A forte participação eleitoral é um sinal de decadência da sociedade civil americana (ainda assim, a mais forte à face do planeta). Não era suposto ser muito importante a votação do presidente do governo federal.
As únicas "eleições" verdadeiramente legítimas são aquelas que se passam na sociedade civil: assembleias gerais de sociedades (empresas, associações e condomínios). As eleições políticas menos graves são as locais, até porque quando resultam em males, esses são locais e é mais fácil de votar com os pés. Quanto mais amplo (humano e geográfico) é o sistema de decisão menos aderência tem o que daí resulta com qualquer nocão de liberdade individual.
Mas em geral, temos assim escolhas baseadas na liberdade individual e eleições políticas baseadas num sistema não contratual e não voluntário e onde se diz que somos livre por podemos participar em escolhas de pessoas e elites políticas que decidem o que é ou não legal, mandatório e compulsivo.
PS: imaginem que eramos obrigados a escolher entre consumir Coca-Cola ou Pepsi, e a Coca-Cola vencia por 60%. Isso quer dizer que eramos "livres"? Agora, ainda pior, imaginem que tal referendo era feito em cada cidade. Isso era bom? Não. Mas era melhor comparativamente a um referendo nacional de igual teor.
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