terça-feira, 30 de maio de 2006

Anomia internacional e o fim do mundo

É o termo que uso para caracterizar aquilo que alguns parecem defender ao acharem norma, contra qualquer princípio de prudência e de conceito de Estado-Nação, que os Estados intervenham nos assnutos internos de outros Estados, nomeadamente, financiar revoluções, grupos de oposição, e no limite, como no Iraque, mudar regimes e impor novas ordens iluminadas na ponta da baioneta.

Quem o defende, creio, não percebe que no fundo um estado de coisas onde "não existem regras", aquilo que alguns chamariam erradamente de anarquia (errado, porque anarquia apenas refere a ausência de monopólio coercivo do Direito e uso da violência, o que aliás caracteriza a ordem internacional. não existe um governo mundial) mas cujo termo correcto é mesmo Anomia (como ausência total de regras éticas de qualquer ordem).

E assim, lá voltamos ao jogo do intervencionismo declarado nos regimes do outros. Financiando grupos revolucionários, outros separatistas. No caso do Irão, nos anos 50 procederam (CIA) a um golpe de estado para depôr um Presidente eleito e colocar um regime militar-monárquico (ist porque o Presidente tencionava nacionalizar a indústria petrolífera, ou seja, exactamente o mesmo que fizeram os ... ingleses), o que em última análise favoreceu a revolução islâmica, depois apoiando Saddam contra o Irão, e agora agindo internamente no Irão. Isto apesar do Irão ser, apesar de tudo, mais proto-democrático que outros aliados da região.

Estou mesmo a ver um dia o México a financiar separatismos na Califórnia, ou a China/Rússia a colocarem-se estratégicamente no Continente Americano (afinal, foi tentado um golpe de de estado contra Chavez com a mão da CIA - e isto óbviamenet não é uma defesa de Chavez).

Estou mesmo a ver outra Primeira Grande Guerra Mundial - mas em versão definitiva. Um qualquer problema menor num qualquer país ou região no fim do mundo, ser o motivo para que num espaço de uns dias, colocar em confronto questões de princípio estatistas entre dois ou mais blocos, e o mundo se encontre em conflito.

Alguém morre num qualquer sítio, e depois o estatismo assegura que biliões de pessoas passam a estar em guerra. E a "direita left-neo-con-liberal" a evocar Chamberlain, Hitler, e o habitual, "somos aliados". Como sabemos "aliados" refere-se a algo mais sagrado que a razão, as escrituras e o "you shall not kill". Será o Estatismo a provocar o fim do mundo.

AnWarblog: "The Bush administration is moving aggressively from a policy aimed at neutralizing Iran’s alleged nuclear ambitions to one of regime change, according to a fascinating piece by the indispensable Laura Rozen, whose blog, “War and Piece,” is one of my faves. David Denehy, of the International Republican Institute, has been put in charge of a new “Office of Iranian Affairs” set up within the State Department: he will report to Elizabeth Cheney, assistant secretary of state for Near East Affairs. Exile groups are reportedly disappointed that the cash isn’t being handed out fast enough, but one fears they haven’t got long to wait. What the future holds is laid out in pretty stark terms by Rozen, who writes:

“As much as $50 million of the funds requested will go to the Voice of America for Persian-language broadcasts. The State Department also is planning to send 15 foreign service officers to countries neighboring Iran and to capitals with large Iranian exile populations to serve as ‘Iran watchers.’

“At the Pentagon, the new Iranian directorate has been set up inside its policy shop, which previously housed the Office of Special Plans. The controversial intelligence analysis unit, established before the Iraq war, championed some of the claims of Ahmad Chalabi. A number of assertions made by the former Iraqi exile and onetime Pentagon favorite were later discredited.
“Pentagon spokesman Lt. Col. Barry Venable declined to name the acting director of the new Iran office and would say only that the appointee was a ‘career civil servant.’ Among those staffing or advising the Iranian directorate are three veterans of the Office of Special Plans:
Abram N. Shulsky, its former director; John Trigilio, a Defense Intelligence Agency analyst; and Ladan Archin, an Iran specialist.”

Our old friends at the “Office of Special Plans” — who channeled so much of the phony “intelligence” that ginned up the war with Iraq — are planning a little reunion, it seems. Whether these old dogs have learned some new tricks, or are just content to re-run some of the old ones, be warned: they’re back on the loose…. "

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