domingo, 17 de abril de 2005

Limitação de mandatos: Má ideia

O problema da gestão da coisa pública é o curto horizonte temporal que está subjacente nos cargos políticos.

Conhecem alguma empresa a definir mandatos máximos? Quanto muito algumas contêm limite de idade nos estatutos.

E sempre digo que é precisamente as autarquias que esse limite menos se justifica. Pelo contrário, quanto mais "centralista" for o cargo menor a minha oposição à limitação.

Por exemplo, os deputados. Não sendo eleitos em circulos uninominais, tornado-se instrumentos da partidocracia da capital, sendo um conjunto restrito mais ou menos conhecido e todos os outros desconhecidos, a limitação de mandatos impõe uma rotação de desconhecidos, assim tipo, vamos "democratizar" o papel do desconhecido e inútil.

Já sendo eleitos em circulos uninominais (e com deveres de presença e serviço à comunidade cujos interesses devem representar), a limitação é perfeitamente escusada.

A limitação de mandatos presta-se a precisamente retirar da gestão autárquica e do deputado uninominal (se os existissem) a necessária visão de médio e longo prazo e os que têm o consenso alargado local (para o que ajudaria a possibilidade de candidatos independentes).

Sem comentários:

Enviar um comentário