Causa Liberal
ISLAMO-FASCISMO: um esclarecimento prévio
Vamos voltar aos bancos da escola e o estudo da lógica! A expressão “islamo-fascismo” não se aplica, evidentemente, a todos os muçulmanos (ao islão no seu todo), mas é utilizada para distinguir uma determinada classe do fascismo.Ou então uma determinada classe de islamistas. Obviamente existe aqui uma certa ambiguidade; dependente de qual o principal objecto do nosso interesse: o fascismo ou o islão. Se recorrermos às regras de sintaxe, é evidente que neste caso o hífen é utilizado para indicar uma sub-classe de fascismo, neste caso o fascismo islámico. Há um paralelo com a expressão, utilizado pelos opositores do regime que vigorava na Grécia nos anos cinquenta do século passado. Sem querer fazer qualquer juizo sobre o regime nem sobre os seus opositores, relembro que esse regime era denominado por muita gente de “monarco-fascista”. Não implicava que todos os monárquicos fossem fascistas, nem que todos os fascistas fossem monárquicos. Outro exemplo seria a expressão “nazi-fascista”. Sem falar de os chamados “neo-conservadores”; nem tudo que é novo é conservador, nem tudo que é conservador é novo.
Val a pena aqui acrescentar, ao contrário do que dizem alguns, que não foram os chamados neo-conservadores (expressão inventada pela esquerda americana, que possui um talento sem limites para fazer proliferar o seu vocabulário) quem inventou a expressão “islamo-fascismo”, mas sim os muçulmanos reformistas.
Agora, se certas correntes do fundamentalismo islámico são ou não fascistas na realidade, isto depende do que se considera fascismo. Qualquer análise, mesmo superficial, das leis da sharia leva-me a concluir que sim. Totalitarismo, “thought control” e censura, leis injustas e discriminatórias, falta de direitos cívicos fundamentais, castigos de uma extrema crueldade, uma política de expansionismo territorial e a matança indiscriminada de civis incluindo crianças. E a mobilização das massas populares. Todavia surge uma dúvida: se podemos ou não falar de fascismo quando se trata de uma ideologia pré-moderna. Certamente o totalitarismo que nós conhecemos na Europa moderna não podia existir nas condições medievais onde nasceu a sharia. E, com toda a certeza, o fascismo de que Benito Mussolini foi o autor e praticante, nunca foi tão feroz como o que se chama islamo-fascismo.
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