quarta-feira, 19 de maio de 2004

Em poucas palavras: não

"O problema deve porém ser posto em termos de níveis de poderes e que poderes para cada nível. E quando falamos de poderes, falamos de Instituições que os detenham e exerçam; e ao nível da União Europeia, falamos de um Governo Federal Europeu que emane de um Parlamento Europeu sufragado, que já existe, mas que deve ter poderes acrescidos; e não será difícil descortinar quais as competências (desejavelmente poucas) do Governo Federal: defesa e segurança, justiça, política de concorrência e política regional, tudo enquadrado nos termos de uma Constituição Europeia que não deve ser a Giscardiana, mas outra feita pelo Parlamento Europeu ao qual devem ser previamente outorgados poderes constituintes pelo eleitorado." Cidadania Europeia e Federalismo no Blasfémias.

A ideia que um Estado Federal europeu, um governo federal legitimado por eleições europeias e um parlamento europeu, vai dar mais liberdade às regiões é mesmo uma utopia - a falácia do super-Estado mínimo.

As liberdades dos "Estados" Americanos não têm parado de diminuir (e pondo já de parte a questão da Guerra da Secessão). Uma grande democracia tende a criar uma elite centralista e um sistema que se auto-alimenta.

É o caminho para o Governo Federal, exercito federal, policia federal, impostos federais, regulamentações federais, divida federal, "livre" imigração imposta federalmente, desenraizamento das identidades, etc.

Se querem comércio livre e uma ordem social e política descentralizada e "espontânea" tratem de aqui e agora: Portugal. Deixem de querer mudar o nosso país através de um novo desenho do mundo. Promovam simplesmente a mudança em Portugal.

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