Hoje, por coincidência, dois artigos da nossa imprensa abordam o mesmo tema: um no Público, de Esther Mucznick, o outro no Diário de Notícias de António Ribeiro Ferreira.
O problema não é exactamente a "pedinchice" mas a falta de sentido contratual inerente à nossa atitude existencial. A ideia de contraprestação, de sinalagma, de que um direito se contrapõe normalmente a um dever, parece ser estranha à generalidade dos portugueses. Achamo-nos no pleno direito de pedir/exigir, declaramo-nos surpreendidos, quando não injustiçados, se nos reclamam o retorno ou algo em troca. Mas somos assim de boa fé, naturalmente. Este é, para mim, um dos motivos porque é tão difícil ser liberal em Portugal.
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