segunda-feira, 15 de maio de 2006

Segurança Social

Novas fórmulas de cálculo, ontem. Novas fórmulas de cálculo, hoje. Novas fórmulas de cálculo, amanhã.

E para quê? Apenas para fugir demagógicamente da realidade de que a cada momento, ou ano orçamental ("repeat after me"):

1. Existe uma receita presente.
2. Existem beneficiários com contribuiçoes passadas.
3. A receita presente é o que existe para ser distribuida pelos beneficiários presentes.
4. Cada beneficiário recebe do bolo da receita (em cada ano) o proporcional da sua quota de contribuições em termos relativos ao total de contribuições dos beneficiários presentes.
5. Não existem assim déficits (e dificilmente supervits porque pode existir um tecto).
6. Qualquer decisão de aumento de receita por aumento de imposto (ou qualquer outro factor) recai óbviamente positivamente nos beneficiários actuais e prejudica os contribuintes actuais (se estes tiverem de pagar mais), sendo que estes não sabem bem qual vai ser a receita futura (nem a predisposição dos futuros contribuintes da sua própria "reforma") .
7. O resto é o jogo democrático de conflitos de interesse de em eleições, contribuintes actuais e beneficiários actuais poderem disputar o seu próprio interesse.

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