sexta-feira, 26 de novembro de 2004

Utilidade cardinal e ordinal

No pura economia cita-se um texto de William L. Anderson, do Mises Institute:

"...E, mais para o lado teórico: "Os economistas sabem, desde os primeiros dias da revolução marginalista, que é impossível fazer a comparação da utilidade interpessoal. Embora conceitos como "excedente do consumidor" e "perda de bem-estar social" possam ser apresentados na forma de gráficos, como ferramentas de ensino, não passam de ficções uma vez que o seu uso requer a medição da utilidade cardinal, e não apenas ordinal. Naturalmente, o uso da utilidade cardinal permite aos economistas apresentar a teoria económica em termos matemáticos através de cálculo multivariado, razão pela qual continua a ser usada como ferramenta explicativa, apesar de ser uma fraude."

E depois comenta:

"Enfim: teórico, ma non troppo. O Mises Institute está repleto desta tralha ideológica© que pouco adianta para o conhecimento científico mas, seguramente, ajuda à propagação da causa."

Olhe que não, olhe que não. É precisamente nesta questão que reside toda a questão da ciência económica e que faz da Escola Austríaca a única que a percebe e se dá ao trabalho de tirar as devidas consequências.

Se a utilidade é ordinal, o esforço quantitativo-econométrico que acabou por inundar a economia (ao ponto de se afirmar que qualquer outra abordagem no fundo "pouco adianta para o conhecimento científico") é em grande parte inútil.

1 comentário:

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