1) A ONU e até o conceito de direito internacional foi largamente desprezado o que reforça a ideia que:
- não pode existir um orgão único Mundial com a capacidade de julgar o que está certo ou errado e que tenha a capacidade de fazer cumprir esse seu julgamento pela força, o que implicaria a capacidade militar de impedir que os EUA tomassem uma iniciativa que julgaram necessária (não está em causa se bem ou mal, apenas ponho em evidência na retenção da capacidade de julgar e agir unilateralmente, usando a violência sobre pessoas e bens, porque assim acharam necessário).
nota: muitos dos actuais filo-neo-conservadores-americanos-e-liberais-minarchists defendem este direito unilateral, não percebendo que contribuem para um estado de Anarquia Internacional (o que em si mesmo é saudável), só lhes falta recolhecê-lo que nada obsta a que esse princípio se deva aplicar em qualquer sub-região. Claro que a capacidade de agir significa a obediência a princípios Naturais da Lei (totalmente fora de qualquer discussão ou consenso popular) como "legitima defesa" e "proporcionalidade".
2) a capacidade de uma parte dos iraquianos em induzir a grandes custos à ocupação (e esta observação não tem qualquer carácter de julgamento moral de uns ou outros) prova bem, como uma Nação ou comunidade, pode defender-se da ocupação de terceiros (pela ameaça do custo humano e financeiro desta), se a população estiver bem armada, e é por isso mesmo que os "fouding fathers" estabeleceram o direito de posse de arma: quanto mais armada estiver a população menor é a necessidade de um exército (a standing army) e a melhor defesa quanto a perigos externos e internos.
Nota: e se pensarmos bem, o que é melhor? Um exército nacional combater um invasor, obrigando este a bombardeamentos em massa e a destruição de infra-estruturas e a morte elevada da população, provocando o colapso do país, ou deixar o invasor, ocupar o país sem grandes problemas e incutir-lhe depois um pesado custo por essa ocupação?
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