terça-feira, 24 de julho de 2007

Manual para a tirania democrática

1) Cobrar impostos.

2) Distribuir subsídios, bens e serviços.

3) Manter uma boa parte (de preferência a maioria) da população votante directamente dependente dos impostos (Funcionários Públicos + Reformados + Outros Subsídios).

4) Tornar a família irrelevante dados os apoios aos filhos, jovens, aos idosos, ás mães solteiras, ao aborto, à irrelevância do próprio contrato de casamento: a existência passa a ser uma relação entre o indivíduo e o Estado.

5) A actividade económica ainda que privada é dirigida pelos incentivos positivos e negativos emanados, criando-se cada vez mais barreiras à entrada/saida, desculpa perfeita para os reguladores sectoriais "protegerem" o consumidor desenhando e forçando compulsóriamente uma situação artificial de concorrencia perfeita (uma contradição nos termos que só beneficia as empresas estabelecidas ou impede as realmente concorrenciais de crescerem).

6) Monopolizar e aumentar o poder para-legislativo das Ordens Profissionais.

7) Aos poucos, o que induz a custos do SNS é discretamente e crescentemente proibido e o que faz bem e evita esses custos incentivado. Não faltará muito para a alimentação e hábitos pessoais começarem a ser "induzidos" (mas sem dar esse aspecto).

E assim tudo é política, tudo é partidocracia. Os 3 poderes passam a funcionar em uníssono, o suposto contrapoder funciona apenas para disputar os lugares públicos e influências legislativas.

Como a taxa de natalidade é a grande ameaça à sobrevivência do sistema começam os subsídios a sério à natalidade. Depois será a preocupação com a criança (a sua alimentação, a sua educação) o que levará a esquemas de (já previstos em Inglaterra: base de dados sobre a sua alimentação) de colectivização.

Depois chegará o tempo que os mesmos progressistas pelo aborto mas que querem proibir fumar na propriedade dos outros, a bem do sistema e interesse nacional, vão proibir o aborto (reconhecendo claro está a medida como uma invasão mas um mal menor dado o bem comum em causa) e obrigar ao registo de todas as grávidas.

E assim, como todas as ironias do destino, o sinal que chegamos ao maravilhoso mundo novo será esse: o da proibição do aborto pela pior das razões.

A direita como sempre, morderá o isco. Aos outros, restará a secessão, mas por essa altura a mera pronunciação da palavra será prova de terrorismo e/ou problemas mentais. O sistema fornecerá todo o tratamento de reabilitação que fôr necessário.

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