmente ignoravam e ignoram ainda com antagonismo, o cerne da metodologia austriaca) muito merecidamente pela sua produçao (estranhamente ignorada) na economia (quando o que o torna conhecido, a filosofia politica, tem uma qualidade mediana) no ano seguinte a morte de Mises.

Star Wars III

Em breve vamos assistir porque caiu a republica (composta por cidades comerciais, principados, etc, como nas antigas liberdades da Idade Media...) e surge o imperio. Sabemos que o caminho passou por conflitos com tarifas com a federaçao (I) e um senador que provoca deliberadamente um mau movimento secessionista para justificar medidas de emergencia (II) que reforçam o poder executivo da federaçao e a criaçao de um exercito federal.

quarta-feira, 11 de maio de 2005

Novos artigos no site da Causa Liberal

"Alexandre Herculano contra o Absolutismo da Centralização"
Por Carlos Novais

"Algumas considerações sobre o Movimento Social Liberal"
Por André Azevedo Alves

Truth and The State

"Believe nothing until it has been officially denied."

Intervencionismo, Guerras e Alianças

A proposito do texto com uma pergunta proibida: "Was WWII Worth It? For Stalin, yes" Patrick J. Buchanan

Nao resumo o texto porque me parece demasiado importante. Que a Grande Guerra foi uma tragedia (incluindo as sementes que lançou para o fim da velha e civilizada europa e o estabelecimento do comunismo, fascismo e a Segunda) e culpa de todas as partes, ja parece menos dificil de ser aceite (isto, para rebater a visao errada e ingenua de que a culpa foi dos alemaes...). Que a Segunda Guerra foi tambem um tragedia e em muitos aspectos tambem uma tragedia que podia ter sido minimizada ainda continua a ser pouco aceite. O que parece claro foi que tendo sido a Inglaterra e a França a declarar guerra por causa da Polonia (tendo o causus bellis partido da recusa da Polonia em discutir o caso de Dantzig), acabou a guerra em Yalta na Europa, e o comunismo de Mao na Asia. Isto no meio do desabar do Imperio Britanico e o inicio das descolonizacoes enquadradas sob a influencia do bloco comunista, aproveitando estas a necessidade dos nacionalismos do terceiro mundo em motivar as populaçoes com uma ideologia de esperança de um "novo paradigma".

A minha atitute perante o horrivel e terrifico seculo 20, passa por achar que todas as reflexoes que demonstrem que muito do que se passou podia ser evitado e que muito do que podia ser evitado passava por uma atitue menos intervencionista e idealista, apenas comprova a tese Liberal que todo o poder politico e o "Estado", incluindo em questoes de segurança e externa, deve ser extremamente limitado.

Infelizmente, em cada tempo, temos os intelectuais da corte estatista que pretendem provar exactamente o contrario, e desta vez "vestidos" de liberais neo-conservadores. Por mim, e apesar das boas intençoes e idealismo (do tipo, "liberation", "levar a liberdade aos povos", etc e tal) de muitos, sao esses os "usefull idiots" do nosso tempo. Reparem que enquanto Bush com o seu idealismo pouco conservador fala de liberdade e democracia nos paises que rodeiam a Russia, todos esses paises sao atraidos para a NATO e os "serviços" ocidentais divertem-se a apoiar revoluçoes com apoios directos e indirectos. Esta e a logica de um "Bloco" tirar partido das debilidades momentaneas de outros "Blocos" rodeando o seu quintal. Mas a historia nao aconselha a tal. A Grande Guerra deu-se por causa de uma questao minima: a Austria fez um ultimato a Servia por causa de um atentado terrorista (assassinato do principe herdeiro) e a Russia declarou guerra a Austria, a França começou a mobilizar apesar dos pedidos de neutralidade da Alemanha. Depois foi o desastre.

Aliado traz aliado, e a logica das alianças misturada com um espirito intervencionista, faz com que em todos os locais reconditos do mundo, varios "Blocos" disputem sempre "nao sei o que", e que faz aumentar exponencialmente a probabilidade que um qualquer evento menor desencadeie um sequencia de eventos que a logica de Estado e a rede de interesses nao consegue parar, pondo todos os cidadaos do mundo, refens de erros tragicos de politicos que decidem tendo em conta a sua capacidade coerciva de fazer politica (financiamento, serviço militar, economia de guerra, idealismo, falhas de julgamento, informaçoes erradas, etc).

"(...) To Bush, these nations were not liberated. "As we mark a victory of six decades ago, we are mindful of a paradox," he said:

"For much of Eastern and Central Europe, victory brought the iron rule of another empire. V-E day marked the end of fascism, but it did not end the oppression. The agreement in Yalta followed in the unjust tradition of Munich and the Molotov-Ribbentrop Pact. Once again, when powerful governments negotiated, the freedom of small nations was somehow expendable. … The captivity of millions in Central and Eastern Europe will be remembered as one of the greatest wrongs in history."

Bush told the awful truth about what really triumphed in World War II east of the Elbe. And it was not freedom. It was Stalin, the most odious tyrant of the century. Where Hitler killed his millions, Stalin, Mao, Ho Chi Minh, Pol Pot, and Castro murdered their tens of millions. Leninism was the Black Death of the 20th century.

The truths bravely declared by Bush at Riga, Latvia, raise questions that too long remained hidden, buried, or ignored.

If Yalta was a betrayal of small nations as immoral as the Molotov-Ribbentrop Pact, why do we venerate Churchill and FDR? At Yalta, this pair secretly ceded those small nations to Stalin, co-signing a cynical "Declaration on Liberated Europe" that was a monstrous lie.

As FDR and Churchill consigned these peoples to a Stalinist hell run by a monster they alternately and affectionately called "Uncle Joe" and "Old Bear," why are they not in the history books alongside Neville Chamberlain, who sold out the Czechs at Munich by handing the Sudetenland over to Germany? At least the Sudeten Germans wanted to be with Germany. No Christian peoples of Europe ever embraced their Soviet captors or Stalinist quislings.

Other questions arise. If Britain endured six years of war and hundreds of thousands of dead in a war she declared to defend Polish freedom, and Polish freedom was lost to communism, how can we say Britain won the war?

If the West went to war to stop Hitler from dominating Eastern and Central Europe, and Eastern and Central Europe ended up under a tyranny even more odious, as Bush implies, did Western civilization win the war?

In 1938, Churchill wanted Britain to fight for Czechoslovakia. Chamberlain refused. In 1939, Churchill wanted Britain to fight for Poland. Chamberlain agreed. At the end of the war Churchill wanted and got, Czechoslovakia and Poland were in Stalin's empire.

How, then, can men proclaim Churchill "Man of the Century"?

True, U.S. and British troops liberated France, Holland, and Belgium from Nazi occupation. But before Britain declared war on Germany, France, Holland, and Belgium did not need to be liberated. They were free. They were only invaded and occupied after Britain and France declared war on Germany – on behalf of Poland.

When one considers the losses suffered by Britain and France – hundreds of thousands dead, destitution, bankruptcy, the end of the empires – was World War II worth it, considering that Poland and all the other nations east of the Elbe were lost anyway?

If the objective of the West was the destruction of Nazi Germany, it was a "smashing" success. But why destroy Hitler? If to liberate Germans, it was not worth it. After all, the Germans voted Hitler in.

If it was to keep Hitler out of Western Europe, why declare war on him and draw him into Western Europe? If it was to keep Hitler out of Central and Eastern Europe, then, inevitably, Stalin would inherit Central and Eastern Europe.

Was that worth fighting a world war – with 50 million dead?

The war Britain and France declared to defend Polish freedom ended up making Poland and all of Eastern and Central Europe safe for Stalinism. And at the festivities in Moscow, Americans and Russians were front and center, smiling – not British and French. Understandably.

Yes, Bush has opened up quite a can of worms."

terça-feira, 10 de maio de 2005

Edmund Burke

Um link de interesse para todos os burkeanos (não me incluo em tão distinto grupo, mas tenho simpatia pela facção liberal e por parte da facção conservadora): Edmund Burke, uma louvável iniciativa do Corcunda (um não liberal cujo anti-liberalismo está, apesar das muitas diferenças que nos separam, bastante mais próximo do liberalismo clássico do que o suposto liberalismo de muitos auto-proclamados liberais).

segunda-feira, 9 de maio de 2005

Apocalipse

A acontecer sera pela mao do poder politico (e pela concentraçao de poder so possivel nos Estados Modernos) e nao pelo capitalismo:

Num artigo recente de Robert S. McNamara, o "homem" da guerra do Vietname, aquele que no documentario disponivel agora em DVD "The Fog of War" nos mostra o lado amargurado de quem combateu todas as guerras (a sua primeira recordaçao foram os festejos do fim da Primeira, foi responsavel pelo bombardeamento convencional de dezenas de cidades japonesas, e comandou a Guerra do Vietname - diz que Kennedy ja tinha decidido acabar com a guerra mas depois do seu assassinato, o seu vice, Lyndon Johnson "nao quis ser o primeiro a perder uma") e nos fala da crise de Cuba:

Basicamente, no pico da crise, Kennedy tinha o conselho para atacar Cuba, ainda por cima porque a informaçao da CIA era que ainda nao continham as ogivas, mas Kennedy decidiu aproveitar a primeira oportunidade de abertura pelos Sovieticos. O incrivel da situaçao passa por perceber que os sovieticos afinal (confirmado pelo proprio Castro a Mcnamara anos mais tarde) tinham mesmo ogivas armadas em Cuba e que se Kennedy tivesse atacado, seria certo um ataque nuclear mutuo. E hoje sabemos, para que seria necessario? O muro caiu pacificamente pela desintegraçao da autoridade do Estado (atençao" libertarians," a desintegraçao dum Estado pode mesmo acontecer!) e ninguem se incomodou sequer com perseguiçoes vingativas.

"What Castro Taught UsAmong the costs of maintaining nuclear weapons is the risk—to me an unacceptable risk—of use of the weapons either by accident or as a result of misjudgment or miscalculation in times of crisis. The Cuban Missile Crisis demonstrated that the United States and the Soviet Union—and indeed the rest of the world—came within a hair’s breadth of nuclear disaster in October 1962.

Indeed, according to former Soviet military leaders, at the height of the crisis, Soviet forces in Cuba possessed 162 nuclear warheads, including at least 90 tactical warheads. At about the same time, Cuban President Fidel Castro asked the Soviet ambassador to Cuba to send a cable to Soviet Premier Nikita Khrushchev stating that Castro urged him to counter a U.S. attack with a nuclear response. Clearly, there was a high risk that in the face of a U.S. attack, which many in the U.S. government were prepared to recommend to President Kennedy, the Soviet forces in Cuba would have decided to use their nuclear weapons rather than lose them. Only a few years ago did we learn that the four Soviet submarines trailing the U.S. Naval vessels near Cuba each carried torpedoes with nuclear warheads. Each of the sub commanders had the authority to launch his torpedoes. The situation was even more frightening because, as the lead commander recounted to me, the subs were out of communication with their Soviet bases, and they continued their patrols for four days after Khrushchev announced the withdrawal of the missiles from Cuba." Apocalypse Soon, By Robert S. McNamara

Soviet pride, shame

"...many North Americans and British mistakenly believe their nations alone defeated National Socialist Germany. In fact, Stalin's Soviet Union, not the western democracies, played the decisive role in defeating Adolf Hitler and his European allies. While rightly honouring our own heroic veterans, it's time we also recognize and pay homage to Russia's dauntless courage, endurance and suffering.

- The Soviet Union inflicted 75% of all World War II German casualties in titanic battles involving millions of men. Soviet forces killed 3 million German troops, and lost 11.3 million, with 18.3 million wounded. Twenty million Russian civilians died.

Britain lost 340,000 men, Canada 43,000, and the U.S. about 150,000 in the European Theater. The $11 billion of U.S. military aid to the U.S.S.R. helped Stalin, but was not decisive.

- When Allied forces landed at Normandy, the Wehrmacht's "guts had been ripped out by the Soviets," said Winston Churchill. Had the Allies met 1940's strength and quality German troops, with an intact Luftwaffe, they would have been driven into the English Channel. However battered, the Wehrmacht fought ferociously from 1944 to '45, recalling Churchill's dictum, "You will never know war until you fight Germans."

- The Soviet defeat of Japan's forces in Manchuria has been ignored. In a brilliant, blitzkrieg campaign along a 3,000-km front on Aug. 9, 1945, Soviet Far Eastern armies crushed Japan's weakened 710,000-man Kwantung Army, killing 80,000 and capturing 594,000. (...)

Stalin told Churchill he had killed 10 million farmers in the early 1930s, and hailed the butcher of 6 million Ukrainians, Commissar Lazar Kaganovich, as "our Himmler." The best current estimate of Stalin's victims is 20 million murdered before WWII, and 10 million from 1941 to '53, a total "democide" of 30 million. Hitler's toll was around 12 million after 1941.

Nor did German aggression alone begin the war in Europe. German-Soviet aggression did.

Yet Britain and the U.S. chose to become war partners with Stalin, by then history's worst mass killer. Churchill and particularly Franklin Roosevelt must share indirect guilt for Stalin's crimes, just as they would had they joined Hitler.

This aspect of the war remains taboo. At Yalta, the left-leaning Roosevelt, besotted by "Uncle Joe" Stalin's power, delivered half of Europe to communist rule, replacing a greater tyranny for a lesser one.

What should the Allies have done?

In 1939, the 20th-century's leading military thinker, Maj.-Gen. J.F.C Fuller, urged Britain not to go to war over Poland, but await the inevitable war between Germany and the U.S.S.R. that would destroy them both, then liberate Europe. Otherwise, he warned, Stalin would emerge the victor. Hitler was declared "the supreme evil" and ideological war declared. Fuller was pilloried and ignored. (...)" ERIC MARGOLIS, TORONTO SUN

Taxa Unica e os caminhos possiveis

No EXPRESSO (Via Insurgente):

"A diminuição da burocracia e dos custos inerentes à cobrança de impostos, a queda da evasão fiscal e o consequente aumento da receita colocaram na agenda europeia a «flat tax», regime que ganha cada vez mais defensores. O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, João Amaral Tomás, é um apaixonado pelo modelo."

E o BrainstormZ (e com toda a razao) chama a atençao para que "A prioridade deve ser a redução das despesas públicas (logo, do peso do Estado na economia), não o aumento das receitas fiscais!"

Mas a favor da Taxa Unica:

- A introducao de uma taxa unica para o IRS (e onde, quanto maior for o nivel de isencao, ainda melhor), diminui o maleficio da progressividade (que nao esta apenas na progressividade em si, mas sobretudo nas altas taxas marginais - 40%).

- A discussao em torno de uma Taxa Unica para os 3 impostos torna as opçoes politicas em discussao mais claras.

- Se aumentarmos o interesse do publico pela "visibilidade da discussao" podemos tambem passar a discutir porque tem a Segurança Social de cobrir as reformas na totalidade em vez de o fazer apenas para um rendimento considerado de subsistencia - isso poderia fazer baixar a curto prazo, o encargo de cerca de 33% sobre os "rendimentos de trabalho" tambem para os 20% e a longo prazo para 10%?

Os caminhos possiveis:

- E se assim for, nao pode o IRS e a "taxa" de Segurança Social passar a constituir apenas um unico imposto, e enquadrado na discussao da Taxa Unica com o IVA e IRC?

A diferença entre a Segurança Social e o IRS reside em que o primeiro nao tem deduçoes e tem uma...Taxa Unica (ou quase, existem as taxas para o trabalho independente, etc) e nao tem deduçoes.

Com a convergencia dos dois impostos, resultaria entao o IRS/SS com taxa unica e sem isençoes (o tal verdadeiro "flat" que faz com que alguns impliquem com a designaçao de "Unica") passando nos a ter entao o IVA, IRC e IRS/SS com uma TAXA UNICA.

- Mais tarde, no interesse da estrutura de receita ser decidida onde os serviços sao prestados, a Taxa Unica devia ser diminuida para permitir que os Municipios (e as Juntas de Freguesia como centro comunitario de decisao de proprietarios-residentes) possam autonomamente decidir sobre a cobrança directa de taxas por serviços prestados.

What Is Bush Celebrating in Moscow?

"To Americans, World War II ended with the Japanese surrender on Aug. 15, 1945, following detonation of atom bombs over Hiroshima and Nagasaki on Aug. 6 and Aug. 9.

But for Russians, who did not enter the war on Japan until Aug. 8, 1945, "The Great Patriotic War" ended on May 9, with the surrender of Nazi Germany. Which raises a question: What exactly is President Bush celebrating in Moscow?

The destruction of Bolshevism was always the great goal of Hitler. And the Red Army eventually bore the brunt of battle, losing 10 times as many soldiers as America and Britain together. But were we and the Soviets ever fighting for the same things, as FDR believed? Or was Stalin's war against Hitler but another phase of Bolshevism's war to eradicate Christianity and the West? (...)

Hitler was on the path to war. The war he wanted was one with the Soviet Union: to kill it, carve it up, and put every Bolshevik to the sword. His war was also to be a racist war. Hitler wanted to impose Germanic rule over Slavic peoples. (...)

Stalin, with his pact, redirected Hitler's Panzers to the west and bought the Red Army two more precious years to prepare for Hitler's onslaught – years Stalin used well. How did Stalin succeed?

On March 31, 1939, the British and French – in panic after Hitler drove into Prague without resistance – handed Poland an unsolicited war guarantee they could not honor and did not intend to honor. It was a bluff. But believing in that guarantee, the brave Poles defied Hitler over Danzig, stood and fought, and were crushed, as the British and French hid inside the Maginot Line.

But because they had declared war on him, though they had no plan to attack him, Hitler, in April 1940, invaded Denmark and Norway, and in May, the Low Countries and France. In three weeks, he threw the British army off the continent at Dunkirk, and, in six weeks, crushed France.

Meanwhile, Stalin provided Hitler all the food and fuel he had requested and declared Britain and France to be the aggressors against his Nazi partner.

When Stalin's turn came and Hitler invaded on June 22, 1941, Soviet Foreign Minister Molotov, who had negotiated the Hitler-Stalin – or Molotov-Ribbentrop – pact, said plaintively to the German ambassador, "What have we done to deserve this?"

Churchill and FDR rushed to embrace Stalin, gave him everything he demanded and more, and at Tehran and Yalta, ceded to him custody of all the peoples of Eastern Europe and of Poland, for which Britain had gone to war.

What Putin is celebrating is easy to see. But, tell me again: What exactly is our president celebrating in Moscow? " Patrick J. Buchanan

sexta-feira, 6 de maio de 2005

Guerra e Socialismo

"But on the whole it can be said that the liberal era of British policy lasted until the outbreak of the First World War, and that the dominating influence of liberal ideas in Britain was terminated only by the effects of this war." F. A. Hayek

Falando de Mencken

"There are, to be sure, free spirits in the world, but their freedom, in the last analysis, is not much greater than that of a canary in a cage. They may leap from perch to perch; they may bathe and guzzle at their will; they may flap their wings and sing. But they are still in the cage…Democracy provides swarms of such men." H.L. MENCKEN, A Mencken Chrestomathy

e a quem Murray N. Rothbard chamou de "joyous libertarian" e cita com frequencia, neste caso no seu tratado "The Ethics of Liberty" :

H.L. Mencken tells a charming and instructive story of the contrast between “corruption” and “reform”:

He [Mencken’s father] believed that political corruption was inevitable under democracy, and even argued, out of his own experience, that it had its uses. One of his favorite anecdotes was about a huge swinging sign that used to hang outside his place of business in Paca Street. When the building was built in 1885, he simply hung out the sign, sent for the city councilman of the district, and gave him $20. This was in full settlement forevermore of all permit and privilege fees, easement taxes, and other such costs and imposts. The city councilman pocketed the money, and in return was supposed to stave off any cops, building inspectors, or other functionaries who had any lawful interest in the matter, or tried to horn in for private profit. Being an honorable man according to his lights, he kept his bargain, and the sign flapped and squeaked in the breeze for ten years. But then, in 1895, Baltimore had a reform wave, the councilman was voted out of office, and the idealists in the City Hall sent word that a license to maintain the sign would cost $62.75 a year. It came down the next day. This was proof to my father that reform was mainly only a conspiracy of prehensile charlatans to mulct taxpayers.

H.L. Mencken, Happy Days: 1880–1892 (New York: Alfred Knopf, 1947), pp. 251–52.

PS: Deve-se ter em conta que os espiritos "libertarians" como Mencken e outros, criticam a democracia politica no sentido em que no fundo pretendem o que eu chamo de "democracia civil", uma sociedade natural (de direito natural) com base em direitos de propriedade, contrato. e livre arbitrio. A democracia politica como conceito, confere atraves do voto e do sistema de "centralismo social-democrata partidocratico", um direito igualitario sobre toda propriedade e livre arbitrio de todos os outros, para alem de se transformar numa elitocracia nao de merito e natural (como na sociedade civil) mas (porque o sistema de incentivos estabelecidos assim conduz) a quem usa com mais eficacia da mais pura demagogia e apelo aos instintos de redistribuicao coerciva ("roubo" no mundo civil).

Pope Benedict XVI (7)

Um fenomeno engraçado e comum. Os seus criticos reagem e opinam com base em titulos de maus (pessimos) artigos. Alguns dos defensores, supostamente conservadores e direita (mesmo a liberal), deixam escapar uma dimensao e tom de liberalismo classico nos seus escritos (para alem da ninguem mencionar a sua oposicao a classificar o "Iraque" como "Guerra Justa" e nao tirarem as devidas reflexoes da sucessao do nome do Papa que tentou evitar (assumindo neutralidade e tomando iniciativas de paz - ignoradas por completo pelo Woodrow Wilson para tragedia de todos) o desastre - "suicidio da Europa" - da Primeira Guerra (e que como digo com frequencia, nos deu as republicas comunistas, fascistas, a guerra fria, e o Estado de centralismo social-democrata Moderno).

Um exemplo (via LRCBlog): Ok, so here we have Benedict XVI writing on conscience. He writes: "Only the absoluteness of conscience is the complete antithesis to tyranny; only the recognition of its inviolability protects human beings from each other and from themselves; only its rule guarantees freedom." Further: a ruler who "denies the inviolable space of the conscience" becomes the Beast of Revelation. The "freedom of the conscience...transcends all political systems. For this limitation Jesus went to his death; he bore witness to the limitation of power in his suffering."

Pretty clear, huh? One might think. Clear and radical. Thrilling even!

Now here is Andrew Sullivan: "Ratzinger's views on freedom of thought within the church are deeply authoritarian; his views on what conscience is are totalitarian; his conflation of his own views with the Holy Spirit are offensive."

On what basis does Sullivan say this? I read and read and followed link after link and found nothing. Nothing at all besides ever more evidence of Sullivan's own hallucinations and hysterias."

Para ler o original:

1. Biblical Aspects of the Question of Faith and Politics

[This is a homily that was delivered on 26 November 1981 in the course of a service for Catholic members of the Bundestag in the church of St. Wynfrith (Boniface) in Bonn. The readings provided for the day by the lectionary were 1 Peter 1:3–7 and John 14:1–6. At first sight they seemed to be out of keeping with the subject, but on closer inspection they showed themselves to be unexpectedly fruitful.]

2. Why Church and State Must Be Separate,

An excerpt from "Theology and the Church’s Political Stance" in Cardinal Joseph Ratzinger Church, Ecumenism and Politics: New Essays in Ecclesiology (NY: Crossroad, 1988).

3. Conscience in Its Age,

A lecture given to the Reinhold-Schneider-Gesellschaft, printed in Church, Ecumenism and Politics, by Cardinal Joseph Ratzinger (NY, Crossroads, 1987), pp. 165–79.