Apesar do virus igualitarista, internacionalista e em ultima analise da tendencia para o governo mundial (ainda que inconscientemente)ter ja infectado aqueles para quem a propriedade, familia, a comunidade e a naçao constituem as celulas da civilizaçao, ainda passa pelos conservadores a defesa dessas soberanias. E o que e a propriedade senao um espaço de soberania, de exclusao de terceiros, da capacidade de aplicar unilateralmente as suas regras?
O argumento do "Conservador como Anarquista", passa pelo raciocinio simples de que o espirito conservador procura uma ordem social e homogeneidade de valores nestas celulas, mas combatem - ou deviam combater - ferozmente a legitimidade da intervençao de terceiros nesses espaço de soberania (a propriedade, familia, comunidade, naçao).
Assim, a protecçao dessa soberania no fundo reclama a capacidade autonoma de definir as regras que regem cada uma dessas entidades.
Ora, se a procura de uma ordem social no Estado-Naçao define um monopolio legislativo e do uso de violencia territorial por parte do Estado, a defesa da soberania do Estado-Naçao significa a recusa em delegar ou reconhecer legitimidade que "outros" tenham a capacidade ultima de impor legislaçao externa (a nao ser que seja adoptada voluntariamente) e apliquem o uso da violencia para a impor.
Como ja ouvi dizer , vivemos em anarquia internacional e ainda bem. Quem se sente conservador e tambem liberal, deve preservar a diversidade de soberanias com a capacidade de definir lei e usar autonomamente a violencia quando julque necessario. A diversidade e a concorrencia sao sempre uteis e dinamizadores da civilizaçao.
E por isso mesmo, apesar da minha discordancia total com a "Guerra do Iraque", espero bem que nunca um organismo internacional-proto-governo-mundial venha a ter a capacidade unilateral e monopolista de pre-condicionar os actos julgados como necessarios por cada entidade soberana.
Os EUA tomaram uma iniciativa que julgaram necessaria e acarretam os custos dessa decisao. E isso faz parte da anarquia internacional que deve ser preservada.
E oque podemos observar da historia? Quando uma das entidades soberanas se porta especialmente mal, varias agencias independentes (Estados-Naçao) coordenam os seus esforços para combater esse comportamente. E isso meus amigos, chama-se Anarquismo.
"(...) The State is a group of people who have managed to acquire a virtual monopoly of the use of violence throughout a given territorial area. In particular, it has acquired a monopoly of aggressive violence, for States generally recognize the right of individuals to use violence (though not against States, of course) in self-defense.5 The State then uses this monopoly to wield power over the inhabitants of the area and to enjoy the material fruits of that power. The State, then, is the only organization in society that regularly and openly obtains its monetary revenues by the use of aggressive violence; all other individuals and organizations (except if delegated that right by the State) can obtain wealth only by peaceful production and by voluntary exchange of their respective products. This use of violence to obtain its revenue (called "taxation") is the keystone of State power. (...)
Now, since the State arrogates to itself the monopoly of violence over a territorial area, so long as its depredations and extortions go unresisted, there is said to be "peace" in the area, since the only violence is one-way, directed by the State downward against the people. (...)
In the modern world, each land area is ruled over by a State organization, but there are a number of States scattered over the earth, each with a monopoly of violence over its own territory.
No super-State exists with a monopoly of violence over the entire world; and so a state of "anarchy" exists between the several States.
(It has always been a source of wonder, incidentally, to this writer how the same conservatives who denounce as lunatic any proposal for eliminating a monopoly of violence over a given territory and thus leaving private individuals without an overlord, should be equally insistent upon leaving States without an overlord to settle disputes between them. The former is always denounced as "crackpot anarchism"; the latter is hailed as preserving independence and "national sovereignty" from "world government.")
And so, except for revolutions, which occur only sporadically, the open violence and two-sided conflict in the world takes place between two or more States, that is, in what is called "international war" (or "horizontal violence"). "
War, Peace, and the State by Murray N. Rothbard
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