Burke e a democracia no Pasquim da Reacção
"Hoje em dia existe muita gente a utilizar Edmund Burke para justificar as suas teorias.Os neo-conservadores prosseguem a utilização utilitária derivada dos liberais vitorianos. Defendem que a oposição de Burke à abstracção é um ódio ao constructivismo social, uma defesa do material contra o espiritual, um manifesto de cepticismo (ao estilo da escola escocesa) contra a especulação e a realidade espiritual, a defesa última da Liberdade.
(...)
Os neo-conservadores recuperam Burke, mas um Burke amputado. Tomam a doutrina de Burke como alheia à sua posição filosófica primordial. Como se as posições anti-revolucionárias do irlandês fossem passíveis de transplantar para defender as posições democráticas e as doutrinas de Direitos Humanos que Burke tentava denunciar. Tentam colar as posições de Burke a uma concepção de “Paz Perpétua” democrática a que Burke se referiu muitas vezes como a mais grave ameaça à comunidade cristã de países da Europa"
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