quinta-feira, 22 de junho de 2006

Re: assunto encerrado

Os que aparentemente dizem gostar da paz e boa vontade, mas acabam a achar a guerra como solução para muita coisa, e querem juvenilmente manter os seus mitos de adolescência por estatistas, abandonam o campo de batalha com bastante rapidez.

Pelo caminho, nos comentários nota-se a habitual admiração guerreira por Churchill ... pela sua batalha com o boers... não será a prova do seu "gosto por conflitos"e o seu "arqui-imperialismo"? (já aqui recordei por diversas vezes que Churchill ainda a meio da WWII que achava que no fim o seu Império Britânico iria alcançar ainda um novo patamar de glória e mais para o fim já dizia que não tinha combatido duas Guerras para ver o Império desabar...pois foi isso precisamente que aconteceu e ele foi o culpado principal...) , e que no fim, foi um dos motivos como actor principal do desastre civilizacional da WWI (vamos recordar que o Tratado de Versailles foi imposto após 9 MESES de bloqueio alimentar, causa de morte de centenas de milhares de civis e rastilho para o que se pssaou depois - já depois do Kaiser aceitar os 14 pontos de Wilson, baixar as armas e retirar-se para a a Alemanha?).

A habitual técnica de colagem ao "nazismo" também é utilizada (já só falta o habitual "smearing "de anti-semita...) por ter comparado a morte de 100 pessoas com as de vários MILHÕES (comparei mortes, não o resto, porque mesmo aí, Estaline foi mais implacável contra algumas nacionalidades do que o nazismo com os judeus - mas repito e estou a realçar - isto até ao inicio da WWII, porque esse é o ponto no tempo para decidirmos sobre a MORAL de escolher Estaline como aliado e depois conduzir a guerra ao ponto de lhe dar uma vitória total), não para favorecer nenhuma das partes, sim, porque aparentemente a "moral internacional" entende que é muito mais grave o primeiro que o segundo e de tal forma, que apoia incondicionamente o segundo de forma a este conquistar, digamos metade do mundo e 50 anos de reinado.

Não se conseque vislumbrar que talvez um pouco de não acção defensiva poderia ter acabado na destruição mútua de ambos os regimes?

Não se consegue vislumbrar que se Wilson, contra a vontade da população americana, não tivesse aparecido na Europa, as monarquias teriam chegado ao tradicional acordo entre "primos" e com toda a probabilidade isso significaria que não teriamos a revolução comunista na Rússia, a queda das monarquias na Alemanha e Áustria, não teriamos o construtivismo no Médio Oriente (de que ainda sofremos), não teriamos o mundo entre o fascismo e o comunismo e Hilter não teria tido a sua oportunidade?


Não, o que é preciso é celebrar a guerra. Reflexões sobre o que poderia ter acontecido com algum prudência e uma estrita interpretação da noção de Defesa como protecção territorial não interessa aqui. Ridicularizar o fascínio dos povos pela capacidade retórica de alguns ditadores é fácil, mas pôr em causa os seus próprios mitos por estatistas e a retórica demagógica da "luta pela democracia", reconheço pode ser desestruturante, mas absolutamente necessário.

E de moral, não vislumbrei nada.

A denda: "Estaline foi mais implacável contra algumas nacionalidades do que o nazismo com os judeus ", creio ter sido explícito, mas como já conheço o caminho habitual que normalmente seguem os churchillianos, estamos mais uma vez a falar à data que precede a WWII, que diga-se, quem consultar as opiniões pós-WWI, quase todos os observadores consideravam já que esta não tinha acabado, tendo em conta o que se passou: separação da população alemã, criação artificial de países onde a Áustria perde 75% do território (o ministro neg.estrangeiros disse na altura à saida: "A Aústria desistiu de viver"), o valro das compensações, a alemanha ter sido obrigada a declarar-se como única responsável pela guerra (!!??), o Império Britânico alarga ainda mais o seu território (Churchill tem por escrito a recomendação de uso de bombardeamentos com armas quimicas contra as tribos iraquianas que se revoltavam, nos anos 20, contra os seus..."liberators").

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