terça-feira, 16 de novembro de 2004

Collin Powell

O realista, que prestou o grande serviço a Bush de se humilhar mundialmente e em directo na ONU a defender o caso de uma inexistente ameaça ("lies and deception?", Saddam acaba acusado de dizer a verdade fazendo querer que mentia, a partir de agora um "causus bellis"), sai para dar lugar aos wilsonianos idealistas?

Os mesmos responsáveis por libertarem o génio do mal na civilização com o desastre do fim da Grande Guerra (aquela que era suposto "acabar com todas as guerras" e "fazer o mundo mais seguro para a democracia"): Versailles e a queda das monarquias europeias substituidas pelas repúblicas fascistas e comunistas (em especial o fim do império austro-hungaro que permitiu a hegemonia germânica: Hitler agradeceu), o fim do padrão ouro com a consequência da crise de 1929, a Segunda Guerra, a queda do Império Britânico, o drama das descolonizações enquadradas no meio de 50 anos de Guerra Fria (o preço de ter feito Estaline - um mass murder dos anos 20 e 30 - um "aliado" e a destruição do Japão).

Os problemas do Médio Oriente tem origens ainda na Grande Guerra, e é o mesmo idealismo musculado (revolucionário?) que o pretende solucionar (daí, alguns até exigirem o fim das monarquias, os regimes mais funcionais desta zona, como o Koweit, Dubai, etc): parece que vão ter a sua oportunidade.

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