quinta-feira, 22 de setembro de 2005

Histórias de Mises

Agora o meu passatempo favorito tem sido ouvir os arquivos audio de Murray N. Rothbard. Aconselho o Two Just Wars: 1776 and 1861 e Mises in One Lesson. Exposição sucinta, muitas vezes divertida, rodeado de pequenas histórias e comentários laterais. Por exemplo, Rothbard comenta que "naquela altura", em Viena (no seu auge, em que era praticamente o centro da produção intelectual, artistica, filosófica da europa e mundo) toda a gente tinha um café. Existiam cerca de 200 cafés, e existia o café dos psiquiatras (Freud/ect), dos músicos, dos economistas, etc. Como dizia ele, "devia ser optimo". (tudo isso desaparece com a tragédia da Grande Guerra e o fim dos Hapsburgs, o que provou uma tragédia para a Europa mergulhadano socialismo de esquerda e direita totalitária e depois a social-democracia).

Quando Mises chega aos EUA já Keynes tinha conseguido que os economistas pusessem de lado qualquer defesa da liberdade económica, mergulhados na sua justificação bem a jeito e pretensamente cientifica, pela indispensabilidade do fine-tuning económico, despesa pública, o incentivo ao consumo, e a necessidade dos economistas no Governo e Banco Central, marcando o inicio de uma longa amizade entre o economista e o politico (tipo: "eu digo às pessoas que tu és indispensável e tu dizes às pessoas que eu sou indispensável").

Mas como dizia..., Rothbard conta uma história tipicamente miseseana: Quando Mises tentou reeditar os seus famosos seminários privados de Viena nos EUA, para os poucos que se davam à quase inutilidade para o seu futuro no "mainstream" económico, de ouvir o "austriaco", alguns comentavam que se sentiam "esmagados" e "temerosos" a fazerem comentários perante tal gigante e com o medo de dizerem asneiras. Mises respondia que não deviam ter medo de dizer asneiras, porque por maior asneira que dissessem, com toda a certeza já um qualquer grande economista a teria dito antes.

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