Pessoas como Mario Soares são bem honestas ao prever a "necessidade " de um governo mundial. Rothbard demonstra abaixo que um democrata consistente tem de advogar um governo mundial porque se num Estado X a vontade da maioria pode governar então uma maioria Y (maior que X) fora desse país X tem direito a governar também o Estado X. Basicamente, se fossem impostas eleições no planeta para eleger um governo mundial (quem sabe por soldados da paz de uma organização interplanetária que vem "combater" o estado de anarquia planetário: a ausência de um governo eleito, uma lei, uma polícia, etc), que argumento têm os democratas portugueses (e já agora os neocons americanos) para se oporem --a tal governo? E na verdade, a livre imigração e multiculturalismo imposto e não voluntário favorece essa visão: para quê países e que legitimidade têm N maiorias - o que interessa é "A" maioiria!
Quem se quiser opor a tal visão só tem uma via: defender que a propriedade confere um direito que não é "assimilável" ou "diluida" por nenhum maioria que a transcende. Os Estados-Nação pese embora a imposição do seu monopólo da força (e definição de lei) num determinado território, são o único agente (embora não contratado) disponível para excluir terceiros ou definir regras de adesão da propriedade "comum" de um Estado-Nação. E em nenhum conceito de propriedade que se possa pensar, um "outsider" tem o direito a entrar e circular sem que quaisquer restrições lhe possam ser impostas e ainda menos ganhar o direito a participar e "votar" sobre o "auto-governo" existente nessa propriedade só porque entrou nela.
"Moreover, the very division of the earth’s surface into countries is itself arbitrary.
If a government covers a certain geographical area, does “democracy” mean that a majority group in a certain district should be permitted to secede and form its own government, or to join another country? Does democracy mean majority rule over a larger, or over a smaller, area? In short, which majority should prevail?
The very concept of a national democracy is, in fact, self-contradictory. For if someone contends that the majority in Country X should govern that country, then it could be argued with equal validity that the majority of a certain district within Country X should be allowed to govern itself and secede from the larger country, and this subdividing process can logically proceed down to the village block, the apartment house, and, finally, each individual, thus marking the end of all democratic government through reduction to individual self-government.
But if such a right of secession is denied, then the national democrat must concede that the more numerous population of other countries should have a right to outvote his country; and so he must proceed upwards to a world government run by a world majority rule.
In short, the democrat who favors national government is self-contradictory; he must favor a world government or none at all."
Sem comentários:
Enviar um comentário