Former Reagan NSA head says US should leave Iraq
"One such voice is retired Army Lt. General William Odom. He was the Director of the National Security Agency during the Reagan administration and he has also served as the Army’s senior intelligence officer. He says the U.S. has already lost in Iraq so the question is “how high a price we’re going to pay&.less by getting out sooner or more by getting out later?” Now this is not the voice of a partisan opposition member. He is currently a senior fellow at the conservative Hudson Institute. He opposed the war from the beginning, arguing that it wasn’t reasonable to assume the Iraq could quickly develop into a democracy. General Odom will be sharing his thoughts in a conversation with Ted Koppel this evening. "
Ainda um dia, a história se lembrará de todos os conservadores e "libertarians" americanos que se opuseram desde o inicio, mas cuja "fog of war" fez com que no exterior, a direita filo-americana, pensasse que não existia outra posição senão apoiar o optimismo intervencionista e de mudança social acelerada, convencidos que o papel de liderança na guerra fria dos US, se deve prolongar numa infindável missão moral no mundo. Com isso, mais do que filo-americanos, são filo-neoconservadores americanos, o que não tem em si nada de mal, desde que o façam de forma esclarecida - quanto às suas origens, quanto aos seus interesses.
Tem piada, quando ouço o argumento atirado à esquerda, que foi Clinton que iniciou isto ou aquilo (o Kosovo, Haiti, etc). mas esquecem-se que atrás de Clinton estava já o a neo-conservantismo a puxar pela sua ideologia de "império benevolente" e com o objectivo expresso de depor Saddam (e o Irão, Síria, Arábia Saudita) e a teoria do dominó (pelo caminho escreveram sobre a inevitabilidade de uma guerra mais tarde ou mais cedo com a China, com o qual acabavam a dizer que, mais vale mais cedo - Muniche, you know...) fazendo ao mesmo tempo o mundo mais seguro para Israel.
A esquerda europeia, por seu lado, devido ao seu antagonismo atlântico, não reconhece as raízes ideológicas de um certo iluminismo e até jacobinismo à la Napoleão, porventura porque Bush em si, como Texano não cai bem como portador de tal mensagem, na sua quase ingenuidade genuína. Tem muita piada a esquerda evocar alguns argumentos conservadores do tipo Edmund Burke ou Russel Kirk, quando diz que não se mudam culturas e impõe a democracia à força! Really? É mesmo isso que a esquerda pensa, ou será apenas defender o contrário daquilo que os outros têm a coragem de fazer o que dizem?
A direita europeia, faz o contrário, diz, mas "nós" defendemos um mundo democrático, a mudança social para libertar as mulheres e todos os povos oprimidos, os nossos valores relativistas e de tolerância pelos valores sociais de cada um. Quem é Burke e Kirk, "anyway"?
Claro que os mais esclarecidos estão mesmo na América e são americanos, todo os conservadores e "libertarians" que amam a sua Constituição tal como ela foi escrita, nascida de um revolução independentista (ou será separatista?), essencialmente para acabar com a ideia de que um poder centralizado é necessário ao desenvolvimento do homem - foi disso que fugiram os europeus que se estabeleceram livremente pela "fronteira". E preservar essa ausência - ou pelo menos minimizar a sua presença - é incompatível com excessos ideológicos ou tentações de pelo "império do bem".
E assim, mais uma vez temos de nos voltar para a América, só que agora com mais cuidado porque parece uma fatalidade mas mesmo os sistemas de poderes construídos para serem limitados acabam por degenerar num (falso) consenso e sempre pelas melhores razões numa voragem por mais poder e capacidade de exercício desse poder (e que ainda não soube acabar com o espírito da guerra fria vendo-se obrigado a arranjar outros impérios do mal como um adulto não sabe o que fazer com a sua adolescência perdida), mas de uma forma ou outra, é para a sorte ou desventura do seu destino que o mundo tem de olhar. Somos todos americanos, de uma forma ou outra.
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