1) Descida de preços não é deflação
A descida de preços causada pelo aumento da produção/produtividade não deve ser denominada de "deflação" e não causa nenhum problema económico.
"...falling prices caused by increases in production and supply are not deflation. Such falling prices are not deflation, because they result neither in a reduction in the average nominal rate of profit on capital in the economic system nor in any generally greater difficulty in repaying debts, which are two essential symptoms of any genuine deflation.
(...)The fall in prices that accompanies it is theresult of the increase in production and supply exceeding this increase in thequantity of money and volume of spending."
"Such falling prices occurred in the United States in the generation prior to the discovery of the California gold fields in 1848, and again in the generation following 1873. Because of the fall in prices in these two generations, prices inthe United States are estimated to have fallen by half over the nineteenth century as a whole. The fall in prices, of course, would probably be significantlymore pronounced under a 100-percent-reserve gold standard."
Quando os preços baixam por efeito do aumento da produtividade, (imaginemos uma economia com quantidade monetária fixa e em sistema de 100% de reservas e uma descida de preços num determinado produto por efeito de inovação tecnológica) significa que sobram unidades monetárias para serem aplicadas entre maior consumo (do mesmo produto ou outros produtos) e maior investimento (=poupança) para fazer face ao aumento da procura do mesmo produto ou novos produtos. A descida de preços representa assim a libertação de recursos para maior investimento (=poupança) e consumo e "production creates its own demand"
Por último, a descida de preços numa economia com quantidade fixa de dinheiro não dificulta os devedores porque no limite as vendas totais nominais são constantes (representam é maior quantidade de bens) assim como a sua capacidade de sustentar determinado serviço de dívida nominal.
2) Deflação
Ocorre quando assistimos à contração monetária só possível no actual sistema em que o crédito ao investimento está suportado em parte no crescimento da massa monetária e não por poupança real.
Resulta assim, que a contrapartida dos depósitos à ordem - são os créditos concedidos às empresas (e deixaram de representar a posse de uma determinada quantidade de ouro colocado à guarda/depósito) o que potencialmente levanta a possibilidade da massa monetária poder contrair por "default" (neste caso, o que é de esperar dos Bancos Centrais é a emissão de toda e qualquer quantidade monetária necessária, ou seja inflação monetária, para faze face à insolvência dos depósitos).
A principal causa para os ciclos económicos é um sistema monetário que para seu proveito (e do financiamento do déficit do Estado quando a sua dívida pública acaba nos Bancos Centrais), tem a capacidade de conceder crédito por emissão monetária e não pela captação de poupança (abstenção de consumo materializada na acumulação de valores monetários disponíveis para serem voluntáriamente emprestados a troco de um juro ou dividendos/ganhos), o que se reflecte numa taxa de juro abaixo da taxa natural, criando a ilusão de sustentabilidade dos investimentos realizados.
"Such deflation, as I have said, is a decrease in the quantity of money and/orvolume of spending in the economic system. That is what produces not only afall in prices but at the same time a sharp reduction or even total wiping out ofbusiness profitability and a greatly increased difficulty of repaying debts andthus widespread insolvencies and bankruptcies.
Profits are cut because the monetary contraction reduces sales revenuesimmediately, but aggregate costs, specifically aggregate depreciation cost andaggregate cost of goods sold, fall only with a time lag in response to thereduction in business firms’ expenditures for the factors of production.14At the same time, the monetary contraction increases the difficulty ofrepaying debt, simply because there is less money out there to earn."
3) 100% Padrão Ouro
"There are two basic reasons why the 100-percent-reserve gold standard wouldbe a guarantee against deflation.
First, under a 100-percent-reserve goldstandard, nothing could happen that would suddenly reduce the quantity of money in the economic system. Once gold money comes into existence, it stays inexistence. It is not wiped out by the failure of debtors, as are fiduciary media.
Second, nothing could happen that would suddenly increase the need or desire ofpeople to hold money rather than spend it, because none of the artificial inducementsto a lower demand for money for holding would exist that set the stage forsuch an increase.
It must be recalled that what creates the potential for a suddenincrease in the need and desire to hold money is that first, people are misled intoexperiencing an artificial decrease in their need and desire to hold money. All theinducements that mislead them into this decrease are caused by the prior undueincrease in the quantity of money, especially in the form of credit expansion.
A100-percent-reserve gold standard would thus be a system in which the quantityof money would not decrease and the demand for money for holdingwould not suddenly increase. As a result, it would be a system in which totalspending in the economy would virtually never contract. Thus . . . it would bea system that was deflation proof as well as inflation proof."
THE GOAL OF MONETARY REFORM - George Reisman
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