sexta-feira, 1 de abril de 2005

Ordem Natural antes, um Estado Étnico-Teocrático depois

BBC: Israel eases Jewish converts law

"The ruling allows gentiles who receive non-Orthodox training in Israel, but convert abroad, to qualify as Jews and therefore become Israeli citizens.(...)The Orthodox tradition dominates Israel's religious establishment and receives generous state subsidies.
(...) Until now, Israel has accepted non-Orthodox conversions performed abroad, but in Israel conversions must be performed by Orthodox rabbis if the convert is to be recognised as Jewish.(...) The Orthodox establishment receives substantial funding from the state and has a virtual monopoly over marriage, divorce and burials.

Orthodox rabbis believe other conversion processes do not set a high enough standard and some politicians fear that thousands of foreign labourers in Israel might now undergo lax conversions in order to qualify for citizenship and other social benefits."

PS: Os ortodoxos têm razão ao preocuparem-se com a potencial perda de homogeneidade cultural que está na origem na sua capacidade de formação e sobrevivência de um Estado étnico ("judaico") num ambiente hostil. A critica deve dirigir-se quando se recorre à lógica estatista para o assegurar até porque o povo judaico demonstrou-nos ao longo de milénios como uma Nação transcende e não carece de um poder politico central e organizado.

A Bíblia, no antigo testamento, até fala do "Tempo dos Juízes", uma altura da história do povo judaico sem qualquer espécie de autoridade política, onde os conflitos e as "coisas" eram resolvidas recorrendo a juízes (árbitros reconhecidos pelas pessoas e tradição e a quem recorrem voluntáriamente).

Ficou assim escrito no documento mais relevante para a nossa raiz judaico-cristã como a primeira vivência de Ordem Natural (ou noutra denominação mal compreendida pela generalidade das pessoas, "Anarco-Capitalismo").

Pode ser que de uma forma gradual, fruto de um crescente reivindicação de descentralização e soberania comunitária e individual e de respeito pelo direito natural da propriedade e contrato, voltemos a revisitar o seu exemplo.

Nesse ponto da história, a Bíblia fala-nos de como depois foi pedido a Deus que lhes desse um Rei (uma autoridade politica na terra, não é uma afirmação anti-monárquica não, aliás posso só imaginar o que seria a resposta de Deus quanto à reivindicação da um autoridade política republicana...). Faço a sugestão para lerem o que está escrito como sendo a resposta de Deus (ou esperarem que eu a aqui coloque).

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